domingo, 17 de agosto de 2014

TORMENTAS ESTIVAIS



Tormentas estivais - 2014

Mundo de banqueiros, partidocracia,  interesses rendilhados e outros vícios privados


NOVA TEMPESTADE ESTIVAL. O desgoverno deste país lança, de novo, o povo português para um buraco negro. Em acções repetidas, a  trilogia Passos - Portas - PR. Na senda continuada da destruição do país, de retorno improvável a uma normalidade aceitável, com narrativa falaciosa do impreparado P.M. cavalgando as actuais ondas, complexas e turbulentas. A mentira e a cabala da austeridade vão fazendo o seu previsível percurso destruidor duma nação, das mais antigas da Europa, sob o impulso de um ignorante e  imbecil neoliberal de pacotilha, apoiado em  experimentalistas inconscientes do acto político e no pressuposto de um povo português de fácil convencimento.

Por outro lado, a adulação acéfala dos mercados financeiros em que o P.M. se baseia, revela até a exaustão a falsidade da sua proposta de solução, pondo a nu a sua proverbial ignorância e inexperiência vivencial. O caso do Banco Espírito Santo B.E.S.  constitui um exemplo paradigmático da insignificância política de Passos Coelho. Pedro, Passos, Coelho: nomes diferentes para traduzir o universo da confusão. A sua ambição política da conquista do poder político nem lhe permite enxergar a absoluta miopia em que está mergulhado.Fortemente apoiado pelo PR, responsável mor do reino. Tal personagem nunca passou de um zero, bastante à esquerda, que o torna insignificante ao nível do poder real. Nada de novo, portanto, para aqueles que sabem ler as entrelinhas da conquista do poder político  por este grupo temerário que nos coube, por má sorte e fortuna. E a palhaçada continuará sob a sombra tutelar do beneplácito cavaquista. Não fora a tragédia financeira em que o país está mergulhado, até daria motivo a gozação e risota  gerais. Porém, aos eternos pagadores das dívidas de trafulhices privadas não lhes resta senão desesperança e medo. Reveja-se, pois, o discurso neoliberal  de gente sem qualquer pudor, honra ou vergonha.

As trafulhices são transversais aos partidos e este fenómeno é extensível aos banqueiros e sua malha de redes de interesse. A partidocracia do centrão está mergulhada neste imbróglio até ao pescoço. A Justiça anda, desde há muito, adormecida, acordando de quando em vez da sua letargia profunda. O processo da "Face Oculta" chegou, ao menos, a conclusões jurídicas. O desfecho final está ainda no porvir. Este processo lida com pequenos fluxos de massa monetária: condenações que vão de reposições de 10000 € a 250000€. Tremoços de verão, ajustáveis a cerveja refrescante. E os tubarões de águas profundas? Aqui vai uma pequena lista sequencial: BPN, BCP, BPP, BES, BANIF e meta-se, num buraco negro, os enigmas escondidos que não vieram ainda à superfície. Geme o pilha-galinhas nas prisões e estrebucha o cidadão perante os impostos. E o que acontece à liderança B.E.S.? Aguarda-se o próximo round !

Entretanto, a austeridade do Passos cai mortífera sobre o cidadão comum, e com frases pérfidas "do além troika" e da "vivência acima das posses" se transfere dívidas de banqueiros, especuladores, trafulhas, vigaristas, traficadores de influência e quejandos para o dorso do animal referido por Guerra Junqueiro "...povo, besta de carga,...". A perversão do poder tem destas coisas. São factos históricos repetidos.

Exemplifique-se, apenas, em duas situações concretas sobre o falso poder de uma mentalidade vazia, mas perigosa e letal.

1. A certo passo, PC foi subalternizado no Conselho de Estado em detrimento do executor troikista Vitor Gaspar, a quem  se deve a paternidade da política de austeridade e a brutal subida de impostos, dando cumprimento a uma falácia continuada e que é a tradução literal da mentira "vivência acima das posses". O actor Cavaco não confiou no PM, reduzindo-o a um zero político à esquerda (leia-se: insignificante, levando ao Conselho de Estado o Ministro das Finanças, em vez do P.M.). As tabelas Excel apresentadas pelo V.Gaspar foram, posteriormente, rectificadas na sua carta de demissão e enquanto troikista do frete político encomendado foi, de imediato, premiado com um tacho dourado no FMI. Para trás ficou um povo castigado pelas suas folhas Excel e pelo falsário político da teoria "além da troika" e "da vivência acima das posses".

