terça-feira, 13 de julho de 2021

Covid-19 [13.07.2021]

Após declíneo da pandemia, volta-se à subida acentuada !

A expansão da pandemia COVID-19 continua. Precaução máxima constitui a regra de ouro para evitar a contaminação pelo vírus, que vai assumindo novas formas. Para os mais pragmáticos, repete-se as normas a seguir. Para os que desejarem compreender um pouco melhor toda a problemática, complexa, da pandemia Covid-19, deixa-se aqui a referência ao sítio (em inglês) de onde deriva a maior parte das normas, seguidas por um grande número de países. { Clique aqui}. Este texto não se substituiu às entidades responsáveis pela informação (DGS) e aos peritos nesta área. A tentação dos políticos se pronunciarem sobre domínios da ciência, só vai culminar em desastre. A começar pelo PR. A insolência e arrogância com que manipula a ciência jurídica, tolda-lhe o pensamento sobre a ciência, que obviamente não se esgota na ciência jurídica, onde apenas é chamado pela função que representa. Continue a ser um suporte de estabilidade da sociedade portuguesa, mas não se meta por caminhos ínvios. A ciência jurídica não se coaduna com cifrões e números, como a pandilha da corrupção mostra sobejamente.

Há narcisistas para quem  a ciência nada vale e com voz melíflua tomam todos os portugueses por idiotas. Até o mundo do futebol percebe que há despistes em assuntos leves de futebol, mas convém não aumentar o risco com a demasiada frequência de voos do avião Falcon. As perras desperdiçadas na invasão maciça portuguesa, em modo nacionalismo balofo, teriam melhores aplicações neste jardim, à beira mar plantado. Agora, em modo desperdício, das cidades em fase de transformação  em pista de bicicletas. Esta lateralidade, vale também para a arrogante Inglaterra , em tempos de, final.

No que à COVID-19 respeita, as normas simples e eficazes são as abaixo indicadas:

Independentemente da tomada das duas doses da vacina, a regra de ouro para conter o vírus é simples: PRECAUÇÂO MÁXIMA, seguindo as indicações:

  • Distanciamento social
  • Uso de máscara
  • Evitar contactos desnecessários
  • Lavagem frequente de mãos (sabão, álcool-gel)
  • Resiliência e precaução extrema para evitar contactos com o vírus.
  • Vacinação (sempre que possível), nos níveis etários recomendados pela DGS
  • Siga, apenas, as indicações da DGS , dos virologistas e dos médicos.

 As autoridades sanitárias portuguesas apontam para a variante mais agressiva DELTA /Plus, inicialmente detectada na India. Atingiu rapidamente o  o Reino Unido e a mobilidade humana através de fronteiras abertas fez o resto, através das janelas dohospitalismo social(turismo) e eventos desportivos, sem justificação. Brincadeiras permissivas do Governo Português potenciaram  os actuais surtos. Alastram ou irão alastrar a todo o país, e todos os países europeus esperarão a sua vez. O crescimento rápido das hospitalizações, fazendo regredir o estado da situação  para valores próximos de Fevereiro de 2021, embora com menos mortes. Nem a Pitunisa de Delfos consegue prever a evolução, e em silêncio deve aguardar-se, com a jurisprudência prudencial activada.  Na zona de risco elevado (vermelho carregado),  um ponto branco indica a situação a 09/07/2021. A marca branca vai mergulhando mais e mais na zona do vermelho acentuado.


A transmissibilidade da variante DELTA é, segundo alguns estudos superior à variante ALPHA variando de 50-60%, e é mais letal. Vem colocar novos problemas e novas questões (que os estudos epidemiológicos oriundos da disciplina da Medicina e da indústria vão tentando resolver).

Figura.1



Como o próprio relatório refere (Relatório 15, de 09/07/2021) : " A vigilância das novas variantes de SARS-CoV-2 é feita com base na sequenciação do genoma do vírus SARS-CoV-2. A análise genómica do SARS-CoV-2 é realizada pelo INSA, após os procedimentos laboratoriais de sequenciação, os quais são realizados por um consórcio coordenado pelo INSA e que inclui o Instituto Gulbenkian de Ciência, e as Universidades de Lisboa, Aveiro e Porto."

