quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Mar de tormentas ... em ano bissexto 2016!



O reinado do trágico Pafistão chegou, formalmente, ao fim. Os seus príncipes Paulo Portas-Passos Coelho já terminaram a sua ópera bufa. A muralha de aço da coligação Portas-Passos Coelho rompeu-se à primeira rajada de vento. O imbecil Passos Coelho pretende regressar como Dom Sebastião numa manhã de nevoeiro. O sarcástico Portas faz-se de morto e determina o seu apagamento político, numa densa mata de arvoredo impenetrável. Matreiro e cínico espreita a próxima oportunidade para ataque ao poder. Feita a introdução, seguramente pouco ao gosto dos apaniguados do reino do Pafistão, vamos aos factos. 

O vendaval da crise económica 2007-2008 semeou tempestades em países fragilizados, com particular incidência em pequenos países da EU: Irlanda,Portugal, Grécia e em países médios: Espanha e Itália. A EU do preconceito ideológico, comandada pela Alemanha, prussiana, aplicou doses letais e ínvias de uma austeridade extrema sobre países cuja defesa económica era  e é impossível e inviável. A Alemanha defende os seus interesses e é virtude sua criar riqueza. Em termos de ética e moral também estamos entendidos. Todos os políticos portugueses devem ser responsabilizados pela alienação da soberania portuguesa e que culminou no resgate da troika. O povo acaba castigado pela gentalha  que elegeu e os deputados aldrabões do bando premiados com benesses e licenciaturas fictícias à Relvas ou massacrado pelos  homens de mão de Paulo Portas na Assembleia da República.

 A Alemanha e a clubite rica associada transformou uma dívida bancária em dívida soberana dos países, violentando os cidadãos com impostos desmedidos,taxas e sobretaxas, para pagamento de dívidas contraídas pelos bancos, cuja ruinosa administração levou à intervenção da troika no país. Obectivo retorno dos capitais emprestados aos bancos destes países, à finança alemã. O conluio português entre os políticos e a economia gerou o submundo da corrupção, onde a crapulagem que polula pelos partidos encontra o seu modus vivendi. Esta crapulagem dos corruptos sabe que precisa de destruir a regulamentação do estado, desorganizar as instituições estatais, atacar o interesse público e endeusar os feudos privados. Recorre aos média e aos numerosos imbecis que gravitam em torno das televisões e a jornalistas blogueiros, pagos à linha para preencher papel. Cantigas de tanga, que só enganam os incautos. 


A tragicomédia da destruição do lixo tóxico Paulo Portas-Passos Coelho, adivinhava-se no horizonte temporal,pois se baseava na mentira repetida. Teve a grande virtude de despoletar, sem subterfúgios e  pela força da evidência, os raciocínios canhestros e o valor real de todos os agentes políticos que nos desmandam, destacar o significado do voto individual nas urnas das legislativas, colocar em polvorosa elites económicas em públicos manifestos, mostrar as instabilidade dos espiritos que julgavam já garantido o acesso ao pote público e o desespero ameaçador dos corruptos Marcos, Antónios e quejandos. À maioria da da gente recorrente dos partidos das Universidades de Verão e do Pulo do Lobo responde-se com cultura, firmeza e convicção de ideias respeitantes da delicadeza com que o ser humano deve ser tratado.

O povo português já tem dados suficientes para fazer julgamentos políticos. Cavaco Silva, grande responsável do imbróglio em que este país mergulhou e conhecedor do corrupto BPN e das suas gentes, desmereceu os votos de quem nele votou. O partido PS emaranhou-se em princípios ideológicos da era Blair que não são os seus e nos possíveis antros de corrupção que são as parcerias público-privadas. A suspeita de corrupção permitiu, com certas evidências sobre os seus dirigentes máximos atirá-lo para o fundo do poço. Os oportunistas Passos e Portas cavalgaram a onda de descontentamento generalizado e, apoiados num programa da troika-acéfalo e sem visão global do problema, afundaram o país num neo-liberalismo deliberado de desregulação da autoridade do estado, na falsa premissa de que o privado é que é bom, no acirrar do ódio ao funcionalismo público, nos cortes cegos do SNS, numa concepção pueril de empreendedorismo

Passos Coelho, seu protegido no Governo-pin na lapela, castigador além da troika, remete-se, agora, a uma atitude de cobardia sobre os actos do seu Governo e à espera dum qualquer golpe do destino que uma eventual queda do actual Governo Costa possa proporcionar. Passos Coelho, de intelecto curto, submeteu-se a uma Alemanha,prussiana e vingativa e a uma EU, sem linha dorsal. Esta EU permitiu, num comportamento canalha, a interferência do FMI. 


