Soldados de Angueira na Grande Guerra : 1914-1918
Em lista anteriormente publicada não consta o nome de José M. João, soldado condutor (de solípedes) agora já adicionado e totalizando nove soldados. O percurso militar de cada um deles dependeu duma multiplicidade de causas e episódios vários que, genericamente, aqui se descrevem. A informação acessível depende não só de quem presta informação (soldado) bem como de quem a recebe e passa a letra de forma (militar). Em tempos tão afastados, como o período da Grande Guerra 1914-1918, na memória dos povos perdura, por norma, a alcunha e não o nome próprio dos intervenientes. Por informação local (N. Gonçalves), à época falar-se-ia predominantemente o mirandês em Angueira e provavelmente a linguagem do soldado e do militar não estariam completamente em sintonia. Teria sido interessante, ouvir os monólogos entre um soldado de linguajar mirandês e um alentejano, camaradas de armas da 5ª. Brigada, constituída em França.
Feita esta introdução, o soldado José M. João, embarcou em Maio de 1917 para França, tendo sido colocado no Depósito Misto da Base a 16 de Outubro de 1917, fazendo a sua aprendizagem na área da Engenharia, na Companhia de Pontoneiros.
Seguindo a evolução trágica da guerra e as condicionantes do seu percurso militar, tomou parte activa na batalha de La Lys, enquadrado nas Companhias de Pontoneiros, tendo posteriormente sido colocado na 3ª Companhia de Sap.Mineiros.
Há fortes evidências de ter começado pelo B.I. 30 de Bragança, pertencido ao Batalhão de Pontoneiros e acabado no Depósito Misto da Base, em França. O seu trajecto militar é diferente dos seus outros camaradas de Angueira, do qual se destaca do grupo maioritário (Tius: Adriano, Lopes, Galhardo, Bernardo e Sebastião) e dos outros percursos singulares:Fernandes, Lopes, Luís e Martins.
Restam hoje, já poucos testemunhos directos acerca destes soldados, pelo que quaisquer comentários são sempre bem-vindos. Embora, sendo todos eles de origem humilde, os valores por eles defendidos deveriam fazer corar de vergonha os actuais mandantes da república, onde a ganância, o tachismo e a corrupção impera sobre estes esteios de soldados do passado, humildes e generosos.
As penas militares, a que quase nenhum soldado da GG escapou, deveriam constituir lanças e flechas apontadas à impunidade dos corruptos que não respeitam nada, nem ninguém. MM João foi punido por falta injustificada ao trabalho em 16-2-1918, apontando-se-lhe a falta de cumprimento do dever do Artº. 5 do R. D. E. Longe vão estes tempos distantes, hoje esquecidos numa República das bananas, à beira mar plantada.
Complementa-se, assim, a informação da nota anterior [9 de Novembro de 1918].
Fig.1. - Exercicios de Pontoneiros-(Tancos) |
Seguindo a evolução trágica da guerra e as condicionantes do seu percurso militar, tomou parte activa na batalha de La Lys, enquadrado nas Companhias de Pontoneiros, tendo posteriormente sido colocado na 3ª Companhia de Sap.Mineiros.
Fig.2 - Sapadores Mineiros |
Há fortes evidências de ter começado pelo B.I. 30 de Bragança, pertencido ao Batalhão de Pontoneiros e acabado no Depósito Misto da Base, em França. O seu trajecto militar é diferente dos seus outros camaradas de Angueira, do qual se destaca do grupo maioritário (Tius: Adriano, Lopes, Galhardo, Bernardo e Sebastião) e dos outros percursos singulares:Fernandes, Lopes, Luís e Martins.
Restam hoje, já poucos testemunhos directos acerca destes soldados, pelo que quaisquer comentários são sempre bem-vindos. Embora, sendo todos eles de origem humilde, os valores por eles defendidos deveriam fazer corar de vergonha os actuais mandantes da república, onde a ganância, o tachismo e a corrupção impera sobre estes esteios de soldados do passado, humildes e generosos.
As penas militares, a que quase nenhum soldado da GG escapou, deveriam constituir lanças e flechas apontadas à impunidade dos corruptos que não respeitam nada, nem ninguém. MM João foi punido por falta injustificada ao trabalho em 16-2-1918, apontando-se-lhe a falta de cumprimento do dever do Artº. 5 do R. D. E. Longe vão estes tempos distantes, hoje esquecidos numa República das bananas, à beira mar plantada.
Complementa-se, assim, a informação da nota anterior [9 de Novembro de 1918].