A profundidade do pensamento económico do P.M. e da solução económico-financeira proposta para o país reduz-se a :" massacre continuado do povo com impostos de absurdo, luta cruel e desumana sobre reformados e funcionários públicos (em primeira linha) e manipulação maniqueista de parte da população com vigoroso ataque aos princípios orientadores do Estado, da sua lei fundamental (Constituição), do estado social e da classe trabalhadora. Entrega, de mão beijada, os melhores alunos formados nas Escolas Públicas aos países desenvolvidos, entre eles Alemanha e Inglaterra. Venda ao desbarato do património mais valioso do país (EDP, CTT, ...). Arroga-se o direito de aclamar as privatizações bem sucedidas. 

A falsidade da má gestão socrática, como causa única, passada, presente e futura está em fase de águas de remanso. Passos Coelho abrilhantou a sua carreira política, transformando uma dívida de 103 % em 134% do PIB e continua a chafurdar no lamaçal da austeridade com as consequências observáveis já evidentes para toda a gente de bom senso: dívida pública não controlada, destruição do tecido económico português, desemprego em níveis extremamente elevados, saque  e confisco insanos da Autoridade Tributária ao cidadão normal, venda a pataco do que resta do tecido económico português, privatização em linha das águas de Portugal e do resto dos CTT, por último, o descontrolo previsível do défice.

Consulte-se o documento da UTAO, que aponta como défice real 10%, em contraponto ao da versão da Ministra Swap de 4%. Os  papagaios da T.V. propalam as maiores inverdades sobre a real situação económica do país.Sermonetas encomendadas aos Marques Mentes e falsos economistas.

Resultado da incompetência de Passos e seus apaniguados e afins, baseado na falácia das suas propostas para um verdadeiro relançamento do país na senda do progresso. A razão profunda assenta na insignificância de um jotista PSD, apoiado num conjunto de jotistas menores. Enquanto os cidadãos portugueses, PSD incluídos, não varrerem de vez do mapa político este insignificante e a reconstrução do país não for na base de mútua confiança entre eleitos e eleitores, nada feito. Mal vai um país quando se tem os betinhos da Universidade de Verão de Castelo de Vide (2014) já perfilados para altos voos políticos na governança do País. Por detrás deste encontro da farsa está uma pretensa Universidade, escamoteando-se a tacharia de interesses ocultos com o conluio de insignes mestres, desde as Belezas Leonor, incensando desconhecidos Carneiros de Sá,  os peregrinos humoristas Antoniano Vitorino, assíduo de cadeiras douradas em empresas endinheiradas  e o omnipresente Marcelo, mergulhador de águas turbas. Um sem número de cinzentões do centrão, ao qual não podia faltar o prosador Marco de António, sem papas na língua, deixando bem expressas as suas geniais ideias para uma turma disciplinada e obediente,de mansinhos meninos de coro.

Afinal, todos esperavam a graduação do Relvas ao grau de Doutor Honoris Causa e uma explicação cabal do prosador M. António, enquanto director financeiro da C.M.Gaia, da propalada dívida de 300 000 000 € da gestão Menezes.

A leviandade da chamada da troika, tout court, sem delongas pela gente do pin na lapela, aplaudida por banqueiros, beneficiários Katrogas e previsão da venda a retalho do país possibilitou a ascensão ao poder de figurinhas de pés de barro. A bem da Nação e, sobretudo, dos próprios.

2. No imbróglio BES, o iluminado PM decide cavalgar a crise, qual Pilatos, delegando no elemento 27 da hierarquia do Estado (Governador do Banco de Portugal BdP) e as más noticias no servil mendicante Marques Mentes, mensageiro do inexistente governo deste país. Coisas de BESouro. Confia-se segredos de Estado a um pseudo-jornalista, comentador ou moço de recados à escolha do leitor. Produto da clarividência do arranjo cavaquista de outrora. Génio político, alcandorado a tachos estatais desde os seus verdes anos. 