A variante DELTA é mais transmissível e resistente às vacinas.  Abordagens diferenciadas ao combate ao vírus tem sido adoptado por diferentes países. De notar que os picos da pandemia não atingem os países simultaneamente, há desfasamentos temporais tendo implicações várias na área económica e na actividade normal das populações. O ramo da hospitalidade social (turismo, cafés, restaurantes ...) e da área cultural são fortemente atingidos. Ao Governo, que tem os dados globais para decisões que atingem toda a população, convém legislar e, cada membro do governo cumprir a sua própria legislação.

Assim a Inglaterra coloca Portugal na lista âmbar, e o insensato Johnson se deixa enrolar nas poses atiradiças de Hancock e a sensata Merkel da Alemanha declara Portugal, "zona de progressão da variante DELTA" e coloca Portugal na lista vermelha, atenuando as medidas posteriormente. Os países europeus revertem medidas já tomadas e tomam as suas precauções. As consequências imediatas para a economia portuguesa são óbvias. Os politiqueiros cá do burgo divertem-se com questões de lana caprina. Rui Rio preocupa-se com acidentes de automóvel para ganhos políticos. Outros politiqueiros espalham a sua dose de veneno pelas TV, mais interessadas nas prisões ao seu écran que na informação correcta às pessoas. Foi precisamente a mesquinhez, os interesses rasteiros das negociatas, da corrupção, da justiça adiada, do oportunismo cruel `a corrida às  vacinas, "nos votantes permissivos e interesseiros dos Isaltinos e outros que tais" que conduziu paulatinamente o país a esta apagada e vil tristeza, a esta humilhante degradação económica.

Porém, revela que o país depende em grande parte do sector turismo. Os politiqueiros da construção de rotundas, implantação de pilaretes, a novel mania da pista exagerada de bicicletas, da construção de passadiços e outros devaneios, chegaram ao fim de linha. A bazuca económica vai seguir o mesmo caminho. Devaneios de políticos, para ganhar eleições. Portugal é um país de negociatas, de lucro fácil e muitas vezes perverso. Onde está o raciocínio e inteligência dos Vieiras, dos Mexias, dos Loureiros, dos Catrogas, dos Joes e da longa lista de omissos ? Por que será que não aplicam o brilhantismo na criação de fábricas, de modelos de desenvolvimento sustentável ? Já não há mais nada a copiar do estrangeiro, com atrasos de décadas? 

Onde está a cultura do saber e o desenvolvimento real do país? Que sangue, suor e lágrimas, pagam os corruptos e os detentores do poder? Os dinheiros vindos da Europa no pacote actual ou sofrem desvio para os meios de produção e do saber ou este país não tem saída. A mentalidade associada ao subsidio-dependência criada pelo cavaquismo e sucessivos ismos, ou é eliminada ou o país caminha alegremente para a derrocada total. O Plano de Recuperação e Resiliência na sua versão de 15/02/2021 (PRR) é um tratado de belas intenções. A factura pesada do PPR vai de novo para as áreas metropolitanas de Lisboa , Porto e arredores. Novas linhas de metro para servir áreas populacionais já existentes e outros a construir para gáudio de empreiteiros da construção civil. A população transmontana assiste e, ao menos isso, alguns deputados assinam requerimento ao Ministro do Planeamento. Que todos, passados e presentes, olimpicamente fizeram o mesmo, embora com fraseologia diferente. Assim o comboio de Bragança foi enviado para paragem forçada pelos ditos cujos. Os mesmos que reclamam acessos a TGV espanhóis. Como se fantasias cor de rosa, com vivências experimentadas ou experimentar em Madrid, fizessem parte do quotidiano do pobre ou suposto remediado transmontano.

