quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

 COVID_19 {25-02-2021, 18.30 h}

NO MEIO DA  TORMENTA !!!

Aguentar confinamento até estabilização da situação, sem data pré-anunciada

Relatório da DGS(Clique aqui) : DGS_24-02-2021


[Gráfico obtido de COVID-19 Zero-Zero]

Os tempos actuais não são para brincadeiras de políticos, nem devaneios floridos de TV inconsequentes, nem jogos florais de jornalistas. São tempos de luta contra um vírus pérfido que pode ser letal. A situação é tão simples como isto: As decisões a tomar são condicionadas pelos números (dados do gráfico) e não pelas datas dos ignorantes das TV. É necessário saber descodificar tudo isto. Por vezes, aparecem nas cadeias de TV, três homens de vida airada: P. Portas (TVI), M. Mendes (SIC) e o director do Público (RTP3). Do seu púlpito, catequizam, sem apelo nem agravo os inocentes. As virtuosas portas não se abrem em submarinos, o catavento ora aponta a sul ora a norte e o restante procura vender publicidade. 

Os partidos têm o direito e dever de criticar e procurar melhorar o SNS, defender a população portuguesa e  dar aos cidadãos sugestões válidas para vencer a pandemia. Reclamar dinheiros fáceis, em tempo de crise em país falido, é cinismo. Toda a gente sabe que a situação é difícil para muita gente e que merece todo o respeito. Os que comprovadamente necessitam auxílio material deve ser-lhes facultado . Todavia, não é difícil compreender que a saúde é a base primordial de salvaguarda de um ser humano e convém não confundir minudências com reais e eficazes auxílios.

O governo (M. Saúde, DGS e P.M.) é atacado por muitos treinadores de bancada, epidemiologistas natos, por intuição divina. Aos governantes envolvidos, força política e resiliência. Se há gente que massacra, há gente que aprecia o trabalho dantesco em que se encontram mergulhados.

 Os dados do gráfico acima nada dizem aos perdidos no tempo actual .

 Aos média interessa a data do desconfinamento, como se o importante fosse a data e não o número. Contradizem-se por falta de alcance, na sua tacanha visão dos factos. O governo cometeu um erro crasso quando não tomou medidas draconianas no período de Natal, cedendo perante pressões de muitos quadrantes da sociedade, com a argumentação simplista de Natal é Natal (que foi apenas para alguns). A imprensa insiste e ainda não consegue entender a crise do bloqueamento do SNS (pico da curva). Interessava-lhe mais as imagens das filas de ambulâncias às portas dos hospitais, o retrato do colapso do SNS, das negociatas dos hospitais privados e os contractos com empresas periféricas de negócio.  Com inteira razão, há abaixo assinado contra esta malfeitoria de certa imprensa contra o governo. 

O governo passou, num ápice, dum mundo paradisíaco a um  inferno descomunal. O gráfico acima [à posteriori] mostra o falhanço do controlo da pandemia e o caminhar para o colapso total, de que agora há indícios e evidências de se estar a sair. Os defensores do desconfinamento apressado, não passam de demagogos imbecis, bem falantes e de cabeça de grilo. Fazem alarido, nada mais. A imprensa, para quem anda distraído, não passa senão duma cópia infiel de jornais e TV estrangeiras. E falam, pensa parte dela, para imbecis. De igual modo, lá para as bandas fronteiriças, do nordeste transmontano se exagera sobre a falta de internet de uma criança em idade escolar [a quem se deseja boa sorte!], lá para as bandas de Serapicos. Como se as autoridades administrativas não soubessem que esta zona não tem cobertura de meios de difusão mínimos: TV, telemóveis e Internet.

Como se Vimioso não estivesse no pico de incidência máxima da pandemia/100 000 habitantes durante certo período, e como se o valor indicado pelos jornais (> ou igual a 970) não escondesse os valores reais, de longe muito mais altos [é fácil fazer as contas, que aqui não se indicam, porque a resolução do problema é a questão essencial]. O importante para alguns era aparecer nas imagens furtivas e passageiras das TV. É claro que as autoridades administrativas locais não têm responsabilidade no surto ocorrido, mas perguntar -se -à se o investimento em palácios de burros e  pavilhões para criação do vazio compensam. Clarinho, como água transparente. Em tom humorístico, converta-se a C.M.  numa loja PSD para venda de ilusões, ignorem-se as populações e faça-se demagogia com uma criança, esquecendo as demais e da população, em geral.  Obviamente que a CM não é culpada de tudo, mas o sonambolismo continuado tem feito parte da sua ausência de acção.

