segunda-feira, 30 de março de 2020

[CORONAVÍRUS-19] -30 Março de 2020

A evolução da pandemia mostra-se cada vez mais severa,dia a dia e que  se prolongará por semanas indefinidas(fins de Maio?). Este texto procura responder, em termos simples, às exigências IMPERATIVAS (obrigatórias) de: confinamento e distância social, provavelmente por um período longo que será difícil suportar por famílias numerosas. A resiliência [aguentar, custe o que custar] é vital para superar colectivamente este desafio e, portanto, a única saída possível é a receita: confinamento e guardar distância social (~2 metro). Mais uma vez se recorre à apresentação de gráficos para uma melhor compreensão desta pandemia e do que se espera ainda venha a ocorrer.

Se o leitor quiser pode saltar o texto abaixo entre as duas linhas de asteriscos, por se tratar de mais uma dimensão da problemática política da Covid-19

*********************************************************************************

[NOTA] - {A situação dramática da COVID - 2 dos povos do Sul mediterrânico Itália-Espanha-Grécia-Portugal, desta vez acompanhados pela França, reclama uma solução europeia conjunta. Pela primeira vez, António Costa, questiona a Europa-perguntando para que serve a UE sem qualquer tipo de solidariedade perante vidas humanas ceifadas. A Itália impôs um ultimato para solução do problema. Depois da crise, muita coisa terá que mudar. Ficará tudo adiado para para mais tarde. Se os países do Norte, com a Holanda à cabeça- representada  pelos Snrs. Dijesselboem e Wopke Hoekstra, (líder informal dum conjunto de países nórdicos:Estónia,Finlândia,Lituânia e Holanda) na UE persistirem, fica garantida uma contenda dura e o futuro da UE questionada. Estes Snrs. sabem como foram financiadas as guerras e a Alemanha também sabe da poda. Ambos holandeses pertencem ao agrupamento político CDA, cristãos democratas coligados}.

Basicamente, se as despesas inerentes ao combate ao Covid-19 entrar nas despesas de cada estado é fácil adivinhar o que aí vem. Exige-se uma solução de decência, que não virá certamente dos Trump´s, Bolsanaros, Borie Johnson´s e quejandos. Estes devem ser tratados pelos seus povos e nações.

*********************************************************************************

Voltemos à questão que importa, por ora. A evolução temporal da pandemia pode ser consultada carregando aqui. [em 29.03.2020], com dados oficiais. Existem 3 casos confirmados (a esta data) para o concelho de Vimioso.

O andamento geral da curva, apoiada em modelos e tomando os dados oficiais, pode traduzir-se pelo comportamento esperado representado na Fig.1. O importante aqui, é prever em termos gerais o que nos espera.
Fig.1 -Curva de evolução (Ponto de inflexão)

A evolução da curva(a vermelho) representa o comportamento sem medidas tomadas. O tipo de andamento é do tipo exponencial, de crescimento rápido, e constitui o modelo básico para descrever o número de casos com Covid-19 confirmados, e apenas aplicável à fase inicial do surto. Uma análise fina requer modelos mais sofisticados e obviamente sob a alçada de peritos (epidemiologistas, matemáticos da área da estatística, cientistas), onde são levadas em linha de conta vários parâmetros para a a sua modelação.
Na Fig.1 representa-se o ponto de inflexão-ponto de divergência das várias curvas e que indica o ponto de transição da curva exponencial (sem medidas impostas) para um novo andamento para as curvas genéricas Curva 1, Curva 2, .... É tarefa dos matemáticos, de parceria com os médicos, fazer a análise dos dados oficiais indicados pela SNS e indicar qual a curva que mais se aproxima da realidade observada. Como se pode observar, o crescimento dos afectados continua sempre  a crescer e tendencialmente acaba num plateau , ou na linguagem da snra. Directora do SNS num planalto. Na verdade não se trata bem dum planalto, mas numa zona mais ou menos plana, e que já permite gerir, em termos numéricos, os afectados pelo vírus, de acordo com a gravidade da doença.
Este planalto está representado abaixo da posição onde se encontra escrito :Curva 1, ou curva 2,...
A lógica obedece ao critério de uma distribuição tal que os casos de mais gravidade vão ser assistidos nas UCI-Unidades de Cuidados intensivos e à gestão hospitalar compete regular as entradas e saídas destas unidades. Os casos, supostos menos graves , terão tratamento domiciliário, transitando eventualmente para os hospitais de campanha, e eventualmente para as U.C.I.

