domingo, 31 de dezembro de 2023

 Tempos de reflexão

A Fábula da Rã e do Escorpião por Eduardo Paz Ferreira

Como entender as crises da dívida soberana!

A Fábula da Rã e do Escorpião por Eduardo Paz Ferreira - Presidente do Instituto Europeu e do IDEFF.  As minhas primeiras palavras são, naturalmente, para agradecer aos nossos convidados, que se dispuseram generosamente a uma viagem que sobrecarrega, ainda mais, agendas já muito preenchidas, para aqui estarem connosco hoje, discutindo um problema de importância fundamental para o nosso país, bem como para a União Europeia no seu conjunto. Ao Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, na pessoa do Dr. Alberto Soares, expresso a minha gratidão pessoal e institucional pela disponibilidade para reflectir sobre a dívida pública em conjunto com o IDEFF, bem como a parceria celebrada em torno da leccionação de uma pós graduação nesta área específica, o que suponho que acontece pela primeira vez entre nós. O meu profundo reconhecimento vai, ainda, para a equipa reitoral, que cedeu o espaço para a realização desta conferência, expressando mais uma vez a sua confiança no Instituto Europeu e no Instituto de Direito Económico, Financeiro e Fiscal e o seu empenho na abertura da Universidade à sociedade civil, tão exuberantemente demonstrada nas comemorações do centenário da Universidade. Permitam-me, também, uma palavra para todos os participantes que compõem uma plateia de excelência que nos motiva e responsabiliza para continuar com o esforço que vimos desenvolvendo, em coerência com aquilo que entendemos ser o nosso dever cívico e a nossa contribuição para ajudar a ultrapassar as dificuldades do quotidiano. O debate plural e informado é uma primeira condição para mobilizar a sociedade para a busca de uma vida melhor, recusando as concepções que tentam reduzir as escolhas fundamentais de uma comunidade a meros problemas técnicos, ignorando a dimensão política e social. A discussão das questões da dívida pública em Portugal remete-nos para a nossa história e para alguns dos seus episódios mais traumáticos. Muito do actual debate tem um ar de já visto para quem olha para a história económica portuguesa. O próprio acordo da assistência financeira à República Portuguesa traz-nos à memória imediata a concordata com os credores estrangeiros do início do século XX, durante tantos anos apontada como um exemplo de humilhação nacional e sujeição ao exterior. Só que, através da concordata, como afirmou Armindo Monteiro, “conseguiu-se afastar o controlo estrangeiro, mas foi impossível evitar a consignação dos rendimentos aduaneiros. Eram o penhor do nosso futuro bom-senso” enquanto que, nos nossos dias, mesmo sem consignação de rendimentos aduaneiros que, de resto, já não nos pertencem, é impossível ignorar o controlo estrangeiro. De resto, não é difícil encontrar em tantos dos nossos opinion makers o mesmo zelo no combate à dívida e à despesa que animou nos anos vinte do século passado Salazar e Armindo Monteiro – os dois candidatos à regeneração financeira, numa luta que o primeiro, como tragicamente sabemos, viria a ganhar. A todos anima a mesma angústia em torno do endividamento do Estado e da realidade subjacente de aumento da intervenção pública. Como muitos nesta sala saberão, Armindo Monteiro foi o primeiro doutor da republicana Faculdade de Direito de Lisboa, oriundo da própria escola e que se juntaria aos mestres que tinham transitado de Coimbra. Por isso, permitam-me que lhe dê, de novo, voz, ao referir-se de forma bem impressiva ao défice público: “A história do défice é história das finanças portuguesas. Tem na atormentada vida nacional o papel de Cérbero – o cão das três cabeças que guarda as portas do Inferno. Nasceu cedo o défice. Chamavam-lhe alcance na linguagem velha, mas quer com um termo quer com o outro quis-se sempre indicar miséria igual. Corram-se os documentos, examinem-se as contas, consultem-se relatórios, ande-se para trás no tempo, penetre-se no segredo dos arquivos, peçam-se informações às memórias, às cartas. Aos escritos de qualquer época – e de todos eles subirá até nós a mesma lástima, a mesma queixa, a mesma angustia”. Em Portugal, o problema do défice praticamente só conheceu resposta em regime ditatorial. O desafio que temos, hoje, perante nós é o de conseguir uma resposta em democracia. O peso da ditadura foi demasiado grande, quer no plano político, quer no económico, deixando-nos um país pobre, ignorante, isolado do mundo e a braços com uma irresolúvel e imoral guerra colonial. Reparo que me deixei embalar, directamente ou por interposta citação, por um discurso, de tons apocalípticos, em torno das questões morais, éticas e políticas, como sucede quase sempre que se discute a dívida pública. E esse é o tom que acompanha a dívida desde os mais remotos tempos. Olhamos a Idade Média e vemos os empréstimos contraídos pelos monarcas, quase sempre sob forma disfarçada, uma vez que a condenação canónica da usura atingia, também, esta modalidade de crédito. Vemos, ao mesmo tempo, a actividade do financeiro perseguida e tendencialmente confinada aos judeus, sendo os usurários ameaçados com a excomunhão e as penas do inferno por venderem um bem – o tempo – que só a Deus pertence. No Deuterónimo estava expresso o comando “ não exigirás do teu irmão juro nenhum nem por dinheiro, nem por víveres, nem por qualquer outra coisa que se preste ao pagamento de juros”. Os pregadores medievais tornaram o tema central nos seus sermões, com o usurário inevitavelmente destinado ao Inferno. Alguns, in extremis, tentavam a salvação com a entrega a obras pias dos lucros acumulados. Naturalmente não temos informação quanto ao sucesso de tais iniciativas. Jacques Le Goff, o grande historiador francês, faz o levantamento delicioso destas peças e das penas do Inferno que inevitavelmente aguardavam os usurários no imaginário difundido. No mesmo Le Goff iremos encontrar a descrição das justificações com que a doutrina católica procurará corresponder às crescentes necessidades de aceitar uma prática que na realidade se difundia e seria fundamental para o aparecimento do Estado moderno. Muito mais tarde, uma das famosas frases de Benjamin Franklin – time is money – enterraria quaisquer dúvidas e sintetizaria de modo exemplar a nova ética do capitalismo. Neste lento processo, irá emergir a figura dos financeiros, expressão que normalmente designa uma classe de pessoas intimamente ligadas aos dinheiros públicos quer quando exercem funções públicas, quer quando actuam como prestamistas do Estado. Da mesma forma, os Estados vão aperfeiçoando a disciplina jurídica do endividamento bem como os mecanismos de gestão da dívida pública. A Inglaterra fá-lo da forma mais eficaz e, na opinião dos historiadores económicos, este vai ser um factor determinante para a sua superioridade militar. A revolução financeira antecederá a revolução industrial e criará as condições necessárias à sua eclosão. 