No caso BES, Pedro mandante revela com pura cristalinidade: a sua cobardia perante os fortes, a sua insignificância política enquanto primeiro decisor do destino de uma nação, a sua imbecilidade  manifestada em frases soltas, a sua falta de maturidade perante o descalabro financeiro do maior grupo económico privado BES, o chico-espertismo do alijar de culpas para áreas afastadas do poder político actual (PS e oposição). Análise contraditória ao do já perturbado perceptor A. Correia.

O imbróglio BES, de solução imprevisível, vai arrastar o povo português para um buraco negro, onde a luz da transparência e rigor nunca lhe serão facultados e as evidências de processos ínvios alguma vez revelados. Nunca, por certo, a luz conseguirá atravessar as densas nuvens da corrupção.  A questão da transparência no complexo mundo dual: mundo económico-financeiro e político nunca será posta em evidência. O mundo actual é deveras complexo: tem uma componente real (o povo-pagador de facturas) e a componente imaginária onde se empacotam todos os processos escabrosos, da nascente até à foz. 

O barco navega entre os ancoradouros usuais: políticos corruptos, transumância politico-governativa - empresarial, sociedades de advogados, traficadores de influência, ausência de reguladores sérios e eficazes do sector bancário, BdP, CMVM, parlamentares seguidistas, comissões parlamentares de inquérito tendenciosas, partidocracia reinante, os canta-manhanas das TV e dos media, o apagamento progressivo do verdadeiro jornalismo e o doce enlevo de grande parte da população duma vida irreal assente numa leitura de jornais cor de rosa. As combinações e arranjos destes elementos não são fáceis de desmontar. Não se vislumbra como o povo português poderá evitar uma malha férrea de tamanha proporção. Discursos populistas irão surgir e, não fora o enquadramento português no espaço europeu já novas bernardas, à antiga, teriam certamente ocorrido neste jardim à beira da tormenta plantado.

A clareza de raciocínio e a honestidade intelectual de todo e qualquer cidadão facilmente dá para entender a complexidade do problema BES e da real situação do país, a adicionar ao não resolvido caso BPN. À partida, a maior parte  de cada domínio e sub-domínio deste caso só é compreensível por um restrito número de cidadãos devido à sua especificidade e grau de complexidade e, como tal, ninguém tem a ousadia de afirmar saber tudo, sobre o mundo conhecido e arredores.  Porém,  quando o país se encontra em roda livre [onde, diz-se, o BCE teria exigido ao BES falido-10 000 000 € (dez  mil milhões de euros) ] o manto de nevoeiro e da opacidade veio logo cobrir todo o país.

Em primeiro lugar, com a deriva  ausencial de uma declaração do PM a contar a verdade dos factos. Numa das piores crises financeiras do país - e já são demasiadas - o inqualificável PM continuava a banhos no Algarve,  flutuando no espaço etéreo da Manta Rota. Portugal, em roda livre,  esperando placidamente  pela festa no jardim das  delícias celestiais do Pontal.

Ao BPN vai juntar-se a factura do BES/GES, ou seja na versão encriptada: Novo Banco/Banco Mau, ou em prosa avulsa na versão Lady Swap: "Empréstimo do Estado sem risco de 4.5 mil milhões de euros ao Fundo de  Resolução Bancária. É um empréstimo sem risco: "os contribuintes não serão  penalizados por actos fraudulentos num banco privado-garantiu", ou ainda na versão pimba do PM - Passos: "Este processo nada tem a ver com o processo BPN"

Em segundo lugar, a  deserção do supremo comandante da nau dos naufragos, em plena crise existencial, deixa o povo à deriva numa tormenta colossal. Fugiu ao olho do furacão. Tudo ocorre no mais profundo silêncio. Nenhum pio de cagarra  foi ouvido no continente ou ilhas. Há, apenas, um ruído de fundo no facebook. Como pensará tal ave atingir os portugueses por este processo? A queda dum dos maiores grupos económicos do país não mereceu sequer uma breve mensagem por parte dos governantes máximos da nação. Ao que parece PM e PR jogam às escondidas com as declarações sobre a solidez do BES.

Todavia, nada melhor que ler um clássico da literatura  Miguel Cervantes "O engenhoso Fidalgo Dom Quixote de la Mancha",  na versão escrita  dum cavaleiro andante e do seu fiel escudeiro Sancho Pança. 

