A abordagem dos líderes mundiais quanto à pandemia está a atingir a hora da verdade na eleição presidencial dos EUA (USA). Até ao lavar dos cestos é vindima, mas as trampolinices de TRUMP estão quase, quase, na recta final. Os factos são os seguintes, tal como descritos no jornal Guardian.
O que está em causa? Joe Biden espera pela contagem final de votos, sendo até ao momento sido contabilizados 264 eleitores para J. Biden e 214 para Trump.
O que está ainda em jogo?
A contagem final dos votos (situação da contagem dia 6.11.2020,15h)
State
Votes left to count (est.)
Current margin
Current leader
%
votes
Georgia
1%
<50,000
1,098
Biden
Pennsylvania
2%
<150,000
6,826
Biden
North Carolina
6%
<350,000
76,701
Trump
Nevada
16%
<250,000
11,438
Biden
Alaska
50%
<200,000
54,610
Trump
A vir a confirmar-se, tal como a tabela anterior indica, a PENSILVANIA garante 20 votos, que somados aos 264 já garantidos de J. Biden, ultrapassa os 270 eleitores exigidos para eventual candidato presidencial vencedor.
Aos americanos competirá a resposta final. Qualquer que venha a ser o resultado, a América sai deste duelo fortemente ferida como guia da democracia do mundo. Os tempos não serão fáceis para ninguèm, mas se o mundo ficar livre da sombra TRUMP ja é um alívio. Mesmo para o pequeno país Portugal, sem qualquer peso a nível mundial, tal como para a União Europeia, se entretanto não abrir o olho.
COVID-19 - A pandemia alastra, sem medida, pelo país. O tempo é de resistência e de precaução máxima. Todos são chamados a colaboração nesta luta sem tréguas contra uma pandemia ardilosa. De modo pragmático, o melhor método actual (até que exista uma vacina, haja esperança!) para quebrar o crescimento assustador dos casos infectados reside nas normas básicas:
Distanciamento social (1,5 m, de mínimo)
Uso de máscara (imperativo)
Uso frequente de lavagem das mãos (sabão, alcóol - gel)
Mais uma vez, deve seguir-se as normas indicadas pelos responsáveis da DGS e pelas autoridades político-administrativas. Deixe-se de filosofar sobre certas questões sanitárias, de que a maioria dos portugueses não tem qualquer autoridade científica sobre a matéria. É sabido que existe um grau de incerteza sobre a pandemia e os profissionais da área divergem em muitos aspectos. Com, por vezes, notas da DGS confusas. Não admitir a incerteza na ciência, é não compreender como funciona a aquisição do conhecimento e do saber. A desobediência cega às normas de higiene prescritas pela organização mundial OMS e pela correspondente portuguesa DGS, é tentar substituir-se a peritos que dedicaram a sua vida à area da epidemiologia com negação pura e simples da ciência, em estilo trumpiano.
CUMPRA COM RIGOR AS NORMAS e Máxima precaução !.
Neste período conturbado e complexo da pandemia COVID-19, destaca-se:
Mais de 45 milhões de casos positivos já foram confirmados no mundo, com mais de 1 milhão de mortos[J.Hopkins University]
Os E.U.A. registam o maior número de casos[acima de 9 milhões] com mais de 230 000 casos fatais.
De notar que o número real de mortes é superior aos dados estatais.
Trump continua a desvirtuar os factos, menosprezando a doença e numa obstinada negação da ciência e proclamando falsas suposições como verdades assumidas. A pandemia é uma questão de "vida ou morte". Por razões opostas a vitória ou derrota de Trump ou Biden , é também uma questão crucial. Nos seus slogans:"America first" ou "The soul of America".
Mais 4 anos de presidência de Trump terá consequências muito sérias para o mundo, e os E.U.A. terão no dia 3 de Novembro uma eleição presidencial, de contornos épicos.
Estará em jogo a democracia, o progresso e as relações internacionais.
Trump dará luta até ao fim. Questionará, diz-se, a própria validade das eleições. Manda a prudência dizer que até ao lavar dos cestos é vindima.
O método da escolha presidencial americana baseia-se no número de votos atribuídos aos estados e nã por votação directa dos cidadãos eleitores. Assim, Clinton não ganhou a presidência, embora tenha tido maior número de votos (>3 milhões).
Os estados oscilantes atribuirão a presidência , ou a Trump ou a Biden. Espera-se que os deuses americanos levem para o Inferno o negociante trampolineiro.
O Brasil ocupa o 3º. lugar mundial com mais de 5 milhões, com o 2º.valor mais alto de fatalidades (160 000) desde que a epidemia começou.
É tempo dos discípulos de Bolsonaro acordarem para a realidade invisível do virus mortal
O político e ministro da Saúde E. Pazuello deu entrada num hospital com o diagnóstico de COVID-19. Segundo o próprio, tem sido tratado com hidroxicloroquina, uma droga contra a malária, em que testes da droga provaram ser ineficaz para Covid-19.
Em Inglaterra, a pandemia COVID-19 assume proporções gigantescas. O drama atinge mais vincadamente, a zona norte da Inglaterra.
Boris Johnson, pressionado pelos seus conselheiros do Covid-19, está preparado para novo confinamento para atenuar o crescimento rápido do vírus (2ª.onda). Até aqui, o modelo seguido contemplava três níveis de alerta (1 (médio), 2(alto) e 3(muito alto) ), encontrando-se no nível 3 as regiões de: Liverpool, Manchester, ...