Os excessos do recurso ao crédito das formas de Estado moderno e absolutista irão determinar, no entanto, o aparecimento de uma nova onda de condenação ética e também económica. Os grandes economistas liberais, com Adam Smith à cabeça, enumeraram os males da dívida: o aumento da despesa pública improdutiva em detrimento da privada; a subida dos preços; a dependência do estrangeiro, a opressão dos mais pobres com o pagamento de juros; a facilidade de lançamento ou manutenção de guerras; a ilusão financeira quanto ao preço do Estado; a criação de uma classe inactiva de prestamistas e a transferência do ónus para as gerações futuras. Seria, naturalmente, ambição excessiva tentar aqui seguir toda a evolução posterior do pensamento económico e, designadamente, a reabilitação keynesiana da dívida pública, seguida do contra-ataque monetarista e da public choice (escolha pública), com esta última escola a repor, pela voz de James Buchanan, o debate moral sobre a dívida. Arranca daqui a tentativa da escola do constitucionalismo económico de impor limites ao endividamento nas próprias constituições. A revolução económica conservadora transmite-se à acção política e, como bem sabemos, o moralismo da chanceler alemã recebe estas posições de braços abertos. É curioso verificar que a condenação ou, pelo menos, a preocupação em torno do endividamento público historicamente prevaleceu e se estendeu por períodos muito mais longos do que aqueles em que foi aceite ou desejado como um instrumento financeiro normal e que, no entanto, o endividamento não parou de crescer. Resultado das crescentes pressões sobre o Estado e da impossibilidade deste encontrar receitas tributarias suficientes? Fruto de uma estratégia deliberada de ilusão financeira? Ou, mais simplesmente, resultado da verificação de que se trata de uma receita adequada a estabelecer formas de justiça intergeracional - contrariamente ao labéu que lhe foi criado - transferindo para o futuro encargos, mas também bens públicos, de que beneficiarão igualmente as gerações vindouras, ou até garantindo níveis de educação e proteção social que só podem ter efeitos positivos no progresso das sociedades cooperativas que todos defendemos? Da má fama não escapam, no entanto, nem a dívida nem os financeiros. Importa, então, que o Estado a saiba usar virtuosamente e que os financeiros aceitem regras adequadas e que os afastem das penas do inferno, antevistas pelos canonistas. Quanto à dívida pública, creio que é de recusar a introdução de limites rígidos, que podem dizer tão pouco sobre a capacidade de um Estado para solver os seus compromissos. Há, no entanto, que caminhar no sentido do aperfeiçoamento dos mecanismos de controlo da dívida, conjugando os tradicionais princípios constitucionais, herdados do liberalismo, com técnicas de planeamento financeiro efectivo e susceptíveis de garantir uma manobra financeira de conjunto que maximize as possibilidades de actuação. A transparência e profissionalização da gestão da dívida são requisitos fundamentais nesse caminho e creio que a legislação portuguesa, em cuja preparação tive o privilégio de colaborar, criou um quadro que o IGCP potenciou de forma diligente e empenhada. Não acompanharia, completamente, quantos vêem na total monetarização da dívida pública, concentrada nos bancos centrais, a panaceia para todas as dificuldades, mas creio profundamente que a experiência mostrou que se não pode deixar a fixação das condições da dívida nas mãos de mercados, em que movimentos de prudência lógica se misturam com pânicos irracionais, informações distorcidas e especulação impiedosa.


  A garantia de que o Estado teria sempre um credor de última instância funcionaria, em minha opinião, quer no sentido de dissuadir os movimentos especulativos, quer de tranquilizar os prestamistas legitimamente preocupados. Veja-se, de resto, como o, ainda assim, discreto reforço da actuação do BCE nos mercados secundários tem produzido bem melhores resultados do que as sucessivas cimeiras europeias. A profunda crise da dívida soberana europeia tem alimentado, um sentimento de repulsa popular pelos financeiros, devidamente explorado pelos movimentos populistas, que vão de encontro à revolta de quantos vêem uma parcela cada vez mais significativa dos seus impostos, encaminhada para o pagamentos da dívida e o Estado a apoiar significativamente o sistema financeiro e, menos evidentemente, a actividade económica. Noutra encarnação – antes da eleição – Barack Obama deu voz a este queixume. Washington protegia Wall Street mas desinteressava-se da main street. A imagem do usurário medieval retoma - e retomará cada vez mais - um papel de relevo no imaginário popular, sendo de temer que, em tempos em que as penas do Inferno tendem a ser desvalorizadas, cresça um movimento para antecipar o castigo para a vida terrena. Será, todavia, que este anátema dos credores do Estado se justifica? Quem empresta, de facto, dinheiro ao Estado? Quem dele beneficia e quem dele se serve? Estas são questões que estão longe de ter resposta simples e que exigem sempre análises cuidadas. A primeira verificação – que nem por ser uma banalidade deve ser esquecida – é a de que um Estado sem acesso aos mercados de crédito estará numa situação dramática. A segunda tem a ver com o facto de entre os credores do Estado se encontrarem entidades de muito diversa natureza. Tratados nos últimos anos com grande desinteresse e altivez pelo Estado Português, há que recordar, em primeiro lugar, os detentores de pequenas poupanças que prolongam uma tradição forte de procurar a segurança da dívida pública. São, ainda, em última instância, as pequenas poupanças que alimentam fundos de pensões e de investimento, nacionais e estrangeiros, a ser canalizadas para a divida pública, dentro de uma nebulosa que envolve entidades bem menos respeitáveis como os edge funds, cujo contributo para a crise financeira de 2007-2008 foi decisivo. A crise da dívida soberana não pode ser, de resto compreendida sem recordar a sua origem financeira e o modo como os Estados foram empurrados para o apoio ao conjunto do sistema financeiro, a fim de salvar as economias, bem como o esforço que aos bancos é pedido para manter o mercado da dívida pública. E estamos, agora, em presença dos grandes actores que contracenam no palco da dívida soberana – e que, não nos esqueçamos, têm direito, como qualquer actor desejaria, a um palco de dimensão mundial. Estados e bancos aparecem unidos num intenso abraço. Resta esperar que a racionalidade dos dois lados, mantendo a percepção da diversidade de alguns interesses, evite cair na tentação do escorpião a atravessar o rio no dorso da rã. É que, nesse caso, as vítimas seriam muito mais e, sobretudo, seríamos todos nós.

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Termino o ano_2023 com a fábula do Escorpião e da Rã. A crise financeira de 2008 ( colapso do Lehman Brothers) arrastou a crise para alguns países europeus (Irlanda, Grécia, Portugal e outros, esquivos, mas mais poderosos). Como sempre, os fracos ou debilitados são os primeiros a pagar a factura da dívida. O sector bancário português e os seus desmandos, alguns ligados à tralha cavaquista, transformaram as dívidas acumuladas na banca, em dívida soberana. Assim, qualquer cidadão sem dívidas pessoais, passou a ser devedor como elemento desse pacote da dívida soberana. A realidade da dívida foi aproveitada pelo ignorante e imbecil Passos Coelho e pela Comunicação Social deste reino da porcalhota, onde vegetam energúmenos da pior espécie e defensores das teorias liberalóides do acéfalo P. Coelho do ir além da troika. Será inglória a nova tentativa de muitos simpatizantes ou seguidores do PSD de fazer um "reset (levar o ponteiro a zero)" da estupidez do governação PSD-CDS em tempos de troika, já que se há uma componente socialista na tragédia da troika, não é menos verdade que houve um aproveitamento manifesto do acéfalo P.C. ,seus mentores e grande parte do laranjal, para alcançar os seus objectivos: privatização total dos pertences do estado (Tap, privatizada em tempo final do delírio, gestão do aeroporto, CTT empresa rentável, EDP transformada em empresa rentista, ...). Os portugueses não esquecem o ataque às suas reformas, nem o incumprimento das promessas feitas.

 A tão prometida chegada do diabo, não se cumpriu até hoje. Então o que dói a tantos  desapontados do PSD(e na sua maioria gente decente)? Em primeiro lugar a falta de liderança do partido PSD (agora na terceira linha passista, Montenegro de seu nome) e a criação do vírus Chega, criado pelo P.C., e que lhe retira votos das urnas. A retórica vigente no PSD é a instalação do ódio ao partido socialista e a António Costa, seu líder.

La Palisse diria que António Costa não é propriamente um santo nem um diabo. Aqui o que dói, é que PC e seus seguidores não admitem que a geringonça e o PS que se lhe seguiu lhe infligiram uma derrota política em toda a linha. Por metodologia diferente alcançou-se uma elevada diminuição da dívida (de cerca de 130 a 100%) do PIB. E o reconhecimento da "Standard & Poor´s da classificação da dívida como positiva". Casos, casinhos invocados pelo laranjal e não só, não passam afinal de casos e casinhos. Segundo padrões limitados e pessoais, graves e discutíveis decerto.

É tempo do PS tomar em mãos, com coragem, a resolução dos problemas do SNS e a problemática Educação, entre outros, para todos os portugueses. E é de carácter imperativo a sua resolução.