Fernando Torquaz, moldado por destino incerto, não aprecia certas melodias e tocatas de instrumentos desafinados. A saídas limpas sucede-se a derrocada final da economia. Profetas da desgraça, classificam tal visão. O BES completa a elegia do sector privado. A teoria liberal da auto-regulação dos mercados assumida pelo artista Passos atinge o seu máximo esplendor. P.Coelho, defensor da varinha de condão do privado, abriu a caixa de Pandora e  diverte-se lá pelas bandas da Manta Rota como um simples actor, sem palco. Lá nisso, comportou-se como um cobarde ao desvalorizar as consequências das professadas teorias da desregulação dos mercados, tal como como o seu mentor A.Correia em palestras televisivas. Ambos de ideias fixas. Como tudo vai acabar é uma incógnita, mas garantida está a continuada ira do PM sobre os mais fracos e o seu refinado ódio aos reformados e funcionários públicos. As garantias de Passos são promessas de gato fedorento, em terras de queijo La vache qui rit. Ou seja, garantias inválidas.

O ilusionista  Passos nunca teve noites de reflexão e de trabalho teórico, apenas noitadas de diversão como a sua adiada licenciatura denuncia. A cartilha, por onde se espraiou, transformou-o numa pétrea sombra. Os fundamentalistas e seus afins vibram com a teoria da bancarrota socrática, cavalgam os seus mitos de neoliberalismo sobre a crise portuguesa e defendem a teoria do "além troika". O jardim das delícias vislumbra a superação da crise profunda actual em escassa décimas de escalas flutuantes na economia. A sua jactância projecta-o já para as legislativas 2015 como o vencedor da terrível gestão socrática, esquecendo obviamente a sua. O Moedas pode passear-se por Bruxelas, longe das vivências do tramado povo português. Que não se perca nas  cervejas The Delirium Tremens, Duvel ou na clássica À la Mort Subite. Que pensarão os camponeses de Beja, privados destas delícias?

Quando  o Pedrito Dinamite  regressar do seu mundo de fantasia irá encontrar os seguintes factos, resultados de obra sua:
1. Dívida pública portuguesa de 134% do PIB. E o que tem a dizer da dívida privada?
2. Défice não controlado de 10% (UTAO) ; para a contabilidade do P.M. apenas 4%. Não há almoços grátis. Esperemos, pois pelo toque da banda: aumento da carga fiscal, para limites insustentáveis.
3. Lançamento de cerca de 600 000 cidadãos para o desemprego, dos quais 300 000 não têm esperança de obter de novo um emprego. Aldrabões de fictícias engenharias estatísticas sobre a taxa actual de desemprego. Pura manipulação. Fantasias de incompetentes manipuladores.
4. O esforço dos portugueses valeu de nada, estando o país pior do que no ponto de partida (2011). Ponto de chegada não se vislumbra. As legislativas estão à porta: traumatizar os portugueses com novos impostos, nem pensar-diz o P.M. Com falinhas mansas se enganam os tolos!
5. O caixeiro viajante P.Portas a peregrinar pelo mundo e a vender permis de sejour a endinheirados. Difícil é explicar o caso dos submarinos , com voz séria e pousada. Fala em "brutal subida da competitividade", com voz firme. Aconselha-se a ler o texto original,indicado abaixo.

Recorre este desgoverno,  com frequência elevada e dedo em riste, a acusação da ineficácia da Presidência Francesa sobre a problemática das dívidas soberanas. Salienta-se o desvio do discurso inicial, caindo no regime de austeridade-à alemã.  O texto já vai longo e não convém alongar. Até, diz-se, votam os mortos nas eleições primárias do PS. Fernando Torquaz, mais habituado a contas que a verborreia inútil e inconsequente, ouve com atenção estes ruídos e procura indagar do seu fundamento. Há muito que se percebe que a política é domínio de caça, de alguns lacraus perversos. Olá, se é, mas não deveria sê-lo. O importante na vida, é a contínua procura da verdade possível. 

O que mais diverte na actual presidência francesa, é a revelação de que a presidência francesa pode equilibrar-se numa simples lambreta, em tempos nocturnos.Todas as presidências francesas tiveram camas, de geometria variável.Tradição continuada, portanto. Esta é a parte divertida da questão. A realidade francesa traduz-se no gráfico seguinte:
Evolução da dívida pública francesa
Como se pode vêr, também em França a situação da dívida soberana não é famosa.E a França já teve 6 bancarrotas. A primeira delas foi resolvida por Filipe o Belo, atirando para a fogueira o grão mestre dos Templários, apoderando-se dos seus bens (Os Templários essencialmente representavam os banqueiros da actualidade). Tal como Napoleão, fundador do Banco de França, as guerras custam dinheiro e é preciso ir sacá-lo onde o há.


