segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A ronda da noite . . .



A RONDA DA NOITE ...
Captura do ladrão da esperança...

A ronda da noite, célebre quadro flamengo, materializa os grandes feitos artísticos de Rembrandt e, simultaneamente, dá origem à derrocada financeira e degradação social do artista.


A ronda da noite

Pode ver-se em video, clicando aqui , uma reconstituição do ambiente medieval deste quadro (1642), com figurantes reais , vestidos a preceito, num centro comercial holandês actual. Os passeantes do Centro Comercial foram apanhados de surpresa, ficando atónitos com o desenvolvimento das várias cenas, mas culminando em apoteose e aplauso geral.
A interpretação do quadro é polémica, sendo referidos dois contextos plausíveis.O pintor teria tido conhecimento dum assassínio e representou pictoricamente no quadro os seus responsáveis. Uma segunda versão, aponta para uma encomenda da burguesia local do quadro, com cotização igual pelos requerentes. Alguns, desconsiderados e relegados para segundo plano do quadro não teriam aceitado tal facto. O pintor atingido na sua reputação pessoal e familiar, acabaria na miséria.
 Ascensão e queda.Trajectória dum génio da pintura!

De Freixo de Espada à Cinta, a mesma cena é descrita em prosa desta forma:


Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. (...)



Guerra Junqueiro (1850-1923)
a burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País. 

A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas. 
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.

Eis como alguns vêem a radiografia actual do país:

Versão-1:

"Embora não tenha partido verifica-se que ainda existe muita gente com orgulho no BPN, BPP, SLN, da Tecnoforma, dos desvios dos fundos comunitários, nos swap´s, nos empossados das " PPP's ", nos submarinos e em campanhas fraudulentas como na destruição do Pais,escravização do povo. Por outro lado as ruas vão se enchendo de satisfeitos idolatrando os políticos do pote sempre que aparecem. Parece que afinal o crime compensa .Talvez a oposição deveria passar mais vezes em Cabo Verde ou tentar a tal formação para reconhecer melhor as vacas que riem enquanto o povo foge, ou ainda arranjar um emprego de pseudo-comentador de jornais online em campanhas fraudulentas e de desinformação execrável a favor do Governo, de ladrões. Disse".

Versão-2

"São mesmo muito incompetentes e aldrabões, o FMI já reconheceu que a austeridade falhou, e qualquer um que tenha 2 neurónios percebe isso.

Mas o Governo ainda foi para além da Troika, com Passos a evidenciar isso, e a afirmar imensas vezes que não precisávamos de mais dinheiro, nem mais tempo.

E agora criticam o FMI por ser incoerente, quando o Governo até usou mais austeridade do que a imposta pela Troika, e tudo em vão.

Porque os falhanços são tantos que isto vai de mal a pior todos os dias.

Basta isto, a dívida pública em pouco mais de 2 anos já passou de 98%, para mais de 130% do PIB, e continua a aumentar.

""Seguro acusa Passos de faltar à palavra sobre cortes nas reformas"

Se só fosse sobre isso!

Mas existe muito mais:

Promessas de Passos de entre muitas outras, que fez aos eleitores, e uma vez no Governo está a fazer tudo, mas mesmo tudo ao contrário.

-Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos."

"Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos."

"Queremos transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o Estado."

"Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português."

"A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento."

"O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: ………««a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento»»."