O panorama político português é complexo. Quando se requeria e exigia, em tempo de crise, serenidade presidencial, foi desencadeada uma crise desnecessária. Aguarde-se pelo resultado e, espera-se, que o PR seja em consciência forçado a confessionário. Voltar - se -à em 2024, ano que promete ser agitado. Bom Ano para todos !.





domingo, 24 de dezembro de 2023

 

Bom Natal e Ano Novo 2024, numa Palestina humanista.

Menino Jesus e a Virgem Maria

[Sandro Botticelli: Bardi-Altar, 1484]

Mensagem de Paz, ternura e amor


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

O TRAQUINAS em versão maquiavélica

 A gerra do Manjerico e Manjerona  Desfecho anunciado !


O rapazola do Traquinas não desiste. A sua passagem como super iluminado sempre teve um objectivo concreto. Entregar o pote aos seus homens de direita, de onde nunca saiu, embora o disfarce democrata, de pregador de culto e o populismo pacóvio lhe tenha permitido ganhar o estatuto de engana tolos. As beijocas, os abraços de ocasião e as excentricidades são agora devolvidos aos pobres portugueses em dose dupla de sacrifício, sangue, suor e lágrimas . À queda do governo, de maioria absoluta, dizem os honestos deste país vai seguir-se um período de instabilidade política, com a consequente factura passada aos portugueses. A entrada do Chega em cena, já fez estragos  nos Açores  (novas eleições) e Portugal continental vai seguir-lhe o caminho, pela mesma rota da instabilidade. No fundo, o Traquinas não passa de um imbecil figurante, dum tareco irrequieto, no mundo actual. Desde a valentia mostrada nas trincheiras da Ucrânia aos juízos apressados da culpabilização do Hamas (grupo com métodos terroristas, enfrentando terrorismo de Estado isrealita) pelo desenrolar duma guerra, cuja falta de humanidade rivaliza com a do Hitler nazi. Para o Traquinas, o apocalipse começou a 7 de Novembro e é esse o big bang de todo o Agamemnon de Gaza. De um cinismo e estupidez atroz.

Há perguntas que são comuns aos humanistas e formuladas em escrito anterior, em sumário abstrato mas real.

"A guerra Israel-Palestina é real. A impotência que qualquer ser, provido de bom senso e humanidade, é manifesta. Nesta guerra, não há lado bom e lado mau. Há actos terroristas e opressivos de ambas as partes. Os poderosos do mundo e ainda não desprovidos de alguma humanidade não podem senão condenar com veemência todos os actos de barbárie, de ambas as partes, impor um freio ao ímpeto extremista de Israel salvando o povo palestiniano da faixa de Gaza e libertação de todos os reféns. Com o objectivo último da resolução do problema da Palestina, com pátria prometida.  Todas as guerras são estúpidas e a guerra surge camuflada de camaleão. As TV reflectem quase sempre a faceta do imperialismo dominante e, por norma não são fontes fiáveis de informação. A crítica é fundamental (incluídos os links abaixo)".

    Com o desenrolar da guerra e da fluidez de tempos históricos, as respostas já começam a surgir. Os poderosos do mundo e ainda não desprovidos de alguma humanidade (EU, Biden, ...) não querem pôr um freio aos actos tenebrosos da faixa de Gaza da responsabilidade do Exército Israelita (IDF), com actos que prefiguram genocídio e terrorismo de estado. Surge a pergunta. Quem manda em quem? Netanyahu manda em Biden ? Biden é um joguete de outros poderes mais poderosos (alta finança, sector de armamento, outros ocultos) ? Que dizer do abraço das duas garças europeias a Netanyahu? Pausas humanitárias na guerra são a tradução literal da guerra do Solnado. Atacámos em dias definidos e mandam-se camiões de humanidade noutros. 

Toda a história Hamas-Israel está mal contada. Que dizer do Serviço de informações do Exército Israelita e da Mossad tida como uma das melhores polícias do mundo? O governo israelita não sabia? The New.York Times (01.12.2023) escreve que o ataque foi conhecido pelos israelitas um ano antes, embora desconhecendo a data. O povo israelita vai ficar impávido perante  problema de tamanha gravidade perante Netanyahu que não os defendeu como devia? Qual o objectivo  último  de Netanyahu  e do grupo dos ulranacionalistas de quipá e de crenças bíblicas? A diplomacia conhece-os. E os Tribunais Internacionais vão ignorar os crimes cometidos na faixa de Gaza sobre cidadãos e crianças  inocentes? O direito (proporcional) de defesa de Israel é legitimo, dizem.  Todavia, traduzindo essa proporcionalidade , à luz  dos factos e imagens das TV está convertida em pura irracionalidade. As imagens produzidas nas várias TV internacionais e nas sociedades democráticas e liberais europeias e, em parte, na América, tendencialmente apontam o sionismo israelita e o seu chefe Natanyahu como o principal factor anti-semita que está em crescendo no mundo  actual. Bomba que certamente vai explodir, em data futura e incerta. E nada é eterno. Que o digam os outrora poderosos impérios, de que hoje já poucos falam.

O Secretário Geral da ONU (Guterres), realmente humanista, pôs o dedo na ferida, apontando para a criação do estado da Palestina. Mas como se vê, mesmo  a sua acção na esfera destes acontecimentos e num palco previligiado da ONU é muito limitada perante os verdadeiros poderes no mundo (os que possuem o direito de veto) . Mas é o governo de Israel que pede a demissão de Guterres ? Arroga-se o direito de não cumprir as incontáveis resoluções condenatórias da ONU sobre os territórios ocupados da Palestina e  pedir a cabeça do seu eleito  Secretário Geral ? Que a voz de Guterres se faça ouvir, em termos humanitários. Prolongar tréguas humanitárias é mera treta do mais do mesmo, e a única saída digna de verdadeiros homens é o cessar fogo imediato. Processo político bem mais difícil do que o simples carregar de botões, há muito prontos para o disparo mortal e cruel de tanques e aviões.  Bombardeamentos, caos, sofrimento, destruição de todo um povo. Impotência de um ser humano, face à canhoneira e bombas israelitas. Claro que a outra parte Hamas, também causa estragos, dor e sofrimento. A teoria israelita de que quem não apoia o terror das bombas espalhado  por Gaza é sinónimo de apoio a um movimento terrorista Hamas, não colhe e não deve (ou deveria) vergar os verdadeiros homens . Só que há a história que descreve a criação do estado de Israel, os seus métodos e os seus objectivos. 

La Croix (31.11_2023)
 Há certos actos da guerra Hamas-Israel que podem constituir crimes de guerra (29.11_2023 ,La Croix)

Há também  respostas escritas no firmamento, sem recorrer a instâncias bíblicas. Tal como há armas nucleares (nunca assumidas , nem totalmente desmentidas por Israel). Quem é suposto ter-lhe dado acesso? Apenas os cientistas judeus? Pensa-se que Israel possuirá cerca dumas noventa . A faixa de Gaza, onde também há crianças, hospitais e civis inocentes vai ser destruída não ficando pedra sobre pedra, de acordo com o IDF. No holocausto nazi, foram reveladas imagens da crueldade imaginável sobre o povo judeu. As imagens surgidas nas TV sobre Gaza, não destoam de tamanha crueldade. Para os humanistas, a compaixão que recaiu sobre o povo judeu deveria existir para com o povo palestiniano, a começar por Israel. O pequeno burgo de Angueira, tudo leva a crer, acolheu na sua pequena comunidade gente judia, embora com a sinalização na sua porta de entrada (Vêr foto de  A.C.) . Todavia, a história do movimento sionista da criação de Israel fornece a informação.