Fernando Torquaz  admira por essas bandas  o firmamento celeste e a maravilhosa via láctea. Nas noites claras de Agosto pleno,pode perscrutar-se os segredos do Universo, em termos de passado, presente e futuro. O insondável firmamento pode  revelar-se na sua faceta mais violenta. Com os instrumentos adequados, a Nasa mostra, em imagens espectaculares, alguns aspectos dos pilares da criação.

Three-light-year-tall pillar of gas and dust within the Carina Nebula
Nasa- Os pilares da criação

O que o PM não entende é a reacção do BCE,que vendo o fiasco em que a Europa está metida com a deficiente criação do euro.E, por enquanto, só a Alemanha escapa. Porém, o objectivo último só é, em plenitude, compreendido pelos banqueiros. A razão profunda da crise francesa aponta para uma conhecida lei - a lei Rothschild de 3 de Janeiro de 1973,votada na presidência de G.Pompidou.Segundo declarações públicas de M. Rocard, esta lei é responsável da dívida francesa a qual seria da ordem dos 16-17% do PIB.
  • No fim do 1º trimestre de 2014, a dívida pública  de Maastrich foi de 1985,9 mil milhões de euros,com um aumento de 45,5 mil milhões relativamente ao trimestre precedente (2013).
  • Em percentagem do PIB, situa-se a 93,6%
  • A contribuição do estado para a dívida aumentou de 43,3 mil milhões no 1º trimestre de 2014. Este aumento provém da sua dívida negociável a longo termo (+32,2 mil milhões €) e em menor medida, a curto termo
No que respeita à solução do problema francês já houve a queda de um governo e o BCE dá um lamiré sobre a necessidade de mudança de agulha. A solução das dívidas soberanas não passa exclusivamente pela política financeira, à alemã [Clique aqui] e não atinge apenas Portugal. Por azar, má fortuna e temerários políticos despesistas, esta Europa decadente abandonou os elos mais fracos: Irlanda, Grécia e Portugal. Cobaias de muitos ensaios.

Não consta que haja qualquer correlação com os horizontes políticos, marcadamente PSD (56%) dessa região da Terra Fria. A evidência dos factos estatísticos não significa qualquer valoração de teorias económicas, mas tão somente inclinação básica para ideias pré-concebidas. Em termos pragmáticos e simplistas, a diferenciação entre partidos PSD e PS é fictícia e, na verdade, não passa de lutas inconsequentes de grilos espanhóis, em tudo idênticos, que se asfixiam e devoram mutuamente dentro desses pequenos horizontes. Os problemas existentes são, na maioria dos casos, problemas de índole técnica e, consequentemente, a sua  solução é independente dos partidos.

 A decisão dos dinheiros camarários e o seu destino, esse sim, poderá depender da vontade política do partido do poder. Angueira não esquece a maneira como tem sido tratada pelos vários executivos camarários e o modo da sua anexação, sem qualquer consulta à população. A luta pelos 255 € do FFF-leia-se tacho partidário não é razão suficiente por tal falta de respeito.  Recorde-se o escrito anterior, datado de 2/11/2013.
As gentes do pin na lapela já se arrastam pelos rectificativos do Orçamento de Estado, vezes sem conta. o PM, mau aluno, já acumula 8 chumbos do Tribunal Constitucional. A sua ignorância leva-o a governar fora da lei e conhecendo-lhe os seus tiques, só vêm por em evidência que a diatribe contra o Tribunal Constitucional já não colhe votos. A ignorância dos passos fedelhados já permite, à luz do dia, verificar a tremenda mentira da austeridade "além troika" e a incapacidade governativa desta gente do pin.Puras nulidades, e onde não há ideias, não há futuro nem esperança. Que o digam os fugitivos: Vítor Gaspar, o falso arrependido P. Portas, o Moedas que já se escapuliu para a Europa, o Arnauld do Goldman Sachs e afins. Emigrantes de luxo. As benesses internas serão redistribuidas pelos grupos de sempre: Katrogas, Vitor Bentos, mordomos saltitantes entre velho BES - Novo Banco. Com o beneplácito do rei-presidente, de uma terra localizada num incógnito exo-planeta, algures na imensidade galáctica de mundos desconhecidos. 