Para quem tinha dúvidas e acreditou num zé-ninguém, sem qualquer passado de trabalho digno desse nome, invocou sem mais a sua legitimidade de formar governo, baseado na tradição, sem lêr a constituição. É a velha tese da incompetência do dito cujo. A cena do seu coligado Paulo Portas é digno de registo nos anais de qualquer tablóide e só mostra o cinismo e o desprezo com que ostraciza os portugueses. A ânsia de poder do irrevogável.Devem ser-lhe apresentadas as contas e custos financeiros da sua irrevogável decisão. Cabe ao povo português varrer da cena políticos deste calibre, que nem pelo lançamento ao caixote do  lixo tóxico da história o povo se vê e verá livre tão cedo. Mundo do trabalho penalizado, mundo da corrupção e da negociata, impunes.

Há limites para tudo e para todas as patifarias desta dupla tóxica, mas a vida humana não pode ser questionada. Toda a estrutura responsável pela/s vida/s de São José devem ser levadas à barra dos tribunais. Desde Passos Coelho até Paulo Macedo, com todas as estruturas intermédias e seus agentes. Todos os Fernando Torquaz deste país se interrogam porque há dinheiro para BANIF falido, onde nem sequer falta uma papoila amada do PS, e não há dinheiro para salvar vidas num hospital público. Tudo sem conversa. Aguarda-se pela vigilância da Justiça Portuguesa, neste país à beira mar destruído. Rejeita todo o cidadão anónimo o conclusivo final: arquive-se.

Estes textos são necessariamente limitados e a profundidade da análise de temas tão variados requer análises de especialidade e de conhecimento de causa, dos problemas concretos. Não está ao alcance da área geográfica a que estes textos se destinam, mas para aqueles que originários da área de destino queiram aprofundar os assuntos remete-se para os sítios onde pode encontrar análises detalhadas. Cada caso(Grécia,Portugal,Irlanda,Espanha,Itátia) é um caso e requer, portanto, solução distinta. A Irlanda-cujo problema principal-residia no sector financeiro-fez ouvir a sua voz e,hoje, a sua dívida-após reestruturação do sector financeiro ronda os 109% PIB (2015), contra 120% - PIB de 2013. A Islândia optou por levar à barra dos tribunais os responsáveis pelo descalabro bancário. Julgados e alguns condenados. Em Portugal, terra de brandos costumes os responsáveis do BPN aguardam a morte da bezerra.
Evolução da dívida da Irlanda.

A dupla Passos-Portas vendeu a política de austeridade como a panaceia para a resolução de todos os males do país, esquecendo que o empreendedorismo não se realiza sem conhecimento científico e tecnológico e sem confiança no sector laboral. Destruiu empregos de forma sistemática, destruiu parte do sector produtivo do país, esbanjou dinheiro com o pagamento de subsídios de desemprego, lançou no desemprego e na incerteza centenas de milhar de pessoas, lançou a instabilidade e o caos nas vidas familiares e atribui subsídios de milhões ao sector de ensino privado. Ao cidadão normal pouco mais resta que o voto eleitoral, aliás facilmente adulterado. 

Os malabarismos de palavreado de Paulo Portas com os seus vistos Gold, geram corrupção mas não geram conhecimento. Sectores importantes da economia entregues a um malabarista, a um irrevogável que se guinda a vice-primeiro ministro pela chantagem a um Passos incompetente e que lhe entrega, de mão beijada, uma mão cheia de deputados-CDS, numa coligação tramposa e enganadora. 

Um Cavaco que valida um governo desta dupla, um presidente que olha com inveja para um crescimento de 6% da Irlanda, em  2015. Onde estão os conhecimentos de economia? Em nenhures. Os tempos não irão ser fáceis, mas esta dupla de vampiros sociais acabou em 2015. Os seus sequazes votaram num coelho em 2011, talvez tenham a ideia peregrina de votar num jumento em 2016. Este trio Cavaco-Passos Coelho-Portas deixa aos portugueses um rasto de mentiras e de facturas por pagar. Uma dívida que cresceu de 109% a 130% do PIB, em contraste com um decréscimo na Irlanda.

Os Fernando Torquaz deste país vêm neste trio a deselegância e a manipulação de comportamentos vis e canalhescos. Cavaco não se inibiu de lançar a intriga em esfera partidária que não é da sua competência (divisão em certos partidos) e a dupla tóxica de incitar ao ódio, à instabilidade política no país, sob a pretensa legitimidade de vitória eleitoral. Ainda o Coelho está para perceber o que lhe aconteceu. Pena é que a Justiça continue, impávida e serena no seu trono dourado. Reclamam os Fernandos Torquaz os desenvolvimentos da venda apressada de uma TAP e de outras processos obscenos. Querem saber de todas as facturas guardadas na gaveta até à falhada vitória eleitoral e que serão apresentadas invariavelmente ao povo português, em tempos próximos.