O controlo, no campo do terreno prático, é susceptível de críticas e há algumas que são óbvias para todo o cidadão. A falta de equipamento básico primário para os profissionais de saúde é manifesta. A impreparação para este surto também é objecto de discussão, a começar pela determinação da origem da epidemia e das medidas [Ver Fig.1]. Porém de acordo com o que vai pelo mundo, este governo tem tomado as medidas certas, em tempo mais ou menos oportuno, e vai procurando obter o equipamento médico indispensável (ventiladores, kits de teste, ...). Comparado com as decisões de outros governos estrangeiros, o governo tomou medidas, com pensamento e acção clara e decidida [Recorde-se o caso inglês, para não falar de outros].

Esta crise permite ver claramente a natureza dos poderes políticos e da própria natureza do poder. Exige-se, creio eu, uma frente unida interna e uma frente unida externa [caso dos holandeses]. Com uma vaga esperança de que a UE tenha uma resposta digna, ou se não estiver à altura , várias crises se sucederão na Europa, com consequências imprevisíveis.

O tempo é de resistência, com uma união firme entre todos os portugueses e as medidas governamentais. Se a UE não der uma resposta à altura, não resta dúvida alguma que economicamente o país irá passar por uma austeridade, de cariz novo, e muito superior à crise anterior.

Protejam-se, relembrando que a melhor solução é: Confinamento e distância social. Numa área geográfica onde as telecomunicações  são praticamente inexistentes (Não existência Internet, telefones móveis, não cobertura de TV - embora haja montes e energia eléctrica), resta às populações seguir as directivas das entidades administrativas e Delegação de Saúde, que não duvido porão toda a sua energia para a resolução dos casos que eventualmente surgirão e a bem das suas populações.
 E boa sorte para todos!

[Para quem desejar aprofundar  os últimos acontecimentos sobre Covid-19, podem consultar  o artigo "Imperial College COVID-19  Response Team (em inglês-35pgs)", clicando aqui. A partir deste site pode,se assim o desejar, fazer o "download Report 13]

sexta-feira, 20 de março de 2020


CORONAVÍRUS - Covid-19

19.03.2020



Os leitores devem seguir informação séria e não aderir a todo e qualquer informação da Internet.
Sugere-se aos leitores um artigo publicado no Público de 10.03.2020 e que expõe toda a problemática do vírus, de um ponto de vista da evolução da doença e ainda o sítio do responsável por toda a informação do Covid-19 em Espanha - Dr. Fernando Simón Soria.

Se desejar,  [Clique nas hiperligações abaixo]

1. Artigo_ Público de 10.03.2020
https://www.publico.pt/2020/03/10/sociedade/perguntaserespostas/novo-coronavirus-factos-respostas-previsoes-1906959

2. INFORMAÇÃO_Coronavirus - Covid-19 * Espanha [Actualização permanente]

https://www.mscbs.gob.es/profesionales/saludPublica/ccayes/home.htm

Director do Centro:Fernando Simón Soria 

Doutor epidemiologista espanhol


************************************************************


EVOLUÇÃO 

Na sequência do texto anterior, tentou-se explicar a resposta do SNS , de modo a evitar o regime caótico caso a progressão da doença não seja travada. As medidas recentes do Governo e o decreto do PR do estado de emergência visam precisamente esse mesmo objectivo. Esta medidas fundamentam-se nas previsões da evolução da doença (com dados não necessariamente conhecidos do público).  De forma simplificada, uma pessoa contaminada com o vírus propaga o vírus a seres semelhantes, tendo como resultado um crescimento exponencial na propagação inicial do surto. Ora, este processo do conhecimento dos casos confirmados depende de um rigoroso cálculo estatístico [sendo necessário conhecer pelas Instituição dedicadas ] os casos confirmados ao longo do tempo.
Fig.1 - Representação da propagação do vírus