 Agora entra também na dança, o mundo digital. Traduzido para a região do nordeste transmontano, é despudor e vergonha falar em velocidades diferentes. Para uma pessoa normal, essa região está a ser enviada para a idade da pedra. Em palavras simples significa: lançada para o mais puro analfabetismo digital. Pior que o analfabetismo, de outros tempos, desde a Monarquia antiga ao tempo presente.

 Não esquecendo, também, os que andam em muitas andanças políticas, se passeiam pelos centros de decisão há demasiados anos e apresentam como resultado uma mão cheia de nada. E bajulam o poder central quando o vento sopra desse lado. Ou fazem alianças fatais para a conquista do poder, se tal for necessário. A aliança com Chegas e populistas de baixo calibre revela um R. Rio, de pronunciamento portista e provinciano. Nunca se viu tamanho fenómeno físico que conseguiu fazer  evaporar o comboio de Bragança numa noite. Nem a evaporação de aldeias baseado num aldrabão Relvas e de contas erradas. Nem ignorando, o trajecto mais curto seguido por Sendim para atingir Alcanices, via Angueira. Não há  dinheiro para desvios, sem grandes custos da CMV para resolver o problema. Investeve-se em palácio de burros. Amplificam-se as zonas de risco elevado. Todos fingem. As autárquicas ditarão mais do mesmo. Quando não há vontade para resolver, sobram requerimentos e invocações.

Toda a prosa anterior poderia tomar-se como inócua se a pandemia COVID-19, não espreitasse ao virar da esquina. Israel seguiu a política de vacinação maciça da população e é, nos dias de hoje, tomado por referência. Portugal seguiu caminho similar: vacinação máxima possível para todos os grupos etários, no sentido de diminuir a população susceptível. A lógica está plasmada em texto anterior, e que aqui se reproduz: "De modo simplificado, R0 depende de três factores  e é proporcional (ao risco de contrair o vírus), ao (número de contactos por unidade de tempo) e ao (número de dias em que um indíviduo infectado é contagioso-14 dias para o Coronavirus).Em termos simples: o objectivo consiste em fazer baixar a população totalmente susceptível (sem qualquer imunidade) para uma população vacinada que faça quebrar (baixar) a propagação do vírus.

A alteração do vírus levanta uma questão importante. Qual a eficácia das vacinas face a  esta nova estirpe?   Siga a ligação sobre vacinas da Organização Mundial de Saúde ( WHO) : [Informação sobre Vacinas]. As vacinas são eficazes sobre a variante DELTA/Plus por ser da mesma estirpe do CORONAVIRUS-2, mas a variante Delta é cerca de 60% mais agressivo, a resposta controlada à expansão da pandemia implica que a vacinação tem de ser apressada de modo a reduzir a população susceptível (processo de vacinação em curso pela DGS) e atingir ainda níveis etários mais baixos. O risco é fortemente diminuído com a toma da  2ª dose da vacina, passando de 33% a cerca de 80% (Astra) a 88% (Pfizer). Todavia, mesmo os vacinados com vacinação completa não estão isentos de risco. A regra de ouro, acima indicada, deve ser seguida com rigor, com o pressuposto de aceitação tácita para benefício de todos. Os negacionistas, os oportunistas da toma da vacina pela porta do cavalo, os que não estão dispostos a tomar a vacina, os inocentes estudantes de vida airada e cabecinhas de grilo, fazem parte dos vários submundos que, sabe-se, existem. Devidamente apoiados pelos pais endinheirados, com juventude universitária em casa, defendendo o direito à diversão. Pergunta-se à juventude transmontana dos anos 60, se tinha a possibilidade de optar entre a diversão e a foice secular ou afim durante as férias?

Cruzam-se os mundos do liberalismo (liberdade individual), da ética ou falta dela, dos oportunistas, dos imbecis criados nas redes sociais, alguns activados por pais demasiado permissivos, libertários ou demasiado endinheirados. Para a geração transmontana dos anos anos 40, 50, 60, e 70 não houve reais benesses, em modo de farra frenética no Algarve e diversão em Sevilha, em modo contínuo. Com patéticas tiradas férreas de invasão maciça futebolística para fazer tremer de medo a poderosa Espanha e dar cobertura às juventudes aguerridas com uma nova claque de apoio como nova Ala dos Namorados. Pobres combatentes de Aljubarrota. Patéticas versões da Guerra das Laranjas.