Há critérios simples que permitem destruir os mitos, as manipulações, as charlatanices, a venda de ilusões, no paraíso das delícias terrenas que os mercados financeiros iriam proporcionar. Falsários e piratas retratados em banda desenhada, precisa-se. Aliás, a honorabilidade de tal gente, anda pelas ruas da amargura. As garantias de Passos perdidos, são garantia de bobos medievais.

De novo, estes escritos destinam-se a zonas geográficas onde o acesso à Internet e, sobretudo, à informação é ainda pertença dos deuses. Mas nem por isso, o preâmbulo anterior sobre as gentes do pin na lapela se deixa de aplicar.

Falando claro, a história conhecida de Angueira aponta para cerca de 2500 anos, e transcende a importância de qualquer executivo camarário. Para a sobrevivência de Angueira, apontaram-se indirectamente, mas com objectivo bem definido, um conjunto de acções que visam a sua continuidade no tempo. Para além da gente que agora povoa esses territórios, de fim do mundo. Repete-se aqui o conjunto de medidas propostas nesse texto:

1 ) Pavimentação completa e integral de todas as ruas de Angueira, sem excepção, com padrão equivalente à freguesia de Vimioso. [Segundo ponto+ Quarto ponto]

Compete, se for caso disso, ao vogal da Junta da freguesia Angueira - Caçarelhos apresentar a totalidade de fotos correspondentes aos arruamentos de Caçarelhos e Angueira, para comparação, à Câmara Municipal. E porque somos todos portugueses, a freguesia de Angueira reclama o seu quinhão camarário, já que a  freguesia de Vimioso foi a  principal beneficiária (e continua a sê-lo) ao longo de anos dos investimentos camarários nos arruamentos e deles não mais precisar. 


No seu "Ponto Terceiro" - há conhecimento do acesso a fundos europeus, que também deverá ser válido para as aldeias todas.


2) Tendo a Câmara Municipal o poder de controlo sobre as actividades no rio, tem por obrigação impôr de imediato:

Um regulamento rigoroso, com o objectivo da reposição natural da fauna e flora do rio, com proibição completa da actividade piscatória durante 5 anos.


3) Regularização da ETAR de Angueira, como ponto prévio da recuperação do rio, e em quase completo abandono.


4) Feitura de um regulamento imediato com a obrigatoriedade da preservação e respeito do traçado básico da aldeia de Angueira, enquanto aldeia de xisto.


5) Feitura e implementação de um regulamento camarário com proibição de criação  de animais que perturbem a saúde pública.


6) Proibição e desactivação de exploração pecuária, dentro do perímetro da aldeia. Exemplo de referência, freguesia de Vimioso.


 7) Realização de uma auditoria sobre a construção irregular, em domínio público (baldio)

Feitura de um regulamento com proibição expressa de construção de em baldios, como a lei prevê,

8) Publicação do documento onde conste a lista : dos bens materiais, imateriais ou outros que passaram para a nova freguesia.


9) Publicação do  plano director Municipal que contempla todo o território do concelho, freguesias incluídas, e de acesso público.


Angueira foi despromovida, passando a anexa, por obra do licenciado Relvas e seus afins. Sem delongas, a Autoridade Tributária alterou todos os artigos matriciais. Compete ao Partido Socialista actuar em sentido oposto ao licenciado Relvas e reverter a situação. As criticas a governos anteriores e, em particular, a teoria despesista de Sócrates, válida nalguns aspectos, tem pleno cabimento por essas terras  onde a onda laranja varreu essas serranias esquecidas. Vamos, pois, aos factos.

Ponto 1. Regista-se e reconhece-se, com agrado, a repavimentação parcial das ruas. O acesso à informação, a que todo o natural tem direito, é manifestamente insuficiente quer no que respeita à área intervencionada quer quanto ao tipo de pavimentação (alcatrão ou paralelo). O montante da rubrica atribuído a esta intervenção é de 169521.02€ (cento e sessenta e nove mil quinhentos e vinte e um euro e 1 céntimo). Clique aqui para vêr a proposta de contrato de abjudicação, cujo anúncio de procedimento foi publicado no Diário da República de 30 de Abril de 2014 (Nr.83) e a acta camarária associada, nr.25 (2013).
Que árvores e passeios não sejam esquecidos. Padrão igual ao de Vimioso, e limpeza de ruas e acessos também. E toda a zona insalubre do tanque do Pio não tem solução?

