Angueira - Terra de migrantes
Que futuro?
Que futuro?
O processo migratório tem evoluído no tempo. Reportamo-nos aqui ao início do Sec. XX, no limiar dos conhecimentos transmitidos pelos antepassados conhecidos. As consequências históricas da migração são hoje transmitidas por uma nova vaga de intervenientes e perpetuadas, por vezes, em terras longínquas onde a memória da origem se esvanece em novas paisagens. O grito pungido da migração ainda hoje ressoa nas casas de xisto, algumas delas em ruina total. Porém, as suas portas e janelas relembram vivências passadas, onde a fortuna e a má sorte se entrecruzam aleatoriamente.
O fluxo de novos povoadores no inicio do Sec. XX tornou possível a continuação da aldeia durante uma centena de anos e o abandono dos seus habitantes para novas paragens conduziu ao seu intenso despovoamento. Este texto pretende contribuir para a sua revigoração, numa base de migração, temporária ou definitiva, de populações. Aqui, aponta-se a componente pública para tal contributo. Deslocações de populações, estudantis ou outras, para a sua manutenção e, se possível, crescimento. À componente privada, voltar-se-à numa nova nota.
O fluxo de novos povoadores no inicio do Sec. XX tornou possível a continuação da aldeia durante uma centena de anos e o abandono dos seus habitantes para novas paragens conduziu ao seu intenso despovoamento. Este texto pretende contribuir para a sua revigoração, numa base de migração, temporária ou definitiva, de populações. Aqui, aponta-se a componente pública para tal contributo. Deslocações de populações, estudantis ou outras, para a sua manutenção e, se possível, crescimento. À componente privada, voltar-se-à numa nova nota.
Conhecida a base agricola limitada para a sua sustentação e sendo os recursos naturais escassos, torna-se necessário implementar novas vias para tornar possível, em condições aceitáveis, a sua existência. Aparte a maquiavélica golpada dos seguidores do aldrabão relvas e do submisso pedinte Passos, a vida continua para lá desse horizonte de mentes tacanhas.
Rota das tropas |
Os habitantes de Angueira descobriram, há muito tempo, os caminhos duros da emigração, tendo a aldeia acolhido gerações de migrantes internos. Tiveram que rasgar os seus horizontes por terras brasileiras, muitos se fixando pela rota das tropas e muitas outras de diferentes linguajares e costumes.
Ajudaram a desenvolver territórios imensos, deixando para trás um espaço muito pequeno, limitado por uns escassos 10 Km (extremo a extremo). Nos Brasis, os horizontes eram quase infinitos. A alguns a fortuna sorriu, a outros nem tanto.
Por terras lamacentas da Flandres, homens simples, mas de carácter generoso e
I Guerra Mundial - Trincheiras (1914-18) |
Campo de prisioneiros (Alemanha-1919) |
e vontade férrea, gravaram nas suas memórias a dura realidade da Guerra mundial (1914-18) e que ,de todo, não era a sua.
O fado português continua sendo o mesmo desses tempos. [Clique aqui]
Em textos anteriores, já referimos alguns projectos cuja intenção aponta para uma circulação maior de população. O recurso ao rio, pode constituir um polo de atração para visitantes da zona, extensíveis à zona raiana limite. Retomemos, então, as obras camarárias a que Angueira tem direito.
I - Construção de um Fluviário, para preservação da fauna e flora, características do meio ambiente local. A sua construção (sujeita, obviamente a todos os estudos de carácter ambiental),poderá localizar-se à saída da ponte da Senhora, junto ao riacho e em terreno baldio.
2. Construção de uma mini-hídrica, associada ao fluviário, para armazenamento de água e, eventualmente, para produção de energia eléctrica.
A C.M.V. conhece a problemática questão com a construção da mini-hídrica de Algoso.
3. As características do terreno permitem, sem grandes custos, a implantação de uma piscina natural.
A unidade conjunta permite uma visão integrada da fauna piscícola, fauna e flora, e introdução a áreas da geologia (minerais,complexo xisto-grauváquico entre outros) e ciências biológicas da população escolar do concelho e seus limítrofes.
II - Construção de uma via pietonal (a paralelo) ligando a ponte da Cavada pela margem esquerda do rio Angueira, fechando na aldeia após o atravessamento da ponte da Senhora.
Este circuito, de declive variável, constituiria um circuito de manutenção física, de ambiente aberto e um atrativo de visitantes a Angueira e de acesso natural ao fluviário.
III - Construção de um coreto, eliminando o lamaçal existente na actualidade, no local onde hoje se encontra o tanque (junto à fonte de mergulho). Constituiria a parte superior de um depósito de água para armazenamento da nascente da Fonte do Pio, destinada a prevenir falta de água extrema em períodos estivais e eliminação de toda essa área insalubre.
IV - Construção de um desvio para trânsito pesado.
Conclusão: A construção /construções indicadas em I requerem (certamente) candidatura adequada a fundos europeus, mas como se indica no folheto de propaganda para as eleições autárquicas do PSD não constitui qualquer obstáculo de monta.
No que respeita à via pietonal [ponto II], verbas da C.M.V. e suporte técnico interno dispensam factores externos para a sua realização.
Para finalizar, a questão da insalubridade da zona [Ponto III] pode ser resolvido recorrendo aos arquitectos de Angueira - no pressuposto do que Angueira te não pode dar, mas sim no do que podes contribuir para Angueira. Aqui fica o desafio!
No que respeita ao ponto IV, o trânsito pesado tem alternativa, através da estrada de Vimioso-Avelanoso-Fronteira, cuja beneficiação se projecta e dee montante envolvido nada desprezável. Ou retirar verba para o desvio, em causa.
Como comentário final, Fernando Torquaz ouviu na brisa dos ventos que passam, a não equidade na pavimentação das ruas e numa base de total transparência é necessário fornecer a informação detalhada de toda a área pavimentada, critérios e montantes gasto na empreitada. No final das obras, todos os cidadão devem ter o mesmo tratamento.
O padrão deve ser igual ao de Vimioso, com passeios delimitados e indicação do local de estacionamento bem ordenado, já que não exige custo, bastante uma fiada de paralelos de coloração diferente para a sua marcação. Angueira não reclama nada de especial, mas reinvindica o desleixo continuado em períodos recentes por parte da C.M.V. A pavimentação parcial de Angueira é da mesma ordem de grandeza do polivalente de Caçarelhos, que no dizer de alguns, não tem utilização.
O critério da transparência é genérico e universal, aplicando-se igualmente a todas as actividades desenvolvidas: Junta de Freguesia, Casa do Povo e outras, isto é todas as restantes.
Não passa despercebido a F. Torquaz que todo o euro da C.M.V. deve ser bem gasto e, por maioria de razão, em tempo de crise. Todavia, a simples leitura de qualquer pasquim do reino revela como a corrupção tomou conta deste país, confrontando o cidadão comum com revelações diárias de roubos de milhões. E tudo, a bem da Nação!