Versão 3 - Factos apontados por Simon Nixon (BBC)

ArtigoNixon_Completo]


Now that the German elections are over, the euro zone needs to get back to crisis fighting. And top of the list of urgent problems is what to do about Portugal.
Uniquely among crisis countries, Portugal has seen no benefit from improving sentiment toward the euro zone. Despite second-quarter growth in gross domestic product of 1.1%—the strongest in the currency bloc—Portuguese 10-year government bond yields have soared well above 7% from 5.23% in May. Last week Lisbon was warned by Standard & Poor's that its credit rating faced a possible downgrade. Before the summer, Portugal was able to issue five- and 10-year bonds. Now it is shut out of markets again
...
But is the Portuguese political establishment capable of rising to these challenges? Mr. Portas's self-serving antics this summer may have secured him promotion to deputy prime minister, but only at massive cost to Portugal's credibility. The Socialist Party incites populist opposition to policies it must know it will have to adopt in government. The Constitutional Court's egregious rulings suggest it is more interested in protecting civil-service privileges than exercising responsibility to the wider economy or fairness toward younger generations.
The risk is that the crisis is causing Portugal's elites retreat to familiar comfort zones just when they need to be embracing radical change. Viewed this way, the multidimensional chess game is the least of Portugal's problems. No doubt a way will be found to finesse the immediate financing challenge, most likely involving some official-sector debt rescheduling and a precautionary credit line. But that will only buy Portugal some more time. The question is, for what?


Fernando Torquaz, liberto de jugos partidários, migrante com pátria, observa a incapacidade da junção de duas metades históricas de Angueira em prol da defesa duma terra comum. Os PSD sonham com glórias passadas, submetem-se a uma posição ressabiada de um aldrabão Relvas e de um falsário de esperanças perdidas. E Roma não paga a traidores... A outra metade PS,corroída por interesses mesquinhos não pretende levantar-se do tacho oscilante entre o rapa, tira, deixa e põe. Escravos de si mesmos. Enquanto, os angueirenses votarem em listas previamente ajustadas por politiqueiros locais, cinicos e intriguistas, o valor do voto estará sempre blindado e a degradação continuada será o caminho fatal. Assim se chegou à situação de aldeia mais degradada/ou das mais degradadas do concelho.Qual caixa de luta fracticida de dois grilos espanhóis dentro do mesmo recinto. Acabarão ambos destruídos, sem rumo, nem destino.
A conclusão é simples: As eleições autárquicas (embora objectivamente distintas das legislativas) são conduzidas e orientadas pelos mesmos jotas PSD, garotalhos empertigados (P.Coelhos, M. Antónios e seus duplicados) e,portanto, fazem parte de uma única liderança,acéfala,incompetente, cruel para o mundo do trabalho,destruidora responsável do país (BBC confirma, S & P reafirma).
A sentença do regresso aos mercados de Victor Gaspar - grande impulsionador de uma austeridade severa, ocorreria em data previamente anunciada: 23 de Setembro de 2013. Estratégia errada. V. Gaspar Fugido fugiu para parte incerta!
Factos observados:  Juros O.T. a 10 anos superiores a 7%, dívida acrescida para os 130%. Falhanço total. Incompetência provada dum P. Coelho, qual mostrengo de antanho, e da sua suicidária política do além troika.O P.M. oscila entre a incompetência e a teimosia. Deve haver alguém dentro do PSD que lhe explique que o verdadeiro problema não consiste na falsidade da afirmação da "vivência dos portugueses acima das suas posses". Alguns,de facto viveram, e foram enquadrados nas listas BPN, offshores,administradores Swapp, carros de combate, submarinos,jotistas sem lei e tutti quanti.
Portugal está mergulhado numa guerra económica global, onde a apropriação dos recursos financeiros radica na  manipulação dos mercados. Os instrumentos da pilhagem são liderados pelos grandes bancos internacionais, onde as bolhas imobiliárias e as crises da dívida pública têm a sua origem. Estas dívidas públicas passaram da banca responsável para o cidadão comum. Este paga uma dívida que não contraiu e pela qual não é responsável de todo. Mas P. Coelho cumpre, para além da troika, as normas exigidas. Veja-se a propósito o livro " Como o Capitalismo acabou com a classe média" de Santiago Camacho. Apontar as culpas para a "vivência do cidadão acima das suas posses", revela a insuficiência de Passos como P.M. O afastamento cínico do poder do PS, no ínicio do seu catrastófico mandato, só revela a impreparação para tamanha responsabilidade política. O P.M. libertou o PS da sua obrigação de corresponsabilização fundamentada, e não se esqueça, com o conluio de um PR monocolor.  O povo encontra-se cercado por credores e baixa política. "Em linguagem de Guerra Junqueiro, ...,transformado em burro de carga, besta de nora...". 