Pontos 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

 Em termos objectivos, todos estes pontos assentam na valorização do rio Angueira e na valorização da aldeia, enquanto aldeia de xisto com a transformação radical de uma actividade rural, já ultrapassada e em fase de extinção, para uma zona de turismo rural e lazer. A questão dos arruamentos e sua conservação é vital para a sua transformação. 

Por ora, basta dizer que todos os investimentos da CM Vimioso foram efectuados na freguesia de Vimioso, ignorando quase por completo todas as restantes aldeias com a consequência imediata do despovoamento de um vasto território e, ironicamente, conduziu à degradação da própria vila. É na diversidade de opiniões que se constrói uma distribuição justa e equitativa das verbas e a presença das várias correntes de opinião políticas presentes no terreno afigura-se como sendo vital. Que é feito do único vereador PS da CM-Vimioso? Desaparecido em combate? Por acaso, não sabia ao que ia? Só a Presidência interessava? Quem estiver interessado pode consultar o site CM-Vimioso, clicando aqui.e tirar o retrato à la minute da situação.

Uma passagem breve pelas actas permite verificar quão melíflua e estreita é a defesa dos interesses privados em causa própria. Precisamente, no contexto mais vasto do interesse público e privado. Todos lutam contra o Estado mas todos  se apoiam no Estado para benefício próprio. Claro, que o P.M. não se esqueceu através da Tecnoforma de sacar o que pode dos fundos europeus. Voila!

Pontos 2, 3, 4, 5, 6: 

 Não há conhecimento de qualquer produção de documentos e /ou regulamentos camarários.

Falando claro, serão os elementos camarários cegos ao ponto de não verem a completa devastação da fauna do rio? Por acaso, sabem os representantes eleitos qual a dimensão máxima dos peixes que atingiam na década de 50/60 do Século passado? 
Ninguém acredita que o vogal da actual Junta o não saiba. É normal aceitar a devastação dos peixes de dimensão inferior a 10 cm? Cruzar os braços não é solução.

Sem apelo, nem agravo, a zona entre pontes: Sanca - Ponte da Cavada - Ponte da Edra deve ser interdita, de imediato, sem conversa fiada, a qualquer tipo de actividade piscatória durante 5 anos. Deve existir um volume mínimo das águas para a sobrevivência das espécies, com a consequente limitação de uso da água em zonas ribeirinhas.
De seguida, controlo efectivo desta  zona piscatória, com emissão de  licenças de pesca  a favor da localidade de Angueira.

As redes de pesca existentes, de fina malha,  são facilmente contáveis, identificáveis e controláveis. Haja vontade para isso. A eliminação dos guarda - rios, peIa tal figura que nunca se engana, conduziu a este efeito perverso. E agora? Será que os votos opacos não permitem a acção da feitura de regulamentos camarários?

Ponto 7 : Acção precisa-se.

Angueira é das poucas aldeias que ainda possui baldios de certa extensão. Compete ao executivo camarário fazer cumprir a lei sobre os baldios e destinar esses espaços a fins exclusivamente de interesse público. Constitui uma reserva estratégica para implementação de certas actividades, a desenvolver, e parte do pacote da sua sustentabilidade económica.

Ponto 8 :Não há conhecimento de qualquer produção de documentos.

Conclusão: Fernando Torquaz,na esperança de uma revitalização de uma caracteristica aldeia de xisto, de fauna e flora específicas, tenta contribuir com propostas exequiveis, de suporte financeiro de pequeno montante, perante o ostracismo continuado a que tem sido votada pelos sucessivos executivos camarários. A última machadada foi dada pela anexação da freguesia. Se dúvidas houver, consultem as actas de 2014 e constate-se que Angueira não tem voz. Por isso são aqui formuladas algumas propostas concretas para 2015.Assim, para que conste, e de acordo com a propaganda PSD no que respeita a acesso aos fundos europeus, a aldeia de Angueira deve ser considerada como candidata única a um projecto europeu de envergadura média que diga respeito a :


I - PROJECTO europeu (a desenvolver) :

Construção de um fluviário em Angueira

 aldeia que dá o nome ao rio.

