Condenação antecipada
do Reinado do inapto Coelho...
A rota da destruição programada da dupla Passos Coelho-Relvas para muitas freguesias vai ter o seu epílogo, a 29 de Setembro de 2013. A incompetência política destes dois perigosos imbecis, vai materializar-se num sacrifício desnecessário sobre as populações mais fracas e indefesas. A degradação do valor intrínseco de vários elementos da Junta, em anos recentes, conduziu ao colapso actual e ao posicionamento relativo entre aldeias no concelho. Todas as aldeias,todavia, perderam para a toda poderosa freguesia de Vimioso, tendo como último exemplo a inauguração das Termas de Vimioso (custos da ordem de dois milhões de euros, da C. M. V.). O poder autárquico local reflecte, com clareza, esses interesses, não deixando o seu posicionamento face ao poder central senão a leitura de dóceis serventes do poder central. O poder não foi exercido com equidade, e portanto, é tempo de mudança. Os poderes locais seguem o seu rumo: o PSD segue a política de subserviência continuada a um líder inócuo, o tal da afirmação " que se lixem as eleições". Mentiroso, aí está de novo. Esconde pelo silêncio as medidas de austeridade extremas que se seguirão sobre os mesmos (Reformados e funcionários públicos), escamoteando os erros colossais dum político incapaz (dívida pública atingiu 131% neste 1º. Semestre de 2013) e que nunca deveria ter ocupado o lugar de PM. Os portugueses, têm que escolher o que querem.
A junção da freguesia de Angueira e de Caçartelhos não traduz qualquer poupança financeira, e foi um capricho do aldrabão Relvas, o da licenciatura à la minute.Quem paga são os habitantes mais carenciados, via sacrifício pessoal e acompanhada de despesas (transporte) inúteis. E não vai ser tarefa fácil, a gestão conjunta.
Quanto ao PS, torna-se óbvia a observação do lança mão da concelhia a um candidato oriundo de presidência de Junta com três mandatos completos. Ao que parece fala francês, quiçá membro do PS francês, admirador dos códigos bairrista de Santulhão e putativo admirador dos Vimiosenses. Quais? Ora se o N. Crato defende exame de aptidão de professores para exercer a profissão,qual a razão que impede os professores de reclamarem prova similar a políticos de profissão. Ter-se-ia provado, com as necessárias ilações, que Passos Coelho talvez nem conseguisse sequer ser vereador de Câmara, enquanto candidato derrotado à Amadora. Desembarcou directamente em P.M. agora subalterno do CDS, com apenas 8% de votos expressos nas urnas. Na sua versão mais simplista, é a escolha entre "o filho da mãe (literal - sem ofensa)" e " o filho de mãe". O "da" e o "de" significa,apenas, ida ao pote dos dinheiros públicos. Vivam os Menezes e Seabras! Vivam os políticos de elite deste país! Chame-se o Tribunal Constitucional como bombeiro de recurso! Ouça-se o doce chilrear dos M. Mentes! Uma comédia, digna de levar a cena. Varrelas profundas exigem-se. O poder genuíno reside no acto consciente do voto individual.
Feito este preâmbulo, apesar de tudo polido e cordato, veja-se as causas profundas do estado actual desta pequena parcela do território nacional. A questão do despovoamento deste território e das condições materiais de vida não pode, sem dúvida, ser atribuído às populações locais e o seu desenvolvimento está, por natureza, limitado aos seus escassos recursos, económicos, financeiros e culturais ou matérias primas. A exploração dos seus recursos, quando existem não deixam aí as suas mais valias (Recursos hídricos, mineiros ou ambientais). A agricultura de subsistência tem sido a base da sustentação deste depauperado território. Difícil se torna perceber a submissão ao mandante Passos, à renúncia a posição autónoma, à falta de coesão política na defesa dos interesses próprios da região geográfica (Vimioso global).
Afastemo-nos do pantanal actual, e procure-se analizar as causas profundas do subdesenvolvimento desta região. Apresenta-se nos Graficos 1 o recenceamento de 1878 por aldeia e no Graf.2, a literacia dos habitantes de Algoso, Angueira e Caçarelhos.
A mesma informação pode observar-se nas figuras seguintes (Fig 3,4,5)
Os gráficos nrs 3,4 e 5 permitem concluir que Angueira ocupa o lugar mais baixo das competências de leitura, quando comparada com Algoso e Caçarelhos. Considerando, apenas os homens que não sabem ler nem escrever a progressão é a seguinte : 88% (Ang); 75% (Algº) e 44.15% (Cac.). Quando se trata de mulheres, a progressão é ainda mais pesada: 99% (Ang); 95% (Algº) e 97% (Cac.).
No que a Angueira respeita, pode observar-se nos graficos 6 e 7, que a mortalidade infantil era muito elevada (em torno dos 6-10 anos de idade) e um forte decrescimo da população masculina (em torno dos 21 anos) correspondente, provavelmente, à prestação do serviço militar.