Em conclusão : O voto, esse, poderá nada significar, mas ao menos que contenha " um mostrar de dentes e a energia de um coice", e ao menos o ladrão da esperança não passe de um mero meliante de bairro suburbano!




terça-feira, 10 de setembro de 2013

Condenação antecipada

Condenação antecipada 

do Reinado do inapto Coelho...


A rota da destruição programada da dupla Passos Coelho-Relvas para muitas freguesias vai ter o seu epílogo, a 29 de Setembro de 2013. A incompetência política destes dois perigosos imbecis, vai materializar-se num sacrifício desnecessário sobre as populações mais fracas e indefesas. A degradação do valor intrínseco  de vários elementos da Junta, em anos recentes,  conduziu ao colapso actual e ao posicionamento relativo  entre aldeias no concelho. Todas as aldeias,todavia, perderam para a toda poderosa freguesia de Vimioso, tendo como último exemplo a inauguração das Termas de Vimioso (custos da ordem de dois milhões de euros, da C. M. V.). O poder autárquico local reflecte, com clareza, esses interesses, não deixando o seu posicionamento face ao poder central senão a leitura de dóceis serventes do poder central. O poder não foi exercido com equidade, e portanto, é tempo de mudança. Os poderes locais seguem o seu rumo: o PSD segue a política de subserviência continuada a um líder inócuo, o tal da afirmação " que se lixem as eleições". Mentiroso, aí está de novo. Esconde pelo  silêncio as medidas de austeridade extremas que se seguirão sobre os mesmos (Reformados e funcionários públicos), escamoteando os erros colossais dum político incapaz (dívida pública atingiu 131% neste 1º. Semestre de 2013) e que nunca deveria ter ocupado o lugar de PM. Os portugueses, têm que escolher o que querem.
A junção da freguesia de Angueira e de Caçartelhos não traduz qualquer poupança financeira, e foi um capricho do aldrabão Relvas, o da licenciatura à la minute.Quem paga são os habitantes mais carenciados, via sacrifício pessoal e acompanhada de despesas (transporte) inúteis. E não vai ser tarefa fácil, a gestão conjunta.
Quanto ao PS, torna-se óbvia a observação do lança mão da concelhia a um candidato oriundo de presidência de Junta com três mandatos completos. Ao que parece fala francês, quiçá membro do PS francês, admirador dos códigos bairrista de Santulhão e putativo admirador dos Vimiosenses. Quais?  Ora se o N. Crato defende exame de aptidão de professores para exercer a profissão,qual a razão que impede os professores de reclamarem prova similar a políticos de profissão. Ter-se-ia provado, com as necessárias ilações, que Passos Coelho talvez nem conseguisse sequer ser vereador de Câmara, enquanto candidato derrotado à Amadora. Desembarcou directamente em P.M. agora subalterno do CDS, com apenas 8% de votos expressos nas urnas. Na sua versão mais simplista, é a escolha entre "o filho da mãe (literal - sem ofensa)" e " o filho de mãe". O "da" e o "de" significa,apenas, ida ao pote dos dinheiros públicos. Vivam os Menezes e Seabras! Vivam os políticos de elite deste país! Chame-se o Tribunal Constitucional como bombeiro de recurso! Ouça-se o doce chilrear dos M. Mentes! Uma comédia, digna de levar a cena. Varrelas profundas exigem-se. O poder genuíno reside no acto consciente do voto individual.