É acusado duma divisão Norte-Sul, pelos pacotes financeiros atribuídos,com sérias implicações.
O que está em causa em Inglaterra?
A taxa de infecção em Inglaterra (i.é., o número de casos por 100 000 habitantes em certas áreas, atinge valores da ordem dos 700! (Vêr abaixo)
Area
Rate: last week
Rate: all time
Cases: all time
Blackburn with Darwen
737
4,328
6,479
Oldham
690
4,079
9,672
Wigan
661
3,321
10,914
Salford
612
3,427
8,871
Merthyr Tydfil
587
3,080
1,858
Rochdale
573
3,770
8,385
Bolton
547
3,646
10,484
Doncaster
540
2,412
7,521
Tameside
529
3,159
7,154
Mid Ulster
529
2,344
3,459
Bury
527
3,406
6,504
Rhondda Cynon Taf
515
2,704
6,524
Rotherham
511
2,761
7,327
Bradford
507
3,519
18,995
Barnsley
490
2,765
6,826
Boris Johnson, perante estes dados, foi forçado a tomar medidas de confinamento nacional (lockdown), com um tremendo pacote financeiro associado.
Segundo a imprensa inglesa, B. Johnson fez uma mudança de rumo de 180 graus, com oposição da ala mais conservadora do seu partido conservador. O dilema reside no equilíbrio ser humano versus economia.
Os problemas ingleses são da exclusiva vontade de mudança dos povos ingleses, As medidas do escalão 3 falharam e a medida do confinamento nacional, só demonstra o falhanço do plano dos 3 níveis. Aqui são referidos como base de orientação das medidas apontadas e em curso em Portugal.
Os dados do gráfico são dados oficiais comunicados pelas autoridades de saúde. Como se pode observar no gráfico, o crescimento exponencial começou a surgir na última semana de Agosto, e até à data o crescimento exponencial é vigoroso.
De Maio até ao presente (30 de Outubro), nunca os casos registados desceram a um valor próximo do zero e, portanto, era previsível um aumento de casos registados. A oposição ao governo, aponta um certo relaxamento do poder político e com certa razão. O PR desclassificou as reuniões do Infarmed, deu impulso a abertura demasiada à economia, e não foi previdente nem cauteloso nos seus pulsares. A resiliência da gente mais escassa de recursos tem que assentar, sem filosofia ou pulsares populistas, no respeito das regras da OMS. É óbvio que gente rica, de fortunas colossais, podem arriscar festanças de gente fina. Terão hospitais e tratamento adequado. A arraia miúda não pode comprar máscaras, as suas habitações são o que são, o trabalho diário faz parte das suas vidas.
Os erros políticos do António C. , baseados numa suposta maioria do PS, tornaram-se visíveis. As eleições presidenciais, a votação do OE 2021 perseguem-no. Do lado do PSD, regista-se a abertura de Rui Rio ao Chega. A própria direita rejeita a colagem do Ventura a Le Pen (França). Tiro de R. Rio no próprio pé. Oscila entre medidas de bom senso quanto ao debelar da crise sanitária COVID-19, e afunda-se na perspectiva de possível governo de direita. Caso dos Açores. Folhetim político, para o Continente.
A curva exponencial actual é de difícil contenção. É muito mais grave que a primeira fase da pandemia. Não se indicam aqui as consequências óbvias. Teria havido possibilidades de previsão e tomada de medidas adequadas em tempo de mais acalmia (desde Julho 2020 até hoje). A oposição tem todo o direito à crítica construtiva, e espera-se que , apesar de tudo, o objectivo seja salvar pessoas, liquidar o vírus, deixando para trás as querelas políticas.
Ao cidadão compete fazer as escolhas certas. Escolher entre a sensatez ou os narcisistas de direita. Deixa-se aqui um vídeo onde o actor Trump classifica um personagem (Dr. Fauci) de reconhecido mérito na área da epidemiologia.
O problema tem que ser resolvido pelo povo americano. O ricochete da eleição americana vai ter consequências a nível mundial.
Carregue abaixo no link, aqui para meditar sobre gente poderosa que nos comanda como números descartaveis:
Ao menos resta a esperança de uma possível vacina nos finais de 2020, que potencialmente vai ser aplicada nos casos mais prementes (médicos, equipas, ...) e que se prevê que esteja em Portugal lá para Agosto de 2021.
" It could be Oxford University, partnered with drug company AstraZeneca. It could be Moderna in the US. Or it could be Pfizer and the German company BioNTech."
Esta informação provêm de gente séria e , aparte a incerteza subjacente a todas elas, espera-se que por boa fortuna venha em auxílio da humanidade. Mas há ainda um longo percurso a percorrer. Mesmo provando que alguma vacina venha a ser eficaz, nem toda a população fica a salvo pois a eficácia não será de 100% , e não atingirá toda a população mundial. Existirá sempre num qualquer canto do globo, e a ameaça de contágio continuará a existir. A realidade científica impõe restrições à populista ideia de que a vacina (caso venha ser eficaz e segura) será a cura milagrosa que a humanidade espera.
Com o tempo, lá se irá chegar.
Termina-se este texto, como se começou. A melhor vacina actual está na cabeça de cada um, com cumprimento , aceitação e aplicação plena das normas:
Distanciamento social (1,5 m, de mínimo)
Uso de máscara (imperativo)
Uso frequente de lavagem das mãos (sabão, alcóol - gel)
A melhor defesa reside no cumprimento destas normas. Não provoque o vírus. Proteja-se, até um regresso a uma vida futura, próxima do antigo normal.