Os gráficos revelam várias características que, devido ao espaço electrónico, não serão aqui indicados.A conclusão que advém da leitura dos factos apresentados, é a de que a população à data de 1878 era em grande maioria analfabeta, e a escrita e leitura andava essencialmente associada aos homens. Como sempre, os números dos inquéritos pode não traduzir correctamente a situação descrita.
Caçarelhos aproveitou da existência de Párocos dinâmicos [Abade Jerónimo Morais Castro (1773) e seu sucessor] e de mestre(s) escola que contribuiram, certamente, para uma população mais letrada em termos relativos, como o inquérito de 1886 viria demonstrar. A literacia em Angueira, iria alterar-se profundamente no início do Séc. XX (1902), com a presença continuada de uma Professora do Magistério Primário, sobrinha de um ilustre filósofo de Rio Frio (Ferreira Deusdado), defensor acérrimo do Magistério Primário nos seus vários escritos. Refere-se, de passagem, ter sido o autor de um compêndio de Geografia, onde foi apresentado pela primeira vez um mapa a cores. Dada a respeitabilidade dos escritos deste filósofo e da projecção internacional conseguida na área do regime penitenciário, voltaremos um dia destes a um exame detalhado da sua obra. Na mesma época, foi nomeada uma professora oficial para Caçarelhos.
Então, os habitantes de Angueira gozaram do benefício da existência do Ensino Primário na aldeia, embora a penetração da ideia da exigência de cultura tenha sido muito lenta e resistiva. Preponderava a ideia do trabalho braçal sobre o intelectual e é, segundo a nossa opinião, a causa profunda da situação actual. Dada a maior capacidade económica de algumas famílias de Caçarelhos (família Raposo, por exemplo), o acesso a cultura mais evoluida, viria a ocupar lugares de destaque em Coimbra na área da Medicina. A 2ª geração de Angueira (com nascimentos em torno das décadas de 20 e 30) iria produzir algumas professoras primárias e alguns licenciados. Apenas a 3ª geração (nascido por volta do pico de 1950 de população máxima) viria a voltar-se para a faceta da instrução com o aparecimento de uma população estudantil mais numerosa e que, posteriormente, iria ocupar a magistratura do ensino primário (maioria), ocupar lugares na Administração Pública e licenciados que na sua actividade ocuparam vários ramos do saber (economia, direito, engenharias, ciências exactas). A abertura proporcionada pelo desenvolvimento tecnológico do país (fins dos anos 60 e décadas de 70 e 80) veio permitir a alguns naturais de Angueira ter acesso a alguns lugares, até então proibidos à generalidade da população tipicamente rural. Sem entrar em detalhes, os nascidos em Caçarelhos (em décadas equivalentes) teriam seguido um processo similar. É um lugar comum referir que o processo desenvolvimentista do país de 60 levou alguns a imigração interna, e que hoje procura fazer convívios regulares nas grandes cidades. A emigração externa (Brasil, Venezuela, colónias) teve lugar no início dos anos 50 e na década de 60 a emigração maciça para a Europa (maioritariamente para França e Alemanha). A vida não foi fácil para ninguém, quer para imigrantes quer para emigrantes, todos dando um contributo importante ao país, quer no exercício de actividades no interior do país quer na remessa de emigrantes.
Os gráficos indicados para Angueira mostram claramente o decréscimo acentuado da população. Não se apresenta a evolução da população de Caçarelhos, embora, a priori, o decréscimo seja similar. As considerações apresentadas sobre o tema poderão vêr-se na mensagem de 25 de Maio de 2011 (deste mesmo blog: Angueira-2)
O retrato populacional actual entronca nos mesmos movimentos migratórios e consequente abandono do espaço de natalidade. Os descendentes dos emigrantes não regressaram a uma pátria madastra, os filhos dos licenciados continuam maioritariamente licenciados (e sem retorno) e apenas uma população residual continua no seu ambiente natural (aldeia). A agressão continuada à agricultura leva a um decréscimo da população, envelhecendo sem regeneração. Repete-se um gráfico para Angueira, previamente apresentado em texto anterior. Caçarelhos apresenta um decréscimo demográfico similar, e portanto, a médio prazo a extinção da freguesia(singular/ou junção) é fatal como o destino. A divisão administrativa das freguesias de Vimioso assenta em pressupostos erróneos, e já se defendeu, que todas as freguesias deveriam estar sob a jurisdição directa de Vimioso, priveligiar a situação radial, em vez da concêntrica e o efeito do aldrabão Relvas e do incompetente político Coelho faz recair sobre as populações mais frágeis mais este pesadelo.