Feito este preâmbulo, apesar de tudo polido e cordato, veja-se as causas profundas do estado actual desta pequena parcela do território nacional. A questão do despovoamento deste território e das condições materiais de vida não pode, sem dúvida, ser atribuído às populações locais e o seu desenvolvimento está, por natureza, limitado aos seus escassos recursos, económicos, financeiros e culturais ou matérias primas. A exploração dos seus recursos, quando existem não deixam aí as suas mais valias (Recursos hídricos, mineiros ou ambientais). A agricultura de subsistência tem sido a base da sustentação deste depauperado território. Difícil se torna  perceber a submissão ao mandante Passos, à renúncia a posição autónoma, à falta de coesão política  na defesa dos interesses próprios da região geográfica (Vimioso global).

Afastemo-nos do pantanal actual, e procure-se analizar as causas profundas do subdesenvolvimento desta região. Apresenta-se nos Graficos 1 o recenceamento de 1878 por aldeia  e no Graf.2, a literacia dos habitantes de Algoso, Angueira e Caçarelhos.
A mesma informação pode observar-se nas figuras seguintes (Fig 3,4,5)
Os gráficos nrs 3,4 e 5 permitem concluir que Angueira ocupa o lugar mais baixo das competências de leitura, quando comparada com Algoso e Caçarelhos. Considerando, apenas os homens que não sabem ler nem escrever a progressão é a seguinte : 88% (Ang); 75% (Algº) e 44.15% (Cac.). Quando se trata de mulheres, a progressão é ainda mais pesada: 99% (Ang); 95% (Algº) e 97% (Cac.). 
No que a Angueira respeita, pode observar-se nos graficos 6 e 7, que a mortalidade infantil era muito elevada (em torno dos 6-10 anos de idade) e um forte decrescimo da população masculina (em torno dos 21 anos) correspondente, provavelmente, à prestação do serviço militar.
Os gráficos revelam várias  características que, devido ao espaço electrónico, não serão aqui indicados.A conclusão que advém da leitura dos factos apresentados, é a de que a população à data de 1878  era em grande maioria analfabeta, e a escrita e leitura andava essencialmente associada aos homens. Como sempre, os números dos inquéritos pode não traduzir correctamente a situação descrita. 
Caçarelhos aproveitou da existência de Párocos dinâmicos [Abade Jerónimo Morais Castro (1773) e seu sucessor] e de mestre(s) escola que contribuiram, certamente, para uma população mais letrada em termos relativos, como o inquérito de 1886 viria demonstrar. A literacia em Angueira, iria alterar-se profundamente no início do Séc. XX (1902), com a presença continuada de uma Professora do Magistério Primário, sobrinha de um ilustre filósofo de Rio Frio (Ferreira Deusdado), defensor acérrimo do Magistério Primário nos seus vários escritos. Refere-se, de passagem, ter sido o autor de um compêndio de Geografia, onde foi apresentado pela primeira vez um mapa a cores. Dada a respeitabilidade dos escritos deste filósofo e da projecção internacional conseguida na área do regime penitenciário, voltaremos um dia destes a um exame detalhado da sua obra. Na mesma época, foi nomeada uma professora oficial para Caçarelhos.
Então, os habitantes de Angueira  gozaram do benefício da existência do Ensino Primário na aldeia, embora a penetração da ideia da exigência de cultura  tenha sido muito lenta e resistiva. Preponderava a ideia do trabalho braçal sobre o intelectual e é, segundo a nossa opinião, a causa profunda da situação actual. Dada a maior capacidade económica de algumas famílias de Caçarelhos (família Raposo, por exemplo), o acesso a cultura mais evoluida, viria a ocupar lugares de destaque em Coimbra na área da Medicina. A 2ª geração de Angueira (com nascimentos em torno das décadas de 20 e 30) iria produzir algumas professoras primárias e alguns licenciados. Apenas a 3ª geração (nascido por volta do pico  de 1950 de população máxima) viria a voltar-se para a faceta da instrução com o aparecimento de uma população estudantil mais numerosa e que, posteriormente, iria ocupar a magistratura do ensino primário (maioria), ocupar lugares na Administração Pública e licenciados que na sua actividade ocuparam vários ramos do saber (economia, direito, engenharias, ciências exactas).  A abertura proporcionada pelo desenvolvimento tecnológico do país (fins dos anos 60 e décadas de 70 e 80) veio permitir a alguns naturais de Angueira  ter acesso a alguns lugares, até então proibidos à generalidade da população tipicamente rural. Sem entrar em detalhes,  os nascidos em Caçarelhos (em décadas equivalentes) teriam seguido um processo similar. É um lugar comum referir que o processo desenvolvimentista do país de 60 levou alguns a imigração interna, e que hoje procura fazer convívios regulares nas grandes cidades. A emigração externa (Brasil, Venezuela, colónias) teve lugar no início dos anos 50 e na década de 60 a emigração maciça para a Europa (maioritariamente para França e Alemanha). A vida não foi fácil para ninguém, quer para  imigrantes quer para emigrantes, todos dando um contributo importante ao país, quer no exercício de actividades no interior do país quer na remessa de emigrantes.
Os gráficos indicados para Angueira  mostram claramente o decréscimo acentuado da população. Não se apresenta a evolução da população de Caçarelhos, embora, a priori, o decréscimo seja similar. As considerações apresentadas sobre o tema poderão vêr-se na mensagem de 25 de Maio de 2011 (deste mesmo blog: Angueira-2)