A visão curta e tendenciosa que só revela a imprevisibilidade do  tareco Traquinas, palavroso,  mostra a ligeireza com que aborda problemas complexos.  A nível interno, reproduz a mesma vacuidade do ser. Pela boca morre o peixe, diz a sabedoria popular. Arrastado agora para a controvérsia das gémeas brasileiras. Processo que acaba em nada e que talvez seja a melhor solução. Portugal sem Governo, com um PR queimado na praça pública. Cenas de horror e calafrios, que o Traquinas fez implodir. O que é que o povo português sabe?

Os doentes do Hospital Santa Maria (Lisboa) e seus familiares vêm, claramente visto, que não há cadeira de rodas suficientes e em boas condições para o transporte para os vários serviços médicos. Contas simples (divisão): 4 milhões de euros , numa base de 400 €/cadeira rodas, dá o resultado: 4000000/400=10000 cadeira_rodas.

Na reportagem da RTP 3 (04.12.2023), doentes do Hospital de São José (Lisboa) aguardavam em situação dramática. Apontavam falta de camas para doentes e, em espera, um mínimo de conforto em cadeirões.

Se se torçe a verdade objectiva e isto é posto em causa, então já nada resta de espírito saudável, psíquico e mental.

 As traquinices do cujo, cá no burgo, conduziram a uma nova guerra do Manjerico e da Manjerona. Um governo desfeito, com a introdução da imprevisibilidade do que aí vem.  Tudo desnecessário, houvesse raciocínio ponderado e justo. Nem o oráculo de Delfos consegue  descortinar o futuro!

 O português comum, ingénuo por natureza, tradição e cultura, já não sabe em quem acreditar. Nas perversas TV? Nos pseudo jornalistas? Nos comentadeiros e comentadeiras que se passeiam como vedetas pelas TV ? Nos partidos políticos do antigo circulo  dominante do poder  (PS, PSD, CDS)? No Chega, xenófobo e fascistoide, cujo chefe foi apadrinhado pelo imbecil P. Coelho, com licenciatura aos 36 anos e hoje promovido a Cat. Convidado, sem graus académicos (V. p. ex. Wikipédia)? As gémeas brasileiras, com respeito profundo pela dor dos pais e as crianças, constituem um pasto onde muitos se alimentam. Porém, é o adjectivo "brasileiras" que move certos energúmenos do Chega. 

Ou no deputado P. Rangel, defensor do dito, empurrando as culpas para a decisão do Governo, por aplicação do medicamento às gémeas brasileiras ? Este frequentador das excelentes cervejarias de Bruxelas, quer unicamente salvaguardar o eleiçoeiro PSD nas próximas eleições e ter acesso ao pote do PRR e coisas do Orçamentos de Estado? Claro que P. Rangel pode ser escutado nas visitas à célebre cervejaria Mort Subite, lá por Bruxelas. Curioso notar que gente bêbada fala verdades ocultas. Voilá! A sua valentia não vale mais do que um desabafo. Vai apanhar pulgas lá por Trás-os-Montes, Beiras ou piolhos pelo Alentejo. Tanto monta.

O partido socialista PS deixa como legado, o propalado dito: contas certas. Mas à custa de quê? Do descuido de financiamento dos serviços fundamentais apontados na Constituição Portuguesa : Saúde, Ensino, habitação e emprego. Discuido? Não. 

Menosprezando os seus defensores médicos (maioria), professores, infraestruturas do SNS e atingindo com taxas, taxinhas tudo o que mexe na economia e sobre o simples cidadão. Com escândalos de gente mal escolhida e outros ilibados pelo poderoso poder do MP.

 A direita proclama agora estes slogans com fervor partidário e a que qualquer cidadão consciente reconhece um certo fundamento. Mas o encanto da cobra escolhe o verde passarinho como alvo privilegiado das suas ciladas. 

O SNS, com todas as suas deficiências e com todas as fraquezas ainda vai protegendo o cidadão que labuta diariamente para seu sustento e da família. Se for no encanto da cobra, o acesso aos hospitais privados  só será para alguns, de carteira recheada. Os outros morrerão às suas portas, sem apelo nem agravo.

Operações de relativa facilidade são executadas no sector privado, com eficácia e em tempo curto (Oftalmologia, por ex.). Não requerem, por norma, hospitalização complementar. Todavia, quando há operações mais complexas, atiram de imediato o doente para fora da sua rede (pós-operatório) e se complicações houver atiram-no para o SNS. Em linguagem corrente do nordeste, mamões de lucro fácil. Cabe a cada um decidir.

Com saber e experiência dolorosa feita, o SNS continua a tratar o cidadão com carinho (reconhecidas embora, certas limitações de infraestruturas e equipamentos). Pessoal, na sua quase totalidade, cinco estrelas.

 Onde se poderá rever o cidadão comum ? Nas siglas BE, IL, PCP, CDS, Livre? Com tantos anos de democracia, o cidadão comum já deveria saber distinguir estas várias variantes políticas [Registe-se que o Brasil me merece todo o respeito, bem como todos os brasileiros honestos que hoje trabalham em Portugal. Em termos curtos, o Brasil acolheu muita gente portuguesa, em tempos variados de penúria e a gentinha agressiva e xenófoba do Chega deveria saber respeitar. E, de uma vez por todas, saber ler nas entrelinhas, abandonar, de vez, o seu estado de letargia cívica e de eterno ingénuo.

A democracia mínima permite escolher os partidos da sua eleição e o campo de batalha dos princípios, valores, ética e moral, que os vários partidos se propõem implementar. Assim o resultado da convocação das eleições está para se ver. Fragmentação da sociedade portuguesa, por certo. Dentro do partido socialista PS, idem, idem "aspas, aspas". Incógnita total nos resultados. Eis um exemplo do figurante A. Ventura. e do cortejo dos seus amigos [Ver: Aujourd´ hui.02.12.2023] , « Des liens avec la mouvance néonazie ». Le Pen associada a financiamentos de Putin. São palhaços do genéro que ameaçam o mundo, até nos países mais insuspeitos. O mundo está muito perigoso!


Muita gente depositava uma certa confiança na actual Presidência da República. No seu primeiro mandato assistiu-se claramente ao degelo das ligações do imbecil P. Coelho com a tralha ressabiada dos cavaquistas. Que em tempos próximos ressuscitou do mundo das múmias (Público, 04.12.2023) com o artigo sobre "Contas certas" do PS. É já pura perda de tempo, assistir à sua corrida para a sala do além. 

Para muitos , a impredictabidade do dito era previsível e esperada.  Agora, o povo português tem que aguentar as consequências dos seus actos irreflectidos e traquinas. E não se diga que Hitler não  atingiu o poder pela via das eleições. Nem lhe faltaram aplausos da população alemã. O povo alemão, só conheceu a sua verdadeira face com a queda do bunker do poderoso Reich, com duração anunciada de mil anos. Saúde e boas festas antecipadas, mas com pestana aberta. Frieza em tempos duros, mérito que se reconhece aos actuais dirigentes alemães, que apesar da crueza dos acontecimentos da WW2 e do seu day after conseguiram superar, também com sacrifício, suor e lágrimas.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Encriptação à portuguesa! O menino TRAQUINAS

 

O Menino Traquinas

Divirta-se com humor, em tempos de IA (inteligência artificial)

Os tempos vão difíceis e os problemas, caseiros e mundiais, são de enorme complexidade e gravidade extrema. Torna-se necessário enfrentá-los com serenidade e também com algum humor, saltitando do real para o imaginário e vice-versa. O Menino Traquinas, que em linguagem onomástica é simplesmente PR, e em mirandês pode ser entendido como menino guicho, espevitado, ladino, refilão e palavroso.  Para aguçar o sentido de humor, pode completar-se com a guerra do Raul Solnado de 1908 clicando no sítio :

RAul.Solnado

Verdades ditas com humor e vocabulário simples e compreensível, por oposição à guerra fictícia do manjerico e manjerona, num campo complexo. Leia-se PR versus PM. De acordo com o texto anterior de (C.E.), o actor Traquinas, foi por oposição a um ex-PM e também PR definido, por outros, nestes termos : "O homem é assim, o salazarista inculto e primário (Cavaco) que o marcelista culto, empático e igualmente perverso (Marcelo) está a substituir com mais sucesso. Mas que sucesso?