Não se refere o percurso individual mas apenas as trajectórias genéricas de várias grupos sociais provenientes da mesma área geográfica (Angueira - Caçarelhos). Em sentido geográfico restrito, todos estes grupos certamente não partilham a experiência de vida com a vivência burlesca de um Primeiro Ministro ignorante, jotista inapto e sem experiência de vida, resultado da eleição de uma máquina partidária (PSD, no caso) através de lutas intestinas, sem qualquer vinculação ao voto colocado nas urnas. A estrutura partidária já não responde às aspirações da população, dando-se como exemplo, a tomada de decisão à Pilatos da junção das freguesias do concelho de Vimioso.
Não basta o ignorante P.M, que de asneirada em asneirada, conduz o país a uma terra queimada com a sua teoria neoliberal, eis, senão quando este inapto P. Coelho vem fustigar a população com a recorrente teoria da responsabilização do Tribunal Constitucional pelo massacre continuado da componente trabalhadora deste país. Da sua cabeça,oca e vazia de ideias, nasceu toda a tragédia do actual pantanal político, económico e financeiro. Fernando Torquaz, exige a um PM que resolva os problemas do país, só que não tem capacidade intectual para a sua solução e é daí que deriva a responsabilização directa do PSD. Não havia no partido gente capaz de liderar um processo de tamanha complexidade como o actual? Ou pensam os ilustres palestrantes , a começar pelo esclarecido M. Rebelo, que é da extasiada plateia de meninos e meninas de berloques, concentrados algures na Universidade de Verão do PSD que surgem as futuras luminárias deste país? O país não pode ficar dependente desta colectividade jotista, qualquer que seja a sua cor primária. Manda, em abono da verdade, que qualquer habitante de Angueira ou Caçarelhos, com a idade de tais jotinhas, já havido observado muitos sóis e luas, e empenhado as suas mãos e os seus braços nas árduas tarefas da procura do pão duro e difícil, por terrenos agrestes e os contrastantes pedregulhos, oscilando entre o frio e o quente nas estações do Inverno e do nada celestial Inferno. De onde se conclui, que a luta é comum, e a fachada deste Passos malfadados não passa de um escárnio a gente brava, trabalhadora e honesta.Vai estudar Relvas, dizia-se! Aproveita Passos, que é necessário estudar a Constituição,estudar matemática para analisar os swapps, procurar a verdade pelo estudo aprofundado das matérias jurídicas e quejandas! Os tempos de hoje não são comparáveis aos tempos do passado, onde a literacia era praticamente inexistente. Hoje, felizmente, há gente oriunda de locais ignotos que nada devem em cultura e saber a estes farsantes Passistas. É tempo de dizer basta, e começar a fazer limpeza destes pseudo-governantes. O Marquês de Pombal, quiçá sem razão, aplicou purgas até à quinta geração. E, já agora, os ex-alunos inteligentes e dotados, entre eles os professores, de Universidades de reconhecido mérito cientifico devem lutar pela obrigatoriedade de exames a todos os políticos profissionais. Olho por olho, dente por dente! Caso contrário, qualquer dia encontrámo-nos numa nave de loucos, sem qualquer aviso.
A ética e moral nada significam para o político actual (salvaguardadas as honrosas excepções). O voto é uma arma do cidadão, que decorre da consciência individual. É um acto solitário e responsável. A junção de freguesias vai abrir uma caixa de pandora. A todos se exigirá bom senso, a começar pela ideia peregrina de que a sede de freguesia terá todo o poder. Angueira não permitirá alterar a sua história, a começar pela nova heráldica a criar para a freguesia e onde a equidade efectiva terá que ser a regra dominante em todos os domínios e a igualdade perante pares, a norma. Um controlo efectivo da gestão dos bens a transmitir vai exigir transparência, e de uma vez por todas, exigir a publicação de contas públicas. Os pavilhões desportivos irão passar mais dificilmente. Esta prova era perfeitamente escusada, derivou de uma dupla agarotada, e claro está, a Troika exigiu associação de municípios que para cobardes de estilo se resumiu a junção de freguesias. Junção de freguesias faz todo o sentido em cidades, onde aliás se processam sem sobressaltos de maior. A dinâmica da região transmontana e do interior beirão, votados ao esquecimento. Terra de pousio para o PM pronunciar diatribes contra o Tribunal Constitucional perante plateia seguidista, a mesma que aplaude o TC quando os dinossauros autárquicos são ressuscitados do além. Fernando Torquaz, peregrino de muitas andanças, não vota em zona sombra , mas não contribui para semelhante farsa. A desunião será fatal. A região de Trás-os-Montes e Alto Douro será cada vez mais, Trás-os-Montes: espaço vazio. Deixa-se aqui uma ligação à zona do Alto Douro para comparação (Clique aqui em
Douro Alliance). A partidocracia vigente já não dá resposta aos problemas dos cidadãos. Dito de modo abrupto. A informação veiculada pelas candidaturas locais é reduzida, embora possa haver uma indigestão de prosa francesa e confucionista. Verdades cruas, simples e ajustadas ao meio. Votos com critério.
História milenar não se apaga facilmente e o repouso do peregrino permanecerá para sempre na rota compostelana.