terça-feira, 22 de setembro de 2020

COVID-19 : A questão das vacinas

 COVID-19  - Vacinas. Entre a realidade, a ficção e a propaganda!

O cidadão comum fica exposto a uma torrente de informação jornalística, televisa e dos média que não corresponde de todo à realidade factual. Hoje em dia, os jornalistas mergulham em assuntos que não são do seu conhecimento e, em muitos casos, não passam de meras galinhas que cacarejam o que lhes é dito por "experts" na matéria e traduzem mal para os jornais e TV. Para os interessados, aqui fica a ideia geral como a imprensa, escrita e falada, informa (ou desinforma) o cidadão. Não se exige que os jornalistas (tal como o comum dos mortais) conheçam em profundidade as matérias sobre que escrevem. Todavia, os média devem procurar a verdade, baseadas em evidências reais e fundamentadas e não em meras suposições. A procura da verdade exige esforço continuado.

Factos: Covid-19 e as vacinas milagrosas ao virar da esquina! 

A imprensa portuguesa (jornais) atravessa uma crise económica profunda e, portanto - salvaguardadas as meritórias excepções, os artigos de jornal não passam de meras cópias infiéis de artigos publicados em jornais estrangeiros. O caso das vacinas não foge à regra. E aos previlegiados com conhecimentos de línguas torna-se fácil desmontar as inconsistências da prosa jornalística. Por exemplo, no jornal Guardian apareceu um artigo intitulado: " Covid vaccine tracker: when will a coronavirus vaccine be ready ?" que em tradução aproximada se traduz por: " Quando estará pronta um vacina para a Covid-19 ? ". Muitas descrições jornalísticas gravitam em torno. Daí, se deve exigir uma crítica permanente sobre o que se vê, ouve e escreve. Consultar sempre as fontes originais. Parte do texto em inglês (com indicação dos autores do texto) segue em baixo:

"Mais de 170 equipas de investigadores estão numa corrida para o desenvolvimento de uma vacina, segura e efectiva. Aqui se expõe o seu progresso"

Pre-clinical

(Pre-clinica)

vaccines not yet in human trials

 

142

Phase 1

(Vacinas em pequena escala)

vaccines in small-scale safety trials

 

29

Phase 2

(Vacinas em testes maiores)

vaccines in expanded safety trials

 

18

Phase 3

(Vacinas em larga escala)

vaccines in large-scale efficacy trials

 

9

Approved                                        0

(Vacinas aprovadas)

FONTE - Source: WHO. Last updated 14 Sep

Researchers around the world are racing to develop a vaccine against Covid-19, with more than 170 candidate vaccines now tracked by the World Health Organization (WHO).


  • Vaccines normally require years of testing and additional time to produce at scale, but scientists are hoping to develop a coronavirus vaccine within 12 to 18 months.
  • [Vacinas normalmente exigem anos de testes e tempo adicional para produção em escala, mas os cientistas esperam desenvolver uma vacina entre 12 e 18 meses].

  • Vaccines mimic the virus – or part of the virus – they protect against, stimulating the immune system to develop antibodies. They must follow higher safety standards than other drugs because they are given to millions of healthy people...
  • [Vacinas imitam o virus - ou parte do virus- actuando como proteção, estimulando o sistema imunitário para desenvolver anti-corpos. Devem seguir os mais elevados padrões de segurança, maior que o de outras droras, porque são ministradas a milhões de pessoas saudáveis....

***     

Sem entrar em detalhe, deixa-se a informação de algumas farmacêuticas e institutos envolvidos.


         CanSino Biologics Inc./Beijing Institute of Biotechnology

BioNTech/Fosun Pharma/Pfizer
Wuhan Institute of Biological Products/Sinopharm
Moderna/NIAID
American biotech company Moderna is developing a vaccine candidate using messenger RNA (or mRNA for short) to trick the body into producing viral proteins itself. No mRNA vaccine has ever been approved for an infectious disease, and Moderna has never brought a product to market. But proponents of the vaccine say it could be easier to mass produce than traditional vaccines.
Sinovac
Chinese company Sinovac is developing a vaccine based on inactivated Covid-19 particles. The vaccine has shown a promising safety profile in the early stages of testing and is now moving into Phase 3 trials in Brazil.
Beijing Institute of Biological Products/Sinopharm
Gamaleya Research Institute
Curevac
Osaka University/ AnGes/ Takara Bio
Kentucky Bioprocessing, Inc
Janssen Pharmaceutical Companies
Bharat Biotech
Novavax
Research Institute for Biological Safety Problems, Rep of Kazakhstan
Cadila Healthcare Limited
Genexine Consortium
Institute of Medical Biology, Chinese Academy of Medical Sciences
Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical/Institute of Microbiology, Chinese Academy of Sciences
Inovio Pharmaceuticals/ International Vaccine Institute
Sanofi Pasteur/GSK
Arcturus/Duke-NUS
Vaxine Pty Ltd/Medytox
Imperial College London
Instituto Finlay de Vacunas, Cuba
Medicago Inc.
Institute Pasteur/Themis/Univ. of Pittsburgh CVR/Merck Sharp & Dohme
West China Hospital, Sichuan University
FBRI SRC VB VECTOR, Rospotrebnadzor, Koltsovo
People's Liberation Army (PLA) Academy of Military Sciences/Walvax Biotech.
Clover Biopharmaceuticals Inc./GSK/Dynavax
ReiThera/LEUKOCARE/Univercells
University of Queensland/CSL/Seqirus
Medigen Vaccine Biologics Corporation/NIAID/Dynavax
University of Melbourne/Murdoch Children’s Research Institute