Em programa humorístico do Herman José, o Paulo Portas do Independente, posterior fotocopiador dedicado de submarinos e lautas refeições com o DonoDistoTudo (DDT), descreveu o actual PR em termos de tesourinho deprimente e ementa de vichyssoise. Para prosseguir a narrativa, Paulo Portas, injecta uma mentira de permeio, como se constitucionalistas se passeassem pela rua, com frequência desmedida (Clique no link abaixo)

[https://desporto.sapo.pt/video/KOmNSUWdC3u5JFLTNACf].

Nesse vídeo, em contexto humorístico do também actor Portas, toma-se o personagem como um manipulador da opinião pública, que distribui dicas pelos jornais e se diverte com a criação de factos políticos. Como comentador faz sermão dominical, durante período prolongado, prepara a presidência e vai cortejando o DDT lá pelos Brasis. Menino mimalho, lá pelo circulo de um outro Prof. Marcelo, o seu ego não tem limites, por oposição à disciplina severa aplicada lá pelas serranias transmontanas, onde as crianças da sua idade não gozavam de semelhantes veleidades. E cumpriam serviço militar, arriscavam a vida, coisa horrível que, ao que parece, o Comandante Supremo não fez. Cresceu como menino traquinas e assim foi continuando pela vida. Cavalgou ondas harmónicas, até ser confrontado com a dura realidade: os portugueses não vivem de fantasias quixotescas ou de encenações maquiavélicas. Inquietam-se com as contas diárias do pão, batata e  cebola. As selfies nada mais são que manifestações de um suposto ídolo adorado, uma divindade com traços humanos. Nos meios académicos, a ligeireza do ser é conhecida. Com selfies se vai anestesiando a vida atribulada de muitos portugueses, em tempos económicos duros. Típica verborreia, apanágio de treta de advogado. 

Nos últimos tempos, lá pelo Canadá, pronunciou-se sobre as belas formas de um ser humano. A imprensa portuguesa, submissa e acéfala, ignorou.

Uma vez confrontado com a governação do reino, tropeça em cada pedra do caminho e move peões de brega no tabuleiro de xadrez. Desta vez foi notícia- via pagamento de uma noite em Hotel de uma vítima da malignidade do Costa, não pagando aos professores o que deve! Viagens de avião, incontáveis, não entram na contabilidade! Aprender a rastejar, em trincheiras longínquas da Ucrânia, não respeita a marcha forçada nas trincheiras da Grande Guerra dos soldados portugueses. 

Foi assim com a candidatura à CML, em tempos de Jorge Sampaio. Ameaça, agora, em tempos de Costa, com pretensos direitos constitucionais que não lhe pertencem. Demitiu ministros, até se chegar ao basta do Costa. Convoca um Conselho de Estado (direito legítimo) para discutir o sexo dos anjos. Com a velha estátua protectora da tribo cor laranja, que o DCIAP indica como liderada  por Oliveira e Costa, e amigos, através do BPN e Banco Insular e também do neófito conselheiro Marques Mentes, de nomeação política marcelista. 

Este também com direito a pregação semanal na TV do laranjal. Marques Mentes dignificou a sua áurea de comentador da intriga e das bocas, sem contraditório. Pretende atingir os incautos, atirando ao alvo Costa e PR da Assembleia da República. Subliminarmente, pergunta se  andaram distraídos com Sócrates?!  Pactuantes com a corrupção ?! nebulosas!

A monstruosa argumentação sobre o caso Rui Rio, levada a cabo no púlpito da SIC notícias de 15/07/2023 não deixa margem para dúvidas.

 Da tirada alegórica de Rui Rio sobre os recentes acontecimentos: "o poder político deve tomar medidas para controlar as acções desproporcionadas do Ministério Público, para se evitar o chega!" Foi pela sua mão que o chega se passeia pelo poder nos Açores. Acção desproporcionada, talvez. Explicação é devida, é. Todavia vem  à mente uma outra operação do Ministério Público. Não quero saber se Sócrates, ex-PM, é ou não culpado de corrupção. Alguém terá uma palavra final sobre o assunto. 

Como cidadão comum, pergunto. Havia necessidade de sujeitar um ex-PM a tal vexame, à entrada do aeroporto? O cidadão, ex-PM, ia a entrar ou sair do país? Não teria havido a possibilidade de prender o cidadão, ex- PM, à entrada da sua residência? Claro que havia. Que fizeram os actuais queixosos PSD sobre o caso Rui Rio? A resposta fala por si. Só pode concluir-se pela pintura de Picasso, forma multifacetada dos personagens: Aldrabões, cínicos, pérfidos, malvados e viperinos. Tempos de pantanal. 

Que dizer das TV, previamente alertadas? Que dizer dos escondidos atiradores ao alvo, responsáveis pela destruição de vidas que nunca mais serão as mesmas para os atingidos, sem julgamento, mas com condenação vil, antecipada pelas TV do lucro, da vingança, da perfídia, da falta de pudor e de vergonha. Locais por onde se passeiam alguns comentadores mentirosos, que destilam ódio avulso sobre todos os assuntos. Pagos principescamente para tal.

 Mas em que se baseia M. Mentes para tratar Sócrates como um “monstro”? Sendo um retinto e profissional caluniador, nada demonstra nem justifica. Limita-se à proclamação do ultraje, chafurda no rancor. Ora, talvez faça sentido sacar da máquina de calcular para umas continhas, de forma a podermos avaliar melhor o afã com que se agarra a Sócrates. Por exemplo, imaginemos que a tese maximalista do Ministério Público a respeito dos 23 milhões de euros na posse de Carlos Santos Silva é verdadeira, correspondendo esse valor ao total arrecadado por Sócrates num qualquer acto, ou actos, de corrupção ainda por identificar. Tal vai então comparar com os 9,7 mil milhões de euros que o DCIAP indica como sendo o valor envolvido no esquema de Oliveira e Costa, e amigos, através do BPN e Banco Insular. Ou seja, mesmo que a hipótese do Ministério Público fosse provada (o que já sabemos que não o foi nem irá ser), o suposto dinheiro obtido ilegalmente por Sócrates corresponderia a 0.237113% do valor efectivamente sacado pelos craques do laranjal.

Mas há mais, e melhor. O esquema montado por Oliveira e Costa envolve o Cavaquistão até ao topo. Cavaco Silva e família lucraram com os crimes. Dias Loureiro, figura grada do PSD de Cavaco e da Sociedade Lusa de Negócios, era também conselheiro de Estado por escolha directa de Cavaco Silva. Tanto Cavaco como Dias Loureiro não são alvo de suspeitas, nem foram vítimas de crimes de violação do segredo de justiça, nem de perseguição pela comunicação social, sequer de referência na luta partidária. Idem para Marques Mentes. Porém, contudo, todavia, o cheiro a cumplicidade moral e protecção política é nauseabundo.

Quando Marques Mendes acusa António Costa e Augusto Santos Silva de nada “terem visto” a respeito de Sócrates, dessa forma atingindo-os na calúnia mais pusilânime, omite que nada viram porque, 9 anos depois da detenção no aeroporto preparada para ser uma execução pública instantânea, todas as suspeitas permanecem sem prova. Não foram só eles que não viram, toda a gente continua sem ver onde ocorreu a tal “corrupção”. Já a respeito do papel de Cavaco Silva, Dias Loureiro e Marques Mendes no lançamento e amparo de Oliveira e Costa, mais umas dezenas de figuras gradas do laranjal, como o maior criminoso da história de Portugal em volume de dinheiro desviado, sobre isso está tudo à vista.