As do BANIF, BES, TAP e outras arquivadas na mentira da saída limpa do processo de ajuste já foram libertadas da gaveta, orquestrada conjuntamente com o pafioso Barroso. Como no meio de um combate letal não há alternativa ao cenário vida ou morte, também agora só resta lutar por um país justo e limpo dos corruptos infiltrados em todos os partidos ou ceder. 

Quanto ao Cavaco e afins, resta apenas esperar cerca de 25 dias para o desaparecimento político destas múmias e dinossauros. Passos Coelho já não passa de uma alma penada que circula pelos montes transmontanos onde ainda se ouve o seu ruído e quanto ao Portas, desaparece momentaneamente para parte incerta. Cristas, ex-ministra da agricultura, advogada com pretensão ao pote dos fundos europeus, perfila-se como miserável sucessora do cinismo de Portas. Ovo de ovíparo para desenvolvimento de nova serpente.

O povo português liberta-se deste trio jurássico. Que o espaço sideral os mantenha bem afastados do mundo terrestre por toda a eternidade. Cabe ao povo português libertar-se dos seus mensageiros. A começar pelas próximas eleições para as eleições presidenciais.

Por vezes os caminhos são longos e os percursos difíceis. O problema português não será resolvido enquanto o sector da Administração Pública não tiver autonomia. Independente dos partidos, eficiente e modernizada. Livre das Sociedades de Advogados, fazedores de leis por encomenda, e criadores de buracos na lei que lhes permita lucros chorudos, de retorno. Livre da gentalha dos assessores nomeados pelos Governos e pelos Paulo Portas. Livres e de vez recrutados numa Escola Superior de Administração Pública. As parcerias público-privadas serem tendencialmente eliminadas, com separação clara do sector público e privado. Os Relvas forçados ao estudo e ganhar a vida com uma profissão digna, com diplomas de seriedade, alcançados pelo esforço intelectual.

Acresce que os partidos não revelam grande importância ao desenvolvimento cultural dum povo, pois um povo inculto é mais fácil de domesticar. É uma vergonha ter a maior parte das aldeias sem meios de comunicação implantados como a Internet ou um pacote de canais TV de informação, de acesso livre. É conteúdo pornográfico ouvir das telefónicas a atribuição de centenas de milhões para os clubes de futebol. Afinal há dinheiro a rodos por aí, só não há para produção fabril e desenvolvimento industrial do país.Quem irá pagar a factura? Certamente, os de sempre, através dos contratos de prestação de serviços. Assim, vem o aumento dos contratos das telecomunicações em 2016.

As eleições presidenciais de 24 de Janeiro põem em confronto vários candidatos e perfis. A escolha, como sempre aqui tem sido defendido é do foro individual. Para quem tende para a redução da influência dos  bandos partidários na eleição presidencial, o leque de escolhas é fortemente reduzido.Que pode esperar-se dum candidato partidário, general romano marcelo, pregador semanal, manipulador e intriguista, gerador de cenários, mas perdedor em todos os combates políticos desde a liderança PSD à presidência da C. M. Lisboa? Movimento em águas estagnadas do conservadorismo e do status quo. Mergulho em águas turvas do Tejo.


Tempo de amores eternos

Os tempos são para decisões e para rompimentos deste estagnado mundo político. Bem prometeu P. Portas uma reforma do Estado, mas este propagandista de literatura de cordel não passou de umas simples folhas de texto sobre a reforma do estado, masque não passaram do papel. Interessam hoje homens que à partida inspiram confiança como: Sampaio da Nóvoa, Henrique Neto ou Paulo Morais. Todavia as probabilidades de vitória entre estas três candidaturas aponta para Sampaio da Nóvoa. 

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Em tempos de mudança anual de calendário e de festança rija com Baco à mistura, a lenda de lady Godiva recorda o aumento exagerado de impostos decretado pelo marido sobre os seus súbitos. Não conformada com o aumento, cumpriu a condição de exigência do marido de percorrer nua a cidade. A lenda foi registada na pintura.


Pintura de Lady Godiva (John Collier,1897).


Aos devaneios  derivados dos vinhos espirituosos responde a lei com penas de prisão, por simples piropos de ocasião. O marido de Lady Godiva mandou fechar todas as janelas da cidade para a sua passagem. Um houve que não cumpriu, e diz a lenda acabou cego. Todo o cidadão deve andar de olhos bem abertos para uma realidade que não será fácil. Na verdade, apenas a paulada de impostos está antecipadamente garantida para o ano bissexto 2016. E o adeus definitivo  ao Senhor Silva !




quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Boas festas de NATAL e ANO NOVO-2016.

Peter B.-O Velho