Para quebrar a sua progressão, o método consiste no isolamento, sendo o melhor método de resolução do problema. O governo optou por manter viva a actividade económica básica para salvaguarda do colapso da própria sociedade [falta de alimentos, remédios, abastecimento água, ..., serviços essenciais]. Aqui reside um potencial risco de progressão continuada, embora a progressão caia substancialmente. São decisões não radicais, de compromisso e equilíbrio, mas calculadas.

Toda a medida é susceptível de crítica, mas o tempo é de acção e não de discussão de medidas [mas que obviamente será necessário discutir futuramente. Relembrar que o ISOLAMENTO e distância social é o melhor método para quebrar a propagação do vírus. A imprensa e os media tratam, abundantemente do assunto [Dados:Hospital Americano (Jersey)].
Fig.2 - Cenários para controlo da crise da epidemia actual

Em Inglaterra,por exemplo, tendo-se menosprezado inicialmente um combate vigoroso, acabam de decidir encerrar todas as escolas indefinidamente e cancelar os exames [atingindo 8 milhões de alunos ]. Admite-se, agora, que houve uma evolução mais rápida que o previsto.

 Os números acumulados até 18.03.2020, estão representados  na Fig.3.
Fig.3 - Evolução de casos fatais (países mais atingidos


A Itália supera já o número de vidas perdidas a nível mundial, apesar de uma população muito inferior à China. E a Itália não é um país qualquer.Faz parte dos países mais industrializados do mundo.
Espera-se que em Portugal, a evolução seja mais ou menos benigna. Cada qual deve respeitar o direito de cidadania que Portugal lhe concede e facilitar a vida das Organizações( SNS, ...) e de todas as equipas no terreno que procuram defender-nos, em processos que não são nada fáceis.
Fig.4- China-evolução e controlo (Curva actual)

Os números do SNS apontam para o regime do crescimento, tipo exponencial e provavelmente durante as próximas semanas será esse o panorama. Espera-se que depois o crescimento atinja  um patamar, a partir do qual a epidemia começará a descer. Na Fig.4 , a curva a azul representa o crescimento observado, atinge
 um patamar, a partir do qual se espera uma lenta descida.

A unidade política portuguesa, frente à crise do coronavírus, deve manter-se em todas as formas, como geralmente tem sido verificada, em geral. Todavia, esta união é quebrada quando se desce ao concreto. O Paulinho das feiras, a pretexto da informação sobre o tema (TVI), já vociferou, falou em laxismo governamental, o líder populista já colecciona ataques futuros (em gavetas de ocasião) e o parlamentário Telmo amplifica os ecos. O eventual laxismo de que esta gente fala deve ser esclarecida mais tarde. Pobre sinfonia. Calem-se as trombetas e siga-se, sem comentários, as directivas e as informações governamentais. Não faltará tempo para novos combates  quando esta crise passar. Espera-se que nada fique na mesma.  A esta crise sanitária, irá seguir-se a crise económica. Por enquanto, é necessário esperar o pior, que ainda não chegou. E, por ora, é tempo de união, e ainda não é chegado o tempo dos politiqueiros de ocasião. Escute-se a ciência e a medicina (matemáticos,epidemiologistas, laboratórios, ... ) e que todas as forças sejam dirigidas para o combate de todos pela erradicação do vírus. 