Assim, das profundezas do buraco escuro, o amargurado e geóide cristalizado, coloca nas TV e nos midia o facto relevante (segundo eles) duma conferência-urbi et orbi- e da publicação dum livro, Cavaco Silva- O Primeiro Ministro e a Arte de Governar], guia espiritual e de estratégia económica para o desenvolvimento  do país. Acompanhado de figuras gradas e venerandas deste país, com apresentação do texto pelo visionário Durão Barroso, ex-maoísta, agora lambe-botas do capital internacional e apoiante mentiroso da invasão do Iraque. A montanha pariu um rato. Assim descreve o acontecimento, um escritor do reino, não tido exactamente como comunista confesso [ Ver: Sousa Tavares em Expresso ou podcast : O manual " de instruções "banal" e "ridículo" de Cavaco, ... ]. Assim vai a tribo PSD: PR criticado pela sua tribo e, claro, ausente da cerimónia tribal, Passos Coelho-ausente em parte incerta, e os oportunistas da tribo, a preencher as cadeiras restantes.


Mas onde entra a intervenção do menino Traquinas? Jogador de casino, pensava que as traquinices, já conhecidas de muitos, poderia ajudar a sua tribo de origem. Mete-se em assuntos que não são do seu domínio constitucional. Interfere em assuntos e actos de natureza governativa. Demite ministra em directo. Até que chegou a palavra certeira, basta! O problema Chega, ficou nas suas mãos e é assunto que queima na tribo PSD. Não quis perceber que as primas donas que lideram o seu partido actual não valem, em linguajar fronteiriço, uma perra furada. Não há melhor foto instantânea do líder Montenegro do que é dada pelo próprio sobre o Orçamento de Estado de 2024 (OE24), com ensinamento colhido no citado livro" fonte de inspiração, segundo o próprio".

Eis a classificação do OE24 de Montenegro. Orçamento "pipi, bem vestidinho, muito apresentadinho e muito betinho". Não resisto a apresentar o pipi do Maneeken Pis(Bruxelas), nú, mas apresentadinho e muito betinho.


 E já agora, o betinho Moedas, lançou para a fogueira a comemoração da data de 25 de Novembro. Assunto morto e encerrado, há anos. À laia de gozo, o cidadão português que se cuide, enquanto ainda é possível !

E para finalizar, não encontro melhores palavras para perguntar ? Quo vadis PR ? Quo vadis Portugal ? A parelha PR-AC não tem nada mais em que pensar que numa guerra do manjerico e manjerona?

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A guerra Israel-Palestina é real. A impotência que qualquer ser, provido de bom senso e humanidade, é manifesta. Nesta guerra, não há lado bom e lado mau. Há actos terroristas e opressivos de ambas as partes. Os poderosos do mundo e ainda não desprovidos de alguma humanidade não podem senão condenar com veemência todos os actos de barbárie, de ambas as partes, impor um freio ao ímpeto extremista de Israel salvando o povo palestiniano da faixa de Gaza e libertação de todos os reféns. Com o objectivo último da resolução do problema da Palestina, pátria prometida.  Todas as guerras são estúpidas e a guerra surge camuflada de camaleão. As TV reflectem quase sempre a faceta do imperialismo dominante e, por norma não são fontes fiáveis de informação. A crítica é fundamental (incluidos os links abaixo)

Israel-Palestina

HistoriaI-P

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As armas não são propriamente trechos de poesia, mas sim instrumentos mortíferos, ainda que apresentadas de modo suave!

Hino marinha brasileira

(235) Canção Cisne Branco (2017) - YouTube





segunda-feira, 22 de maio de 2023

O menino TONECAS e Prof. ANIBAL

 


O menino TONECAS e o Professor ANIBAL

Vemos, ouvimos e lemos ... 


Da imprensa ! Factos! Veja s.f.f. na mensagem abaixo a foto do Trio Invertido |

Cavaco Silva – Uma assombração

(Carlos Esperança, in Facebook, 21/05/2023)

  E [Estátua de Sal ]

 

 

Ontem, para fazer esquecer a melhoria da perspetiva da notação da dívida soberana pela agência americana Moody’s, surgida na véspera



(ver aqui), apareceu a liderar a oposição de direita o rancoroso Professor Aníbal.

Substituiu Marcelo, convicto de que, à semelhança das águas residuais, que podem ser recicladas, os ativos tóxicos podem ser branqueados.

Aníbal Cavaco Silva, catedrático de Literatura pela Universidade de Goa, Grande Colar da Ordem da Liberdade por desvario de Marcelo, não se livrará do passado onde teve a sorte de as intrigas de Marcelo e as assinaturas falsas o fazerem, na Figueira da Foz, presidente do PSD contra o democrata João Salgueiro.

Marcelo, Júdice e Santana Lopes fizeram-no PM; Marcelo, Durão Barroso e Ricardo Salgado, ingratamente abandonado, prepararam na vivenda do último a sua candidatura vitoriosa a PR.

Mas não se julgue que o político videirinho foi apenas um salazarista beneficiado com a democracia, a que pretendeu abolir, conluiado com Passos Coelho, os feriados identitários do País, 5 de Outubro e 1.º de Dezembro.

Com o reiterado absentismo na Universidade Nova, para dar aulas na Católica, obrigou o reitor, Alfredo de Sousa, que o fizera catedrático, a levantar-lhe o processo disciplinar que o despediria por faltas injustificadas. Teve a sorte de ter como ministro da Educação João de Deus Pinheiro que lhe relevou as faltas e receberia em recompensa o Min. dos Negócios Estrangeiros.

O ressentido salazarista não foi apenas venal na docência, “mísero professor” no léxico cavaquista, foi igualmente no negócio das ações da SLN, para ele e filha, e no suspeito negócio da Vivenda Gaivota Azul, na Praia da Coelha.

Apesar de exigir que se nasça duas vezes para alguém ser tão sério como ele, há boas razões para pensar que sobra uma. Os seus negócios foram tão nebulosos como as razões do preenchimento da ficha na Pide, com erros de ortografia.

Ontem, o Professor Aníbal veio bolçar o ódio que o devora, depois de ter sido obrigado a dar posse ao primeiro Governo de António Costa, de ter então esbracejado e denunciado à União Europeia o perigo de um PM apoiado pelo PCP e BE. Exigiu que António Costa pedisse a demissão, apareceu nas televisões, rádios e cassetes piratas, e regressou aos sais de fruto enquanto a oposição de direita continuará a ser liderada por Marcelo.

O homem é assim, o salazarista inculto e primário que o marcelista culto, empático e igualmente perverso está a substituir com mais êxito.


quinta-feira, 4 de maio de 2023

Dias de Liberdade e de combate

25 Aprile 1945 ( Itália) 👫 25 Abril 1974 (Portugal)

A história, por coincidência, regista para a mesma data do calendário dois acontecimentos relevantes para os povos italiano e português. Embora diferenciados no tempo, ambos são concordantes no objectivo da conquista da liberdade. A Itália, subjugada pelo fascismo de Mussolini e ocupada militarmente pelos nazis alemães, rebelou-se contra esta situação e adoptou esta data de 25 de Abril como sendo o momento da proclamação da insurrecção geral lançado pelo comité "Comitato da Liberazione Nazionale Alta Italia (CLNAI)", a partir de Milão. Foi um movimento que congregou esforços de grupos de resistência. As formações principais da resistência (partisans, partigiani, controlados pela CLNA) foram: as Brigadas Garibaldi Comunistas, as Brigadas da Acção Partidária Justiça e Liberdade e as Brigadas Socialistas "Mateotti". Vários grupos mais pequenos, varrendo transversalmente correntes de pensamento diferenciadas como católicos, anarquistas, republicanos e monárquicos, entre outros partilhavam da mesma insatisfação, embora não fizessem parte da estrutura CLN.


Embora o exacto número de partisans ainda seja objecto de debate académico, aponta-se o número
 de 200 000 como plausível.

