sexta-feira, 6 de novembro de 2020

 COVID-19 - TEMPOS DE CERCO e NOTÍCIAS DA AMÉRICA !

A abordagem dos líderes mundiais quanto à pandemia está a atingir a hora da verdade na eleição presidencial dos EUA (USA). Até ao lavar dos cestos é vindima, mas as trampolinices de TRUMP estão quase, quase, na recta final. Os factos são os seguintes, tal como descritos no jornal Guardian.



O que está em causa? Joe Biden espera pela contagem final de votos, sendo até ao momento sido contabilizados 264 eleitores para J. Biden e 214 para Trump.

O que está ainda em jogo?

A contagem final dos votos (situação da contagem dia 6.11.2020,15h)

StateVotes left to count (est.)Current marginCurrent leader
%votes
Georgia1%<50,0001,098Biden
Pennsylvania2%<150,0006,826Biden
North Carolina6%<350,00076,701Trump
Nevada16%<250,00011,438Biden
Alaska50%<200,00054,610Trump

A vir a confirmar-se, tal como a tabela anterior indica, a PENSILVANIA garante 20 votos, que somados aos 264 já garantidos de J. Biden, ultrapassa os 270 eleitores exigidos para eventual candidato presidencial vencedor.

Aos americanos competirá a resposta final. Qualquer que venha a ser o resultado, a América sai deste duelo fortemente ferida como guia da democracia do mundo. Os tempos não serão fáceis para ninguèm, mas se o mundo ficar livre da sombra TRUMP ja é um alívio. Mesmo para o pequeno país Portugal, sem qualquer peso a nível mundial, tal como para a União Europeia, se entretanto não abrir o olho.


domingo, 1 de novembro de 2020

COVID-19 - Tempos de cerco

 COVID-19 - A pandemia alastra, sem medida, pelo país. O tempo é de resistência e de precaução máxima. Todos são chamados a colaboração nesta luta sem tréguas contra uma pandemia ardilosa. De modo pragmático, o melhor método actual (até que exista uma vacina, haja esperança!) para quebrar o crescimento assustador dos casos infectados reside nas normas básicas:

  • Distanciamento social (1,5 m, de mínimo)
  • Uso de máscara (imperativo)
  • Uso frequente de lavagem das mãos (sabão, alcóol - gel)
Mais uma vez, deve seguir-se as normas indicadas pelos responsáveis da DGS e pelas autoridades político-administrativas. Deixe-se de filosofar sobre certas questões sanitárias, de que a maioria dos portugueses não tem qualquer autoridade científica sobre a matéria. É sabido que existe um grau de incerteza sobre a pandemia e os profissionais da área divergem em muitos aspectos. Com, por vezes, notas da DGS confusas.  Não admitir a incerteza na ciência, é não compreender como funciona a aquisição do conhecimento e do saber. A desobediência cega às normas de higiene prescritas pela organização mundial OMS e pela correspondente portuguesa DGS, é tentar substituir-se  a peritos que dedicaram a sua vida à area da epidemiologia com negação pura e simples da ciência, em estilo trumpiano.

CUMPRA COM RIGOR AS NORMAS e Máxima precaução !.

 Neste período conturbado e complexo da pandemia COVID-19, destaca-se:

  • Mais de 45 milhões de casos positivos já foram confirmados no mundo, com mais de 1 milhão de mortos[J.Hopkins University]
  • Os E.U.A. registam o maior número de casos[acima de 9 milhões] com mais de 230 000 casos fatais.
    • De notar que o número real de mortes é superior aos dados estatais.
    • Trump continua a desvirtuar os factos, menosprezando a doença e numa obstinada negação da ciência e proclamando falsas suposições como verdades assumidas.  A pandemia é uma questão de "vida ou morte". Por razões opostas a vitória ou derrota de Trump ou Biden , é também uma questão crucial. Nos seus slogans:"America first" ou "The soul of America".
    • Mais 4 anos de presidência de Trump terá consequências muito sérias para o mundo, e os E.U.A. terão no dia 3 de Novembro uma eleição presidencial, de contornos épicos. 
    • Estará em jogo a democracia, o progresso  e as relações internacionais.
    • Trump dará luta até ao fim. Questionará, diz-se, a própria validade das eleições. Manda a prudência dizer que até ao lavar dos cestos é vindima.
    • O método da escolha presidencial americana baseia-se no número de votos atribuídos aos estados e nã por votação directa dos cidadãos eleitores. Assim, Clinton não ganhou a presidência, embora tenha tido maior número de votos (>3 milhões).
      • Os estados oscilantes atribuirão a presidência , ou a Trump ou a Biden. Espera-se que os deuses americanos levem para o Inferno o negociante trampolineiro.
  • O Brasil ocupa o 3º. lugar mundial com mais de 5 milhões, com o 2º.valor mais alto de fatalidades (160 000) desde que a epidemia começou.
    • É tempo dos discípulos de Bolsonaro acordarem para a realidade invisível do virus mortal
    • O político e ministro da Saúde E. Pazuello deu entrada num hospital com o diagnóstico de COVID-19. Segundo o próprio, tem sido tratado com hidroxicloroquina, uma droga contra a malária, em que testes da droga provaram ser ineficaz para Covid-19.
  • Em Inglaterra, a pandemia COVID-19 assume proporções gigantescas. O drama atinge mais vincadamente, a zona norte da Inglaterra.
    • Boris Johnson, pressionado pelos seus conselheiros do Covid-19, está preparado para novo confinamento para atenuar o crescimento rápido do vírus (2ª.onda). Até aqui, o modelo seguido contemplava três níveis de alerta (1 (médio), 2(alto) e 3(muito alto) ), encontrando-se no nível 3 as regiões de: Liverpool, Manchester, ...
    • É acusado duma divisão Norte-Sul, pelos pacotes financeiros atribuídos,com sérias implicações.
        • O que está em causa em Inglaterra?
        • A taxa de infecção em Inglaterra (i.é., o número de casos por 100 000 habitantes em certas áreas, atinge valores da ordem dos 700! (Vêr abaixo)
    • AreaRate: last week
      Rate: all time
      Cases: all time
      Blackburn with Darwen7374,3286,479
      Oldham6904,0799,672
      Wigan6613,32110,914
      Salford6123,4278,871
      Merthyr Tydfil5873,0801,858
      Rochdale5733,7708,385
      Bolton5473,64610,484
      Doncaster5402,4127,521
      Tameside5293,1597,154
      Mid Ulster5292,3443,459
      Bury5273,4066,504
      Rhondda Cynon Taf5152,7046,524
      Rotherham5112,7617,327
      Bradford5073,51918,995
      Barnsley4902,7656,826
  • Boris Johnson, perante estes dados, foi forçado a tomar medidas de confinamento nacional (lockdown), com um tremendo pacote financeiro associado. 
  • Segundo a imprensa inglesa, B. Johnson fez uma mudança de rumo de 180 graus, com oposição da ala mais conservadora do seu partido conservador. O dilema reside no equilíbrio ser humano versus economia.
    • Os problemas ingleses são da exclusiva vontade de mudança dos povos ingleses, As medidas do escalão 3 falharam e a medida do confinamento nacional, só demonstra o falhanço do plano dos 3 níveis. Aqui são referidos como base de orientação das medidas apontadas e em curso em Portugal.
  • Clique aqui para visão dos países europeus:
  • "https://www.euronews.com/2020/10/31/is-europe-having-a-covid-19-second-wave-country-by-country-breakdown"
__________________________________________________________________________________

                                                                PORTUGAL

Portugal
03 Mar04 Mar05 Mar06 Mar07 Mar08 Mar09 Mar10 Mar11 Mar12 Mar13 Mar14 Mar15 Mar16 Mar17 Mar18 Mar19 Mar20 Mar21 Mar22 Mar23 Mar24 Mar25 Mar26 Mar27 Mar28 Mar29 Mar30 Mar31 Mar01 Apr02 Apr03 Apr04 Apr05 Apr06 Apr07 Apr08 Apr09 Apr10 Apr11 Apr12 Apr13 Apr14 Apr15 Apr16 Apr17 Apr18 Apr19 Apr20 Apr21 Apr22 Apr23 Apr24 Apr25 Apr26 Apr27 Apr28 Apr29 Apr30 Apr01 May02 May03 May04 May05 May06 May07 May08 May09 May10 May11 May12 May13 May14 May15 May16 May17 May18 May19 May20 May21 May22 May23 May24 May25 May26 May27 May28 May29 May30 May31 May01 Jun02 Jun03 Jun04 Jun05 Jun06 Jun07 Jun08 Jun09 Jun10 Jun11 Jun12 Jun13 Jun14 Jun15 Jun16 Jun17 Jun18 Jun19 Jun20 Jun21 Jun22 Jun23 Jun24 Jun25 Jun26 Jun27 Jun28 Jun29 Jun30 Jun01 Jul02 Jul03 Jul04 Jul05 Jul06 Jul07 Jul08 Jul09 Jul10 Jul11 Jul12 Jul13 Jul14 Jul15 Jul16 Jul17 Jul18 Jul19 Jul20 Jul21 Jul22 Jul23 Jul24 Jul25 Jul26 Jul27 Jul28 Jul29 Jul30 Jul31 Jul01 Aug02 Aug03 Aug04 Aug05 Aug06 Aug07 Aug08 Aug09 Aug10 Aug11 Aug12 Aug13 Aug14 Aug15 Aug16 Aug17 Aug18 Aug19 Aug20 Aug21 Aug22 Aug23 Aug24 Aug25 Aug26 Aug27 Aug28 Aug29 Aug30 Aug31 Aug01 Sep02 Sep03 Sep04 Sep05 Sep06 Sep07 Sep08 Sep09 Sep10 Sep11 Sep12 Sep13 Sep14 Sep15 Sep16 Sep17 Sep18 Sep19 Sep20 Sep21 Sep22 Sep23 Sep24 Sep25 Sep26 Sep27 Sep28 Sep29 Sep30 Sep01 Oct02 Oct03 Oct04 Oct05 Oct06 Oct07 Oct08 Oct09 Oct10 Oct11 Oct12 Oct13 Oct14 Oct15 Oct16 Oct17 Oct18 Oct19 Oct20 Oct21 Oct22 Oct23 Oct24 Oct25 Oct26 Oct27 Oct28 Oct29 Oct30 Oct31 Oct0500040003000200010005004500350025001500