O retrato populacional actual entronca nos mesmos movimentos migratórios e consequente abandono do espaço de natalidade. Os descendentes dos emigrantes não regressaram a uma pátria madastra, os filhos dos licenciados continuam maioritariamente licenciados (e sem retorno) e apenas uma população residual continua no seu ambiente natural (aldeia). A agressão continuada à agricultura  leva a um decréscimo da população, envelhecendo sem regeneração. Repete-se um gráfico para Angueira, previamente apresentado em texto anterior. Caçarelhos apresenta um decréscimo demográfico similar, e portanto, a médio prazo a extinção da freguesia(singular/ou junção) é fatal como o destino. A divisão administrativa das freguesias de Vimioso assenta em pressupostos erróneos, e já se defendeu, que todas as freguesias deveriam estar sob a jurisdição directa de Vimioso, priveligiar a situação radial, em vez da concêntrica e o efeito do aldrabão Relvas e do incompetente político Coelho faz recair sobre as populações mais frágeis mais este pesadelo.

Não se refere o percurso individual mas apenas as trajectórias genéricas de várias grupos sociais provenientes da mesma área geográfica (Angueira - Caçarelhos). Em sentido geográfico restrito, todos estes grupos certamente não partilham a experiência de vida com a vivência burlesca de um Primeiro Ministro ignorante, jotista inapto e sem experiência de vida, resultado da eleição de uma máquina partidária (PSD, no caso) através de lutas intestinas, sem qualquer vinculação ao voto colocado nas urnas.  A estrutura partidária já não responde às aspirações da população, dando-se como exemplo, a tomada de decisão à Pilatos da junção das freguesias do concelho de Vimioso. 
Não basta o ignorante P.M, que de asneirada em asneirada, conduz o país a uma terra queimada com a sua teoria neoliberal, eis, senão quando este inapto P. Coelho vem fustigar a população com a recorrente teoria da responsabilização do Tribunal Constitucional pelo massacre continuado da componente trabalhadora deste país. Da sua cabeça,oca e vazia de ideias, nasceu toda a tragédia do actual pantanal político, económico e financeiro. Fernando Torquaz, exige a um PM que resolva os problemas do país, só que não tem capacidade intectual para a sua solução e é daí que deriva a responsabilização directa do PSD. Não havia no partido gente capaz de liderar um processo de tamanha complexidade como o actual? Ou pensam os ilustres palestrantes , a começar pelo esclarecido M. Rebelo, que é da extasiada plateia de meninos e meninas de berloques,  concentrados algures na Universidade de Verão do PSD que surgem as futuras luminárias deste país? O país não pode ficar dependente desta colectividade jotista, qualquer que seja a sua cor primária. Manda, em abono da verdade, que qualquer habitante de Angueira ou Caçarelhos, com a idade de tais jotinhas, já havido observado muitos sóis e luas, e empenhado as suas mãos e os seus braços nas árduas tarefas da procura do pão duro e difícil, por terrenos agrestes e os contrastantes pedregulhos, oscilando entre o frio e o quente nas estações do Inverno e do nada celestial