Feita a introdução, vamos ao essencial.  O segundo pico (2) está na origem directa do (3). Pelo método inductivo, se não se resolver completamente os danos causados pelo 3ºpico, virá um 4 º, um 5º...sem fim. O desconfinamento precoce, conduz aos momentos dramáticos de: congestionamento dos hospitais, sobrecarga dos médicos, dos enfermeiros, dos técnicos...do mundo hospitalar. O "burn out" dos profissionais fica à vista. O governo cometeu a imprudência de ouvir demasiado, os mentores das facilidades do Natal.

Portanto, para tomar medidas tem que verificar-se determinadas condições:

a) R(t) muito baixo. Agora anda por 0,8 mas quanto mais baixo tanto melhor, e discutir agora o desconfinamento é treta de imprensa, TV e jornalistas peseteiros.

b) O nº de novos casos deve ser muito baixo, e quanto menor tanto melhor. Antes do 2º. pico, andava à volta das duas/três centenas e deu no que deu. 

c) Por ora, o confinamento deve continuar, sem data marcada para desconfinamento como muitos futuristas pretendem.  O prolongamento desta medida tem custos sociais, económicos e afecta , de modo implacável, o conhecimento dos alunos. Os alunos serão marcados, sem margem para dúvida, no seu futuro. Quanto mais pobre ou remediado, tanto pior. A questão dos computadores não é panaceia para todos os males e quando nem Internet há, ficámos conversados.

d)  Acho bem, quer o Presidente quer o PM, adoptarem uma posição de grande cautela não vá o diabo tecê-las de novo. Os arautos do desconfinamento que metam algum bom senso nas cabecinhas adormecidas e deixem de andar a falar para idiotas.

e) Após dados favoráveis de: R(t), nº de novos casos, descongestionamento das enfermarias dos hospitais e quase esvaziamento das UCI, então será possível falar em desconfinamento programado, progressivo e faseado. Quem manda são os números-trabalhados pela ciência e não pelos politiqueiros de saber duvidoso. e a verborreia poluente de muitos políticos. 

f) Em conclusão: ainda há muito trabalho de campo até salvaguarda da vida humana. Só os resilientes e cumpridores das normas da DGS poderão ajudar a restabelecer os procedimentos normalizados, do anterior modo de vida. Lá se há - de chegar com sacrifício de muitos (Hotelaria, restauração, . . ., de vários mundos submersos na imensidão da sociedade , apesar da negritude apontada por políticos de várias cores.

O texto já vai longo. Referimos, a nova arma da vacina. Será aplicada quando estiver disponibilizada para todo o cidadão português. A oposição aproveita para atacar governo sob todos os ângulos. Como ignorassem o processo de fabrico, o processo da investigação, as limitações do conhecimento humano, as limitações das técnicas utilizadas. O político ignorante diz simplesmente: testar, testar, testar. Afirmação correcta. Todavia, não esclarece que método de testagem se pode usar, a sua implementação no terreno, o circuito de distribuição, a sua eficácia. Em última análise, apenas o método PCR é mais ou menos seguro.

A ciência, pública e privada, não dorme. As novas variantes do vírus irão ter a resposta da ciência. Portugal, por razões óbvias, tem de inserir-se na Europa. A própria França, país de ciência e de Pasteur, também não tem a tecnologia e o saber para a produção de vacinas baseadas no m-RNA. A própria Europa não consegue ser independente. Enfim, há muito trabalho a desenvolver dentro deste velho continente.

Em conclusão, é necessário que cada cidadão tenha conhecimento científico básico, capaz de contestar as alarvidades da baixa política e ter capacidade de se impor aos oportunistas  de vários quadrantes que se arrogam o direito ao assalto a vacinas, sem qualquer direito. Estes idiotas passam uma declaração de desprovidos mentais a todo o cidadão sério. Corruptelas de mentes viciadas. 

Para não alongar este texto, voltar-se -à, num dia destes. Até a tomada da vacina, a regra de ouro para conter o vírus é simples:

  • Distanciamento social
  • Uso de máscara
  • Evitar contactos desnecessários
  • Lavagem frequente de mãos (sabão, álcool-gel)
  • Resiliência e precaução extrema para evitar contactos com o vírus.
  • Siga, apenas, as indicações da DGS , dos virologistas e dos médicos.





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