A RAI põe à disposição dos leitores uma revisão histórica dos acontecimentos. Há várias leituras actuais, revelando os reflexos nas forças vencedoras ou perdedoras.Como sempre acontece quando ocorrem factos históricos relevantes, ficam sempre feridas por sanar. Clique aqui [25 aprile: il giorno della Liberazione (raicultura.it)].  Mais tarde, o símbolo da liberdade, também conhecida históricamente como Resistência,  ficou registado na célebre canção: "Bella ciao", melodia lírica de origem nebulosa, não isenta  de  certo aproveitamento político. 


Partisans (com inclusão de Mulheres partisans) patrulhando Milão (1945)

Segundo algumas correntes de opinião, a actual PM de Itália (Meloni) e o partido que lidera, é suspeita de simpatia pelos resquícios do fascismo deixados por estes acontecimentos.  Dada a enorme complexidade deste período histórico italiano, uma análise aprofundada, necessáriamente mais rigorosa do que esta simples evocação desta data, requer um estudo aprofundado do tema. O 25 Aprile 1945 (Itália), tem um significado profundo em Itália: queda do fascismo (Mussolini), expulsão da ocupação alemã da Itália, queda da Monarquia, nova constituição. Os seus efeitos ainda hoje se fazem sentir, e a evolução dos acontecimentos posteriores permite traçar um esboço da Itália actual, com base nos reflexos destes eventos.

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O 25 de Abril de 1974

Comparando estas duas datas, no que ao povo português concerne, a conquista da liberdade  foi alcançada  através  do movimento militar MFA, com forte adesão popular. A guerra colonial flagelava o povo português atingindo os seus jovens e a economia do país. O governo salazarista, com raízes matriciais no registo italiano de Mussolini, asfixiava a liberdade de todo um povo. A história e a evolução dos acontecimentos posteriores é de todos conhecida. Uns, a maioria, aplaudindo a data, outros, em minoria, repudiando-a. A causa remota da situação, aponta para a presença militar portuguesa na Grande Guerra (1914-1918) com a finalidade de garantir as colónias, com base no direito histórico, das Descobertas. O regime salazarista não envolveu, directamente, o povo português na Segunda Guerra Mundial-WW2, mas não soube olhar para o futuro, isolando-se no orgulhosamente sós e ignorando os novos ventos da descolonização. O ódio ao 25 de Abril de 1974, provindo das muitas vítimas da descolonização, resulta grandemente, creio, da política salazarista, cega e absurda, que não soube ler os novos ventos de mudança, após a Segunda Guerra Mundial.

Os resquícios e fragmentos da divisão da sociedade portuguesa são ainda hoje visíveis e transversais. A liberdade conquistada tem obviamente o seu preço. No solo exclusivamente português (Portugal) - a liberdade foi oferecida pela Revolução dos Cravos, embora com períodos de flutuações políticas de risco. Numa escala de horrores humanos, o preço da liberdade em Portugal é ínfima (embora haja vitimas como sempre existem nas revoluções) quando comparada à conquistada pela Itália de 1943-45. Neste período italiano, confluíam a convulsão fascista, a ocupação militar nazista alemã, os dramas materiais da sociedade devido à guerra, a opressão fascista sobre populações pacificas que repudiavam simplesmente a guerra. O caldeirão vulcânico de todos estes factores em Itália torna o 25 Aprile 1945 incomensionalmente maior que a própria realidade portuguesa de 1974. 


Abril 1974 (Largo Carmo, Lisboa)


Todavia, os factores relevantes destes regimes fascio-nazistas estão presentes em todos os regimes desta índole (colónias, guerra, opressão cívica, falta de liberdade). Entre estas datas de celebração, medeia uma distância temporal de 29 anos.  A data italiana cumpriu 75 anos de percurso, a portuguesa atingiu uns 49 anos, apenas.

Água vs Moscas e Moscardos




Trio da vida airada, em tempos de risada, seráfica e palermóide

O cidadão português comum, na sua maioria com pensamento divergente das classes políticas, assistiu e assiste, amorfo a eventos decisivos que, sem o saber, lhe complicam a vida real. As classes políticas portuguesas são o que são e valem o que valem. Falta, manifestamente, sentido crítico à sociedade civil que ainda não interiorizou que a luta política se traduz na ida ao pote das finanças públicas. O trio da direita e o inesquecível Relvas da aldrabice, determinou a junção de freguesias, com o argumento de diminuição da despesa pública (falsidade evidente). Vende-se a escola de Angueira, sem conhecimento da população, com o argumento manhoso de publicação no local de costume. Os Sérgios desta vida são louvados pela genialidade e descoberta destes bens culturais, com o argumento de grande despesa de manutenção (vidros, etc.). Na penumbra, organizam festanças e projectam edifícios faraónicos, com ar condicionado para gáudio de moscas e moscardos. 

A genialidade de alguns (com fanfarronice de acesso a projectos europeus) leva os crentes à votação popular. A ida ao pote público só contempla os mesmos. Triste sina. E, voilà, as populações passam sede em tempos quentes de verão e as correntes do Angueira deslizam, apressadas, em direção ao mar. Para a mentira valer, é necessário a mentira continuada.

Não consegue, ainda, o cidadão comum descodificar: o populismo, as meias palavras, as inverdades, os desvios, os figurões da política, os comentadores(as), os interesses mediáticos e económicos, os pobres e tristes desempregados partidários que seguem como cães de fila, os seus iluminados políticos. E a sociedade tem tudo à mão desde as TV grotescas até às TV, manipuladoras da opinião pública e das imbecilidades permanentes.

Após 49 anos de percurso, qual a foto instantânea do panorama político do país? Que conquistas, que desenvolvimentos, que valores perenes? Que artistas políticos nos governam? Que partidos, que ideologias, que governação, que governança? Que futuro? Que dirá a gente citadina da fotografia acima? O que pensará o mundo rural dos agentes políticos ao longo deste percurso de 49 anos? Quantos no meio daquela juventude, ansiosa de liberdade, paz e justiça social, se venderam às ideias peregrinas duma exploração humana desbragada e enganosa? É precisamente a descodificação das mensagens enganosas, de todos ou quase todos os partidos políticos que hoje está em causa. No caso italiano do 25 Aprile, várias correntes de opinião e de ideologias, permitiram conjugar esforços para a conquista da liberdade, pelo derrube do fascismo de Mussolini. Mas que liberdade se alvejava? Há princípios genéricos que permitem essa descodificação ou, pelos menos, a sua compreensão, sob pena de, individualmente, se entrar em paranoia e desespero. Já não é coisa pouca, procurar deixar um mundo melhor do que foi herdado. A ética e moral, em política actual, vagueiam erraticamente pelo mundo da fantasia e, de quando em vez, desperta a consciência humana.  A consciência individual é um mundo estranho e complexo, não acessível à sociedade.

É triste sina do povo português apenas ter tido, em toda a sua história, um punhado de homens à altura do seu povo. Nomeadamente, o seu fundador Afonso Henriques, D. Dinis, o Infante D. Henrique das Descobertas, Dom João II e poucos mais. Todos eles definiram objectivos precisos e conseguiram materializá-los. Também com consequências boas e más, como faz parte de toda a actividade humana. Não há verdades absolutas, nem mundos separados do bem e do mal. As sociedades movem-se nos variados tons de cinzento. 

Nestes tempos duros (crise deste Abril 2023), o choque das personalidades governamental e presidencial estalou. Ironicamente, nada de mais divertido para o cidadão comum que assistir ao espectáculo picante e teatral e à adivinhação dos comentadores TV. Galos de crista na arena política, mas amigos em capoeira fechada, com gladiadores nas arenas das TV. Melhor só visto, nas velhas cavaqueiras de comadrice maldizente, em terras perdidas num mundo rural.  Ao Marcelo sobram os tempos de menino traquinas, que aos meus colegas de escola se aplicava no acto a devida correção. Usa e abusa dos meios de comunicação. Hoje ao que parece vai falar ao povo. E falou!  Com voz de trovão, ralhete público, aniquilamento de um Ministro (Galambas). E, em tom de mestre, definiu os critérios da sua avaliação do Governo. Ameaçador de penalizações futuras, vigilância férrea, e critérios de respeitabilidade, credibilidade, ... .Ou seja, aguarde-se pelo futuro ... e pelos próximos rounds! Espectáculo de horror...