Inferno. De onde se conclui, que a luta é comum, e a fachada deste Passos malfadados não passa de um escárnio a gente brava, trabalhadora e honesta.Vai estudar Relvas, dizia-se! Aproveita Passos, que é necessário estudar a Constituição,estudar matemática para analisar os swapps, procurar a verdade pelo estudo aprofundado das matérias jurídicas e quejandas! Os tempos de hoje não são comparáveis aos tempos do passado, onde a literacia era praticamente inexistente. Hoje, felizmente, há gente oriunda de locais ignotos que nada devem em cultura e saber a estes farsantes Passistas. É tempo de dizer basta, e começar a fazer limpeza destes pseudo-governantes. O Marquês de Pombal, quiçá sem razão, aplicou purgas até à quinta geração. E, já agora, os ex-alunos inteligentes e dotados, entre eles os professores,  de Universidades de reconhecido mérito cientifico devem lutar pela obrigatoriedade de exames a todos os políticos profissionais. Olho por olho, dente por dente! Caso contrário, qualquer dia encontrámo-nos numa nave de loucos, sem qualquer aviso.
A ética e moral nada significam para o político actual (salvaguardadas as honrosas excepções). O voto é uma arma do cidadão, que decorre da consciência individual. É um acto solitário e responsável. A junção de freguesias vai abrir uma caixa de pandora. A todos se exigirá bom senso, a começar pela ideia peregrina de que a sede de freguesia terá todo o  poder. Angueira não permitirá alterar a sua história, a começar pela nova heráldica a criar para a freguesia e onde a equidade efectiva terá que ser a regra dominante em todos os domínios e a igualdade perante pares, a norma. Um controlo efectivo da gestão dos bens a transmitir vai exigir transparência, e de uma vez por todas, exigir a publicação de contas públicas. Os pavilhões desportivos irão passar  mais dificilmente. Esta prova era perfeitamente escusada, derivou de uma dupla agarotada, e claro está, a Troika exigiu associação de municípios que para cobardes de estilo se resumiu a junção de freguesias. Junção de freguesias faz todo o sentido em cidades, onde aliás se processam sem sobressaltos de maior. A dinâmica da região transmontana e do interior beirão, votados ao esquecimento. Terra de pousio para o PM pronunciar diatribes contra o Tribunal Constitucional perante plateia seguidista, a mesma que aplaude o TC quando os dinossauros autárquicos são ressuscitados do além. Fernando Torquaz, peregrino de muitas andanças, não vota em zona sombra , mas não contribui para semelhante farsa. A desunião será fatal. A região de Trás-os-Montes e Alto Douro será cada vez mais, Trás-os-Montes: espaço vazio. Deixa-se aqui uma ligação à zona do Alto Douro para comparação (Clique aqui em Douro Alliance).  A partidocracia vigente já não dá resposta aos problemas dos cidadãos. Dito de modo abrupto. A informação veiculada pelas candidaturas locais é reduzida, embora possa haver uma indigestão de prosa francesa e confucionista. Verdades cruas, simples e ajustadas ao meio. Votos com critério. 

História milenar não se apaga facilmente e o repouso do peregrino permanecerá para sempre na rota compostelana.