Mantenha-se informado e consulte o sítio criado pelo governo [Clique aqui ]. E enquanto a vacina não chega, cumprir ISOLAMENTO e Distância social. Boa sorte.

sábado, 14 de março de 2020

A Pandemia Covid -19

A origem da Pandemia: Covid - 19

A história das pandemias é longa.  A resposta médica  imediata para  a cura da pandemia Covid - 19 não existe, embora hoje se esteja muito melhor apetrechado para enfrentar problemas passados, semelhantes. Este texto pretende explicar, em termos simples, os acontecimentos que se vão desenrolando a uma cadência vertiginosa. Os objectivos são claros:

A -  Aguardar com serenidade a evolução da epidemia. [Nada de entrar em pânico e, em caso de sintomas (febre alta, tosse seca, dificuldades respiratórias...entre outros, consultar o médico]. Trata-se de mais uma situação de aperto da Humanidade ao longo dos tempos [Peste negra (1346-1353), Pneumónica (1918), SARS (2003), Zica (2015), Ébola ( surtos 2013,4)]. 

B - Seguir à risca as RECOMENDAÇÕES do Serviço Nacional de Saúde (OMS), Protecção Civil e directivas governamentais.

O que é o coronavírus? Trata-se de um vírus modificado, muito agressivo e que pode infectar

Fig.1 - Coronavirus*Covid-19

causando doenças respiratórias sérias desde uma simples constipação comum até lesões dos pulmões, pneumonias e danificação de outros orgãos vitais [Figado, rins]. Este vírus é conhecido por SARS-Cov-2 e a doença que provoca : Covid-19. Atinge quer animais quer o ser humano. O mecanismo de transmissão não é totalmente conhecido. Admite-se que seja um vector animal (morcego é um possível candidato) que resistente ao vírus possa, todavia transmiti-lo a outros animais, que por sua vez entra na cadeia humana.


O grau de severidade da doença pode ir da moderada a extrema. Nos casos extremos é letal.
Um relatório conjunto foi apresentado pela Organização Mundial de Saúde - WHO, com a participação de vários peritos internacionais e onde se explica a problemática da Covid-19. [Clique aqui para este documento (em inglês), referência que poderá interessar aos profissionais da Saúde].

Comecemos, então, por analisar a curva (Fig.2) proposta como base de trabalho para controlo da pandemia.  Foi citado no relatório da WHO (World Health Organization) definindo em traços gerais uma estratégia possível para solução do problema e que vem sendo seguida pelas organizações de saúde pública  em diferentes países.

A linha a tracejado "  ---- "representa  o nível de resposta do serviço Nacional de Saúde, fronteira entre dois regimes :

REGIME 1 :Pandemia caótica, descoordenada e sem controlo por falha abrupta dos factores de controlo e de suporte.

REGIME 2 : Pandemia, diluída no tempo, com origem no primeiro caso surgido (em cada país, ou região), mas agora com resposta capaz dos meios existentes no país (em termos humanos, materiais, económicos e todos os outros factores associados).

As medidas governamentais são, por ora de carácter preventivo, cujo objectivo é evitar o regime 1 (incontrolável) e lidar com a pandemia, de modo mais ou menos controlado e por fases sucessivas. Toda a Humanidade está em risco e o esforço para a debelar é de natureza global. O cidadão também está envolvido, devendo expurgar-se de toda e qualquer afinidade com qualquer ideologia, filosofia ou pensamento político, para a superação deste combate: vida ou morte.  No lado direito do gráfico, se enquadram as recentes medidas legislativas, supostamente ajustadas à situação actual: fecho de escolas, introdução do tele-trabalho, direitos laborais e empresariais, pacotes económico-financeiros e uma lista infindável de medidas (tomadas ou a tomar, de futuro).  