The Murdoch Children’s Research Institute in Australia is conducting a phase 3 trial using a nearly 100-year-old tuberculosis vaccine. The vaccine is not thought to protect directly against Covid-19 but might boost the body’s non-specific immune response.


***                            *** 

  • Em primeiro lugar, convém diferenciar o progresso cientifico palpável duma vacina real (eficaz e segura), da dita "vacina política". Os cientistas da área apontam para 12 a 18 meses. Por oposição ao Presidente Trump, com calendário marcado ao virar da esquina, mas com eleições marcadas para 3 de Novembro de 2020. 
  • A vacina desenvolvida na Rússia, sob o nome politicamente intencional de Sptunik V, não cumpre o critério da OMS  [Fase 3].
  • A vacina  OXFORD Covid-19, foi temporariamente suspensa, tendo sido já novamente retomados os ensaios clínicos.
    • A medicina regista as consequências trágicas do medicamento Taladomida, no universo particular das grávidas.
    • A revista científica LANCET (da área da medicina) foi obrigada a revogar uma conclusão errónea sobre o medicamento "hidroxicloroquina". A conclusão indicava que tinha efeitos agravantes. (maior taxa de morte). O artigo baseou-se em dados erróneos, conduzindo a uma conclusão errónea. É apontado este exemplo, para mostrar que o meio cientifico da COVID-19  tem diferentes perspectivas, mas a base experimental sobre um grande número de pessoas  nunca pode ser descartado.
    • A testagem de uma vacina requere um período de longa duração, sobre um grande universo de pessoas para verificar a eficácia e efeitos colaterais. Requere um grupo de controlo a quem se aplica placebo.
    • Os investimentos financeiros são colossais, e se é justo compensar as  farmacêuticas pelas despesas para a produção de vacina, a consciência universal exige acesso universal à vacina.  O fundamentalismo de Trump e as suas ideias nacionalistas conduzem o mundo ao desespero e aos USA à liderança mundial de mortos por COVID-19.
    • Há felizmente um movimento (com contributo de 150 países) que pretende garantir o acesso à vacina, caso apareça.
    • O seu comportamento errático, a negação da ciência e a sua incompetência manifesta na gestão da COVID-19 e o começo da hostilização dos seus aliados europeus não prenunciam boas novas. Espera-se que em 3 de Novembro de 2020, os deuses defendam a humanidade.
    • Já quanto ao bipolar Boris, os seus cálculos errados sobre o Brexit e a gestão incompetente da COVID-19 está nas mãos dos ingleses. O partido Labour está a curar as suas próprias feridas e os Conservadores, além do Brexit, sofrem as consequências do Tatcherismo e da sua política liberal. Os cortes sobre o sector público (NHS incluído, privatização dos combóios, ... ) estão agora sob fogo. 

      • Se a incompetência da gestão de Boris da COVID-19, quanto à Inglaterra pela via dos seus cientistas e instituições: Oxford, Imperial Colledge e  NHS, entre muitos outros, o seu esforço é simplesmente louvável pelo trabalho de excelência sobre o COVID-19.
      • O governo do Boris geriu mal a crise, incompetência pura e simples para alguns, e agora vê-se forçado , na hora da verdade, a potenciais " lockdowns". Para quem não entende os políticos do estilo, os responsáveis científicos ingleses da matéria foram obrigados a vir a terreno defender-se, andando obviamente de candeias às avessas com o ignorante Boris e seus acólitos. Até para não passarem como simples bodes expiatórios. NA conhecida frase dos políticos." Nós, os políticos seguimos a ciência". À ideia peregrina dos Conservadores ressuscitaram o velho império colonial inglês com o Brexit, como pano de fundo, veio juntar-se agora a COVID-19.
      • O populismo acéfalo do Boris vai cavalgando as ondas alterosas, e aguarda-se o desfecho final. Não é liquido que a maré se inverta para o lado dos Trabalhistas. As antigas "red zones" são hoje zonas desertificadas, e locais onde o a COVID progride com mais virulência. Espera-se que não se perca a respeitabilidade devida a Inglaterra pelas decisões assumidas em prol da  justiça nos conflitos mundiais. Lição para aqueles que supõem que o voto é uma arma inofensiva. A Inglaterra é hoje pasto de maquiavélicos personagens. O NHS foi oferecido ao povo britânico para compensar o esforço de guerra aos seus combatentes e familiares.
      • Tal como o SNS português foi criado para benefício e respeito para com o povo português pelo 25 de Abril de 1974. Os liberais do privado detestam-no. O serviço de prestação de serviços bancário SAMS ruiu como um baralho de cartas. A ADSE está sob ataque.
      • A pretexto do programa escolar  EDUCAÇÂO para a CIDADANIA apareceu um manifesto de entidades. Por curiosidade, olha-se para o conteúdo programático. Constata-se que ,afinal se baseia em módulos cobrindo diversas áreas, tomando-se o todo pela parte. Claro como água, pura e inodora: " O Passos Coelho deve rever-se na sua prática de cábula com recursos( formou-se em Privada com uma proveta idade, e o ex-Presidente Cavaco deve rever-se na moradia da Coelha e nos amigalhaços do BPN e da obtenção fácil de uns dinheiritos, de que não tinha conhecimento). Estes dois ressuscitaram do Inferno e muitos nomes da lista que se passeavam no limbo terrestre mergulharam de cabeça no conceito de inferno cardinalício.  Tragédia de dinossauros políticos.