Os comentadores alinham agora pelo diapasão, desafinado, e soando a falso do PR. Os portugueses fiquem tranquilos: os comentadores que ameaçavam com bomba atómica e até bomba de neutrões já não falam mais em ameaças para os tempos próximos. O registo do PR é mesmo este. Ameaça, reiteradamente, o Governo! O PM reagiu e, quem conhece o estilo do PR, quando chega a hora da verdade, recua nos seus propósitos bombistas, segundo os comentadores. Todo este quadro, por causa da língua - picareta picante, martelando em contínuo. Ou seja o PR foi criando um problema! Que ganhou o povo português nada ! Como ao PR se lhe reconhece inteligência de sobra, nunca faria com que o seu nome ficasse ligado a um Governo onde o CHEGA lá estivesse! E claro sabia e sabe de antemão que o Montenegro não dá garantias. Fez espalhafato verbal, para tudo ficar na mesma.

 O comportamento leviano e quixotesco, revelado em alguns momentos, desde as incontáveis selfies à manifestação aos média, em escala desmedida. Eis um exemplo fresco: Ontem foi jantar ao exterior, com privilégio de cozinheira privativa à ordem, disponível a qualquer hora do dia!

Já pouco importa, a concordância ou não entre PM e PR, o mal está feito. O povo português, se não houver juízo e bom senso por parte de ambos, vai pagar caro semelhantes parvoíces. O PR perdeu credibilidade e o povo português sabe que ,se houver bom senso a única saída airosa para o PM é, substituir em tempo oportuno o seu ministro Galambas e proceder a uma restruturação mais ou menos profunda, em tempo oportuno, que governe com eficácia e com sentido social profundo, com satisfações equilibradas e justas de sectores do estado e seus trabalhadores. Quanto às TV , e ao seu conjunto de pretensos experts, tem o povo português um bom exercício pela frente- separar o trigo do joio.

Com linguagem refinada, onde os advogados do compadrio substituem a velha terminologia de roubo, por desvio, das mentiras declaradas, por inverdades. Onde assistentes de bancada se distribuem pelos jornais obervador(es), pelos blogues blasflémios e seus animadores. Onde ídolos se criam e destruem, mutuamente, desde os Coelhos de Passos, onde os escribas pagos à linha defendem a sua dama e os Montenegr(i)nos se procuram afirmar como os lídimos representantes do povo português, pela negação e pelo azedume. Nem um simples vislumbre do que pretendem fazer. Pensamento e acção nem vê-los. Púcaros de barro, cheios do nada. Povoados de jovens turcos das várias juventudes PSD e do PS em variantes Galambas, deste mundo blogueiro de aventare(es) e quejandos. Acrescenta-se aqui, uma célebre interrogação da Primeira Guerra Mundial "

Were British WW1 soldiers really lions led by donkeys?

Foram os soldados ingleses da Grande Guerra (WW1) realmente leões comandados por burros?

Então, o duelo presidencial vs governamental (Marcelo vs Costa) teve o seu desfecho, que se irá prolongar até ao próximo combate. O primeiro round, não foi adivinhado pelas TV, jornais e seus peritos (expert, politológos ..., ) onde a narrativa impera e as ciências exactas escasseiam). 

Costa, habituado, a estas lides políticas, desenvolveu uma nova chicuelina (figurado), conduzindo o PR  ao terreno que, por ora, mais lhe convém. O IL chama-lhe "encenação". Contra tudo e contra todos (Vêr a sua justificação), não aceitou simplesmente a carta de demissão do Dr. J. Galamba. Bastou-lhe invocar a sua prerrogativa de P.M. O PR, já longe do ambiente dos afectos, foi vítima dele próprio e do canto de embalar do PSD e do Chega para eleições antecipadas, com ameaças veladas ao PS. Como era de prever, os seus comentários iriam desembocar em duelo. As traquinices de Marcelo, mais dia menos dia, iriam ter consequências.

Como exercício imaginário, o cidadão faça deslizar a sua já dramática vida pela correnteza de ideias  do CHEGA ou aparentado IL. Ou do Montenegro, que sofre dum defeito grave: não consegue pronunciar a palavra CHEGA. Baloiça ao sabor dum amor de perdição. O artista-môr do CHEGA descoberto pelo riso amargo do P. Coelho. Compagnons de route, talvez.

Pelo facto do PR ser um indíviduo inteligente, o seu fascínio pelo comentário levou-o à insensatez, e como toda a gente consegue descortinar o Montenegro e os seus acólitos formaram a 3ª linha de combate do P. Coelho, em tempos duros e de sofrimento para o povo português e não representam ninguém esclarecida. E muito menos, enchem a medida de convicção do PR. [Um certo respeito merece Passos C. por ter representado o governo português em tempos de humilhação, mas nada mais além]. Voltaram agora, como fotocópias infiéis em triangulo limitado.

A situação política actual é de cheiro a pantanal. Com serpentes, aptas a bicar com veneno letal. Claro que a trapalhada da TAP e as mentiras (inverdades) que impregnam todo o processo desde o seu início com P. Coelho e os seus boys até esta fase opaca e degradante do PS constitui o ponto alfa da triste situação política actual. Por erros do PS, deixou-se enrolar num pantanal. Onde cada pergunta dá origem a novas perguntas. A uma inverdade se sucede outra inverdade, num processo sem fim. Que, invariavelmente, conduzirá a mais sofrimento do povo português. Venda da TAP ao desbarato, penalização dos portugueses com mais dinheiros metidos na TAP e, por último, rezem os portugueses aos deuses para não despertar a subida das taxas nos mercados internacionais dos empréstimos, por ora adormecidas.

Os pormenores dos casos e casinhos (que existem em demasia e são reais) e de que o partido socialista e sua maioria PS são responsáveis só revela a absoluta necessidade de controlo das maiorias.

 O mesmo se aplica ao burgo de Vimioso, onde o regime asfixiante do PSD se propaga como erva daninha, sem controlo nem responsabilização. A mentira do Relvas e dos seus acólitos locais, baseados na economia da junção de freguesias é, para quem quiser vêr a ética e a moral do PSD local. O importante para os vampiros é o acesso ao pote. Razão da canção do Z. Afonso [ https://www.youtube.com/watch?v=ZUEeBhhuUos ].

Angueira é devida a importância de 346819.26 euros correspondente à obra faraónica, implantada em Caçarelhos, com o beneplácito de presidentes e lacaios locais, para gáudio de toureiros e muitos toureados. Felizes os que jogam no Euromilhões e são premiados! E com festança dos espanhóis raianos com dinheiros de todas as clubites locais (cartaz).

A infinidade de questões envolvidas não se compraz com uma abordagem simples de tão extensos, numerosos e complexos temas envolvidos. Todavia,  para atenuar um pouco o estado exaltado de alguns espíritos, o PS está a seguir uma política drástica de redução da dívida portuguesa (situada em 2023 de 114% do PIB), obviamente à custa dos portugueses, com cortes brutais de serviços básicos na Educação, no Serviço Nacional de Saúde e quase todos os sectores da Administração Pública. 

O povo português não se deixe enganar pelos missionários ardentes da teoria do privado e da sua glorificação. Pelos incompetentes  boys que enxameiam os corredores do poder,sem excepção (do autárquico ao governativo). 

Uma conquista digna da revolução de Abril 74 foi materializada na concretização do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a primeira linha de defesa consiste na rejeição das ideias liberais e liberalóides que grassam por muitos partidos, juventudes partidárias e não só. Com o objectivo não declarado da ida ao pote. E então com o montante do PRR á descrição será um fartar vilanagem. O PR aqui tem toda a razão, é necessário vigilância máxima.