Os dados do gráfico são dados oficiais comunicados pelas autoridades de saúde. Como se pode observar no gráfico, o crescimento exponencial começou a surgir na última semana de Agosto, e até à data o crescimento exponencial é vigoroso.

De Maio até ao presente (30 de Outubro), nunca os casos registados desceram a um valor próximo do zero e, portanto, era previsível um aumento de casos registados. A oposição ao governo, aponta um certo relaxamento do poder político e com certa razão. O PR desclassificou as reuniões do Infarmed, deu impulso a abertura demasiada à economia,  e não foi previdente nem cauteloso nos seus pulsares. A resiliência da gente mais escassa de recursos tem que assentar, sem filosofia ou pulsares populistas, no respeito das regras da OMS. É óbvio que gente rica, de fortunas colossais, podem arriscar festanças de gente fina. Terão hospitais e tratamento adequado. A arraia miúda não pode comprar máscaras, as  suas habitações são o que são, o trabalho diário faz parte das suas vidas.

Os erros políticos do António C. , baseados numa suposta maioria do PS, tornaram-se visíveis. As eleições presidenciais, a votação do OE 2021 perseguem-no. Do lado do PSD, regista-se a abertura de Rui Rio ao Chega. A própria direita rejeita a colagem do Ventura a Le Pen (França). Tiro de R. Rio no próprio pé. Oscila entre medidas de bom senso quanto ao debelar da crise sanitária COVID-19, e afunda-se na perspectiva de possível governo de direita. Caso dos Açores. Folhetim político, para o Continente.

A curva exponencial actual é de difícil contenção. É muito mais grave que a primeira fase da pandemia. Não se indicam aqui as consequências óbvias. Teria havido possibilidades de previsão e tomada de medidas adequadas em tempo de mais acalmia (desde Julho 2020 até hoje). A oposição tem todo o direito à crítica construtiva, e espera-se que , apesar de tudo, o objectivo seja salvar pessoas, liquidar o vírus, deixando para trás as querelas políticas.

Ao cidadão compete fazer as escolhas certas. Escolher entre a sensatez ou os narcisistas de direita. Deixa-se aqui um vídeo onde o actor Trump classifica um personagem (Dr. Fauci) de reconhecido mérito na área da epidemiologia. 

O problema tem que ser resolvido pelo povo americano. O ricochete da eleição americana vai ter consequências a nível mundial.

Carregue abaixo no link, aqui para meditar sobre gente poderosa que nos comanda como números descartaveis:

https://www.youtube.com/watch?v=wrS-qwLiDWY

Ao menos resta a esperança de uma possível vacina nos finais de 2020, que potencialmente vai ser aplicada nos casos mais prementes (médicos, equipas, ...) e que se prevê que esteja em Portugal lá para Agosto de 2021.

" It could be Oxford University, partnered with drug company AstraZeneca. It could be Moderna in the US. Or it could be Pfizer and the German company BioNTech."

Esta informação provêm de gente séria e , aparte a incerteza subjacente a todas elas, espera-se que por boa fortuna venha em auxílio da humanidade. Mas há ainda um longo percurso a percorrer. Mesmo provando que alguma vacina venha a ser eficaz, nem toda a população fica a salvo pois a eficácia não será de 100% , e não atingirá toda a população mundial. Existirá sempre num qualquer canto do globo, e a ameaça de contágio continuará a existir. A realidade científica impõe restrições à populista ideia de que a vacina (caso venha ser eficaz e segura) será a cura milagrosa que a humanidade espera.

 Com o tempo, lá se irá chegar.

Termina-se este texto, como se começou. A melhor vacina actual está na cabeça de cada um, com cumprimento , aceitação e aplicação plena das normas:

  • Distanciamento social (1,5 m, de mínimo)
  • Uso de máscara (imperativo)
  • Uso frequente de lavagem das mãos (sabão, alcóol - gel)

A melhor defesa reside no cumprimento destas normas. Não provoque o vírus. Proteja-se, até um regresso a uma vida futura, próxima do antigo normal.