Roma e Cartago jogaram, na antiguidade o mesmo papel das actuais potências mundiais e digladiando-se entre si e conduzindo lutas titânicas pelo domínio da supremacia no Mediterrâneo. Tal como hoje, povos pacíficos são envolvidos e arrastados para querelas que não são suas. A invasão da Península Ibérica pelas legiões Romanas é, ela própria, uma consequência das Guerras Púnicas e visava reforçar o poderio deRoma sobre Cartago.
Fig.1 -Zona de influência de Cartago (375 a.C)
Começou por ser um reforço da segurança da Cidade de Roma e acabou por transformar-se numa conquista militar e económica da Península Ibérica, baseada numa exploração sistemática de minérios, em larga escala, e no dominío territorial baseado nas suas lendárias legiões, impondo escravidão e massacre cruel de alguns povos quando na sua óptica era necessário e alternando com tratados diplomáticos, noutros casos.
A divisão administrativa e militar foi evoluindo (decorrendo entre 220 e 19 a.C). A visão dinâmica da sua implementação deve ser seguida no âmbito da literatura especializada. Todavia, o mundo é composto de mudança e de processos dinâmicos.
A divisão administrativa e militar foi evoluindo (decorrendo entre 220 e 19 a.C). A visão dinâmica da sua implementação deve ser seguida no âmbito da literatura especializada. Todavia, o mundo é composto de mudança e de processos dinâmicos.
Fig.2 -Divisão administrativa da Ibéria
Uma pleiade de povos visitou também a Península Ibérica e estabeleceu-se, sobretudo junto ao mar, à procura de trocas comerciais fundando colónias e entrepostos comerciais.
Os autores gregos e romanos fazem referência aos povos autóctones que encontraram e com os quais estabeleceram contactos de vários tipos. Descrevem esses povos, introduzindo conceitos e termos novos, muitos deles de uso corrente na linguagem actual. Os termos Ibéria e Celtibero constituem dois desses exemplos. Porém, a descrição dos termos e conceitos usados por uns e por outros não corresponde à descrição factual, surgindo conflitos de interpretação, até agora não superados quanto ao verdadeiro significado desses conceitos, nomeadamente o significado de celta, ibero e celtibero. Remete-se, óbviamente, o leitor para todas as fontes deste documento.
O mapa ao lado (Fig.3) permite identificar os povos Pré-romanos e as línguas da Ibéria (cerca do ano 200 a.C.). Em traços gerais, os habitantes do território dos Zoelas povoaram uma peninsula (interior) limitada pelos rios Esla, Douro e Sabor e seguiram as vicissitudes das migrações de populações, de origem interna e externa, que colonizaram a Ibéria e foram moldadas pelas respectivas culturas. Como se vê a partird do mapa, o vèrtice do triângulo confina com quatro povos vizinhos diferentes.
Fig.3 - Povos pré-romanos
As suas raízes remontam a tempos ancestrais, sendo a Península Ibérica invadida por povos indo-europeus, de origem pouco clara e que se associam às várias migrações celtas que atravessaram os Pirenéus e se fixaram nalgumas zonas do território central. Àparte a controvérsia da origem do povo Celta, que alguns autores defendem não estar associados à Peninsula Ibérica e ao Noroeste Peninsular e outros contestam com igual vigor defendendo a sua migração em tempos remotos (6000-1000 a.C.) constituindo o seu núcleo difusor principal centrado em torno do rio Ebro (Fig.4). Os defensores da expansão da cultura celta admitem como provável a sua expansão no território, posteriormente reconhecido como Ibéria em vários eixos representados na Fig. 4.
As suas raízes remontam a tempos ancestrais, sendo a Península Ibérica invadida por povos indo-europeus, de origem pouco clara e que se associam às várias migrações celtas que atravessaram os Pirenéus e se fixaram nalgumas zonas do território central. Àparte a controvérsia da origem do povo Celta, que alguns autores defendem não estar associados à Peninsula Ibérica e ao Noroeste Peninsular e outros contestam com igual vigor defendendo a sua migração em tempos remotos (6000-1000 a.C.) constituindo o seu núcleo difusor principal centrado em torno do rio Ebro (Fig.4). Os defensores da expansão da cultura celta admitem como provável a sua expansão no território, posteriormente reconhecido como Ibéria em vários eixos representados na Fig. 4.
Fig.4. Progressão do núcleo celta na Península.
O mosaico "mosaic model" para a Celtização (Ref.Drawn after Almagro-Gorbea data)
Não é possível determinar com precisão a data das invasões e das consequências daí decorrentes para as populações autóctones. No mapa ao lado (a laranja), encontra-se representado o território primitivo, supostamente colonizado pelos Celtas. A população dos Celtas que se fixou em La Tène (actual Suíça) é apontada como sendo tecnologicamente muito mais evoluída.
Fig. 5 - Mapa de ocupação de território celta (800-400 a.C)
A estátua (Fig.6) representando um guerreiro ferido atinge o seu máximo esplendor. Os Celtas são descritos historicamente pelos autores greco-romanos e constituem uma das principais fontes de informação para o território ibérico. As diferentes zonas coloridas do mapa referem-s às zonas povoadas pelos diferentes povos de ascendência celta na Europa. A Fig.3 particulariza parte dos povos de origem celta (Ibéria) entre eles os Lusitanos, na perspectiva romana,
Fig.6 -Estátua de guerreiro ferido Fig.7 - Representação de guerreiros celtiberos.
As invasões romanas da península levaram a vários confrontos violentos com os povos que a habitavam e o normal, nestas circunstâncias, é contar e aperfeiçoar as armas de que cada beligerante dispõe. Há uma particularidade no armamento destes guerreiros (setas pontiagudas, de ferro certamente). Ora até lá chegar, o Castro da Cocolha abunda em vestígios de trabalho do ferro. Para fins pacíficos ou outros? Em que contexto e data se trabalhava o ferro neste local ?
O mosaico "mosaic model" para a Celtização (Ref.Drawn after Almagro-Gorbea data)
Não é possível determinar com precisão a data das invasões e das consequências daí decorrentes para as populações autóctones. No mapa ao lado (a laranja), encontra-se representado o território primitivo, supostamente colonizado pelos Celtas. A população dos Celtas que se fixou em La Tène (actual Suíça) é apontada como sendo tecnologicamente muito mais evoluída.
Fig. 5 - Mapa de ocupação de território celta (800-400 a.C)
A estátua (Fig.6) representando um guerreiro ferido atinge o seu máximo esplendor. Os Celtas são descritos historicamente pelos autores greco-romanos e constituem uma das principais fontes de informação para o território ibérico. As diferentes zonas coloridas do mapa referem-s às zonas povoadas pelos diferentes povos de ascendência celta na Europa. A Fig.3 particulariza parte dos povos de origem celta (Ibéria) entre eles os Lusitanos, na perspectiva romana,
Fig.6 -Estátua de guerreiro ferido Fig.7 - Representação de guerreiros celtiberos.
As invasões romanas da península levaram a vários confrontos violentos com os povos que a habitavam e o normal, nestas circunstâncias, é contar e aperfeiçoar as armas de que cada beligerante dispõe. Há uma particularidade no armamento destes guerreiros (setas pontiagudas, de ferro certamente). Ora até lá chegar, o Castro da Cocolha abunda em vestígios de trabalho do ferro. Para fins pacíficos ou outros? Em que contexto e data se trabalhava o ferro neste local ?
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