De modo optimista, espera-se que o Regime 1 não venha a ser atingido e a fatalidade individual não venha bater à porta. Quanto ao Regime 2, numa óptica realista, dificuldades vão surgir e espera-se que os fundamentalismos ideológicos dos partidos não contribuam para aumentar a ansiedade e natural receio da população. Após a crise internacional de 2008, acrescida de erros internos, levou os portugueses a uma austeridade extrema. Convém rezar a todos os santinhos, para que nova austeridade redobrada nos não bata à porta. Daí a sugestão da seguida à risca das  recomendações (Objectivo B).

Fig.2 - Controlo possível da Covid -19

Os politiqueiros de ocasião continuarão a especular e inventar novas teorias da conspiração. 
Para fugir aos do burgo e colocar a vida do ser humano em primeiro lugar, os Trumps, Bolsonaros e afins devem subordinar-se à ciência médica e conhecimentos científicos, embora se saiba de antemão que a ciência médica não dá respostas com carácter absoluto. Existem muitas interrogações, dúvidas e incertezas sobre a Covid-19. Não desenvolveremos  uma análise detalhada (por despropósito do fim em vista), mas tão somente indicar que, mesmo com tanta incerteza, os êxitos da Medicina não se medem com a bitola desta casta de políticos, por mero palpite.


As medidas tomadas pelo Governo Português são semelhantes às de outros países europeus.Têm em comum, a particularidade de enfrentar uma situação nova, com um vírus potencialmente letal. A Itália está a ser fustigada em força pela Covid-19, criando páginas de Internet para o efeito [Clique aqui ]. 

Para não tornar este texto demasiado pesado [em contexto de crise global], existe um paralelo com a pandemia pneumónica  de 1918, uma das mais mortíferas. Estima-se que o número de mortos tenha atingido, à escala global, entre 50 e 100 milhões de vidas humanas. 

Poderá perguntar-se, qual a diferença entre a actual e a pneumónica?

O receio e o temor é, ou pode ser semelhante.Todavia, existe uma diferença fundamental. Durante a pandemia pneumónica sabia-se, em clima da Grande Guerra que existia um vírus, de grande agressividade mas não era possível observá-lo por limitações da ciência. A gripe viria a tomar o nome de Gripe Espanhola (nome desprestigiante para Espanha) pelo facto da Espanha ser um país neutral e os outros países  estarem subordinados a censuras  militares várias. Foi tão terrível, que provocou ondas  de receio e pavor por gerações. Esta espada letal escolhia preferencialmente gente jovem: 20-30-40 anos. Contrariamente à actual que parece  seleccionar os mais debilitados fisicamente e poupar os mais jovens.

O receio e temor é hoje espalhado pelos meios jornalísticos, meios sociais e fazedores de opinião. Depende de cada um dar-lhes ou não aceitação e separar, com olhos críticos, o trigo do jóio [Vêr acima, REGIME-2] . 

A política nacionalista de Trump com os seus muros e entrada selectiva no país não impediu a entrada do vírus nos Estados Unidos. A ala liberal americana, contra tudo o que cheire a regulamentos e limitações, acaba mendigando às mãos dos Estados. Embora, esta atmosfera pesada : fecho de escolas,  máscaras, corrida aos supermercados e fuga aos locais públicos e de reuniões exista - a realidade médica [com deficiências e insuficiências] é totalmente distinta. Durante a pneumónica, não existia a possibilidade de quarentena. Hoje, existe. 

O perigo potencial, reside no facto do mundo ser global: interconexão de países, indústria partilhada, viajantes intercontinentais. Toda esta problemática global, de facto também existe. A pneumónica terminou em 1919. A incerteza associada à determinação do pico da crise  Covid -19 e a produção de uma vacina eficaz constituem fontes de inquietação.

Hoje, a ciência médica está muito mais avançada, e em tempo record, é possível observar o vírus (microscopia electrónica), representá-lo estruturalmente e conhecer o seu genoma. Até que as ciências farmacêuticas consigam fabricar uma vacina eficaz contra o coronavirus. 