Este fluviário servirá de suporte a uma componente educativa, permitirá o apoio técnico à produção intensiva  de lagostins de água doce, com repovoamento orientado de variantes específicas e  diversificação de produtos de valor comercial. 
Poderá também ser complementado com a construção de uma mini-hídrica, porque não?


II - Construção de um desvio viário.


II - A) Através de fundos próprios da CM-Vimioso, fundos CIM ou fundos europeus, construir uma derivação viária de contorno da aldeia de transportes pesados, evitando a orografia da aldeia.

II - B) Enquanto tal desvio não for projectado e executado, os transportes pesados devem ser desviados para a estrada Vimioso - Alcanices, com colocação de placas de sentido proibido a veículos superiores a 10 toneladas. Não se pode meter o Rossio na Betesga. O que não percebem?

Com este desvio, Angueira funcionará como alternativa , quebrará o o isolamento de aldeia - fim de linha e estabelecerá uma ligação directa à Zona limítrofe de Sendim e saída para Alcanices.


Fernando Torquaz é partidário de total transparência de processos, a qual só pode ser exigida se houver cultura suficiente para questionar factos. É tempo de projectos médios atingirem também as aldeias. Ou será  que Angueira é relembrada, apenas, dos tempos remotos onde os lagostins  eram servidos nos festins primaveris ? Veja-se aqui a espécie original do A.Pallipes, com forte ligação ao rio Angueira. Extinto em Angueira, por incúrias variadas dos homens, e tratado com todo o cuidado na Irlanda, França e Inglaterra. Quando se não valoriza o que se tem, que se espera? Para recordar tempos antigos não se torna necessário construir palácios para burro mirandês.Certo ou errado? O texto é apresentado, de forma pragmática, em critica construtiva. Afinal, O Nordeste da Terra Fria navega nas mesmas águas de todo o interior do país. E o  país não é pertença ou refém de qualquer partido. Aliás, os partidos deveriam sofrer uma vassourada geral, para boa saúde mental do país. Tudo se resume a uma questão de escala e de bom senso. 

Será que o P. Portas, com o abrandamento da austeridade para o festim eleitoralista de 2015, pretende fazer esquecer as pauladas violentas e  brutais sobre o cidadão? Ou prepara nova jogada para abandonar o PSD passista? Ou pensará ele que a lady  Agricultura - Cristas ao visitar a Sovena pode ignorar os agricultores da centena de oliveiras ou menos? Ou será que Seguro pensa mesmo que o voto dos proprietários da Sovena vale o mesmo? Ou será que os políticos locais não enxergam nada nos cadernos eleitorais autárquicos?

Em tempos de fantasia e diversão, as eleições primárias do PS permitem fotografar os
seguidores das duas candidaturas, e a sua manifesta intenção da luta pelo tacho. Para gáudio de toda a gente. Debate de ideias, onde se esconde? A política partidária, em plena acção. Guerilhas fraticidas e inconsequentes. Por acaso, o actor principal desta novela não poderia ter resolvido a questão de modo pragmático, breve e eficaz? 

O Passos de Coelho refugiou-se na sua toca da eleição, que isto de discutir ideias pode mostrar mentalidades inócuas e o vazio cerebral. Há sempre bajuladores que os suportam . Não é assim com a F. Almeida, demissionária da Comissão dos Submarinos na Assembleia da República? Os seus artigos no Expresso causam espanto. Confronte-se a opinião expressa com o relatório original (em particular a pg.328). Então, o que dizer do pilar da corrupção?

Como se depreende, o país está numa encruzilhada muito complicada. Será que a bondade de Passos a propor conversas com o PS esquece o seu imbecil comportamento de recusa em tempos iniciais? Será que fez mal os cálculos, pensando transformar-se em salvador da Pátria?
O Peregrino sobre o mar de névoa
É tempo de ler na testa dos políticos a mentira subjacente que lhe corre nas veias. Deixa-se, porém aqui, este quadro de Caspar Friedrich cuja interpretação é deixada ao livre arbítrio do observador. Que ideias varrerão a mente do senhor pensativo, face ao mar de névoa no país?