O que está em causa com a variante DELTA? Para além da corrupção, das corruptelas, existem pequenos mundos onde se trabalha para o bem comum. Na área da ciência, nos campos da medicina, da biologia, da matemática, da biologia, da biofísica, da bioinformática entre tantas outras. Felizmente, o nordeste transmontano vai, paulatinamente, invadindo muitos destes campos, através da sua melhor riqueza: o potencial humano. Mas há ainda um longo caminho a percorrer. Nestas páginas sempre se elogiou o trabalho e esforço do estudante transmontano. Sabendo que está em condições mais desfavoráveis e injustas, perante os seus pares, de cor de alface ou azulada. A pandemia só veio agravar a situação.

Esquema da evolução dos mamíferos
{Bioinformatics for Biologists, ed. P. Pevzner and R. Shamir. Published by Cambridge University Press. C Cambridge University Press 2011, pag235}

De há muito, a biologia se debate com o problema da  evolução das espécies, que ocorreu num muito longo período (escala de milhões de anos). A história do envolvimento da ciência moderna, teve início com a dupla estrutura em hélice do DNA (1953). Desde a sequenciação do genoma humano (2001), um certo número de sequenciação foi obtido ( rato, cão, chimpanzé, macaco,...). O estudo destas sequências permite um estudo comparativo destes mamíferos e lançar alguma luz sobre a evolução da vida na terra A comparação destas sequências envolve cálculos matemáticos muito complexos, onde se cruzam cientistas das mais variadas áreas: biologia, física, química, matemática, medicina, computação, ... Esta nota pretende tão só mostrar a complexidade da questão da evolução e da divergência das espécies.Afinal, questão de mutações. 

Qual a relação entre ser humano, chimpanzé e gorila? Quando e como começou a vida na Terra?
Os biologistas dão importância não só à arvore da vida e das suas espécies, mas também à formação das proteínas e da evolução da função que desempenham.

É matéria de estudo prolongado para os estudantes que desejem entrar nesta área {Conhecimentos aprofundados de inglês são assumidos de início, tal como transparece das referências assinaladas neste texto}. Campo de trabalho para estudos sem fim, inumeráveis e diversificados, cobrindo quase todas as áreas da ciência.


 Esta matéria destina-se essencialmente a indivíduos com formação académica muito exigente e específica. Não desanimem, pois, os leitores, já que se trata de uma área multidisciplinar, onde cada sector contribui com uma pequena parte. Os negacionistas negam a ciência. Do ponto de vista de muitos, apenas revela ignorância assumida. A vacina é um produto da ciência médica, benéfico para a humanidade e no estádio actual apenas o conhecimento está disponível e acessível a algumas instituições(públicas e privadas). Este conhecimento deve pertencer à humanidade. No entretanto, a guerra das vacinas é uma guerra de triliões.

Abandonando esta perspectiva de larga escala, a mutação do vírus SARS-COV2 é de âmbito pontual. (local).{Para uma introduçãodo  tema, siga este link "New Variants of Coronavirus: What You Should Know | Johns Hopkins Medicine " ou clicando aqui . É segundo estes autores, da natureza do vírus Sars-Covid-2 evoluir e sofrer mutações. O vírus da gripe (influenza) tem comportamento semelhante, sugerindo os médicos o benefício da vacinação anual.

Haja esperança e resiliência. É altamente provável que os métodos actualmente usados para a produção das vacinas (mormente as baseadas no mRNA) possam ser modificadas, em tempo oportuno, para combate às novas variantes. Siga as directivas da DGS, com a juventude incluída no plano de vacinação.

Tempos duros, os actuais. A resiliência deve continuar e termina-se com a mensagem inicial: precaução máxima. É preferível passar pela vida com máscaras, embora incómodas, a jogar a vida numa roleta russa. Boa sorte.