A primeira  dificuldade da apresentação de um texto simples advém do facto da terminologia usada nestes escritos não ser facilmente assimilada pelos leitores. Todavia, o raciocínio elementar consiste em analisar os textos originais e não as citações várias, muitas deformadas pela imprensa, de acordo com as motivações económicas, políticas, filosóficas ou meramente pessoais. É condição básica procurar a verdade, escrever sobre factos, mostrar evidências e não escarafunchar em domínios que a imprensa não domina. A ética e  a moral anda afastada da vida actual. E, portanto, toda a precaução sobre o que se diz, propala e escreve é pouca.


É intencional, não tornar os textos demasiado extensos e tão sòmente apresentar algumas pistas para consideração individual. A César, o que é de César. Este tema deve ser tratado pelos investigadores da área, e por pessoas da área médica com conhecimento de causa. O problema dos testes rápidos é assunto actual (Hospital Cruz Vermelha). Não se conhece o método.  Mais uma vez imperou a prudência da DGS. Todavia é fácil entender, por raciocínio simples, que um encurtamento do prazo entre teste e resultado do potencial  afectado por COVID-16  resulta no achatamento (mais uma vez, do crescimento exponencial, traduzido pela regra simples de duplicação de infectados por cada sete dias decorridos).

Deixa-se aqui (para os que se interessarem pelo assunto, em particular, os agentes da Saúde), o método RT-PCR de deteção do vírus em tempo real. bTodos os métodos são falíveis.

[https://www.iaea.org/opic/podcasts/how-is-the-covid-19-virus-detected-using-real-time-rt-pcr, (audio file)], ou clicando  ainda em texto:

Aqui se indicam caminhos diferentes para o mesmo destino : identificação do vírus COVID-19.  Os testes rápidos não são muito fiáveis, não sendo detectada carga viral de baixo valor. Como os médicos já registaram em entrevistas TV, estes são particularmente úteis para carga viral elevada. Toda a informação relevante deve ser seguida através da informação oficial COVID-19 e directivas da DGS.

Clique aqui Covid-19.Portugal

A deteção do vírus requere equipamento (e leituras sofisticadas, neste caso RT-PCR recorrendo a um método de teste, vindo da área nuclear e já aplicado com outros vírus.

Clique aqui, para compreender o método RT-PCR.


Em conclusão: 

  1. Não é admissível pela comunicade científica quebrar etapas para a homologação de qualquer vacina.
  2. A vacina mais promissora da parceris OXFORD tem actualmente em mãos , a indicação de 3 anomalias graves em pacientes submetidas à vacina.
  3. As vacinas russas (x2) não cumprem as normas estipuladas na fase 3.
  4. A vacina chinesa está em ensaios (na 3ª. fase, com pacientes nomeadamente do Brasil).
  5. POR ORA, não há vacina disponível. {Nem há certeza absoluta que venha a existir}.
  6. A vacina elementar existente para evitar o cruzamento com o vírus reside no seguimento das normas da DFS e HMS
    1. Em que base se baseará Trump ? Desconhece-se!


Para além deste enquadramento global, tem à mão um método elementar para evitar o vírus. Deixa-se aqui uma nota. Estando YO em tarde de verão observando a comunidade de PLATEROS , pelas bandas de São Joanico-Vimioso, duas atletas - admitindo-se parentes, e a uma distância considerável superior a 10 m, afastam-se do trajecto normal e colocam as respectivas máscaras, continuando a caminhada. E esta, hein! Louvável, 20 valores! O concelho de Vimioso, apesar de deserto demográfico, também não escapa.

Cumpra com rigor:

  • Distanciamento social
      • Uso da máscara[mesmo em espaço abertos, esplanadas, ruas, ... ]
        • Não provoque o vírus, em festanças , copofonia, arrogância e imbelicidades várias.
      • Os próximos seis meses podem ser muito duros. Não facilite.