Até agora são combatidos por drogas existentes no mercado, contra vírus da mesma estirpe. Espera-se que possa surgir dentro de  cinco meses a dois anos. Tudo dentro duma grande incerteza. É a incerteza do tempo de produção em tempo útil que envolve a economia. Quantidades de dinheiro colossais terão que ser investidos para a sua produção. Existe o risco de se criar uma vacina, sem que todavia entre no mercado e possa ser vendida, pois a doença pode acabar por extinguir-se por si mesma.

Resta uma fundamentada esperança desta crise pandemica ser resolvida em tempo curto. Os rumores e palpites sem fundamento não têm razão de existir. Até os Trumps, Bolsonaros e afins já perceberam que podem ser atingidos. Às piadas jocosas do Snr. Trump e do aprendiz Bolsonaro , contrapõe a imprensa séria a imagem destes figurantes a cerca de 1/2 m dum índividuo da corte, testado já positivamente com o teste Covid-19. Trump, na sua arrogância de negação da ciência, assiste agora à entrada em força do vírus onde as mortes já não são despiciendas. Forçado a negociar com os Democratas, assina um pacote de emergência de  50 mil milhões de dólares, que inclui um kit de teste gratuito para os que não têm seguro. Outros estão já em perspectiva. A Apple fecha as suas lojas em todo o mundo durante 2 semanas (excepto China -já fechadas durante 2 meses) e o Pentágono fecha as portas a visitantes para conter a propagação do vírus.

A Administração Trump, no início da pandemia, aconselhava nos tweet's : "abra as janelas e não partilhe alimentos" a fim de manter  casas, negócios e actividades fora da pandemia.  Na sua retórica atira as suas responsabilidade para a anterior administração Obama. Os seus seguidores tudo lhe perdoam. E assim, o mundo constituído por seres humanos fica dependente  do todo poderoso Trump. Ataca a China como responsável da origem do vírus. A China riposta com o culto do todo poderoso ignorante. Histórias já antigas de vírus militares vêm de novo à superfície. Mistura de verdade e ficção. O ser humano quer e reclama acção médica e não retóricas de ideologias e seitas partidárias. Os que ontem cortavam a direito, com o fundamento da austeridade, são os mesmos que hoje mandam bitaites na Assembleia da República, clamando por mais camas, mais equipamento médico, mais e mais brinquedos de medicina. Sabem, mas não reconhecem o circo político que montaram. O cidadão saberá nesta crise concluir sobre as teses liberais dos insignificantes parlamentares e dos Venturas populistas.

Para terminar, convirá lembrar que vai seguir-se um período económico deveras duro. Pior que o de 2009. A juntar à austeridade remanescente e à dívida pública actual, vai adicionar-se esta crise pandémica que é também económica. A consciência da UE que, de certa maneira não protegeu o cidadão português da austeridade extrema a que foi forçado, vê-se agora também forçada a admitir que a Europa não é capaz de produzir máscaras em número adequado para esta crise. Os países ricos podem até comprá-las à China, se esta as disponibilizar. Os sortudos do sistema, que não eu nem tu leitor, dispõem dos seus aviões privados para se refugiar numa qualquer ilha da distante Nova Zelândia. 

Dado que este texto, apesar de certa ansiedade que possa provocar,  pretende tão somente indicar as causas desta epidemia e tomá-la pelo aspecto positivo, na esperança que tudo acabe em bem. Nada melhor para descontrair que ver o video [ Carregue aqui ] onde o pequeno e decidido Simón  se recusa a ir à escola. Acaba por descobrir, já dentro da escola, uma mão amiga que o ajuda a vencer a incerteza.













80,000
80,785
China
60,000
Almost 90% of global coronavirus cases are in four countries
40,000
16,966
All other countries
20,000
12,462 Italy
9,000 Iran
7,755 S Korea
0
22 Jan
26
1 Feb
5
10
15
20
25
1 March
5
10