Inscrição romana de Angueira_JLV (1902)
Pela sua importância, significado e análise fidedigna da inscrição por parte de J.Leite de Vasconcelos iremos hoje descrever esta pedra histórica, na sequência da mensagem anterior onde se indica um conjunto de achados na periferia de Angueira e que fazem parte da sua história. Segundo descreve J.L.Vasconcelos no Archeologo Portugues (p.324), no sítio da Cocolha têm aparecido vários objectos arqueológicos, citando nomeadamente: de bronze, de barro, moedas e pedras aparelhadas. Não é conhecido (por mim)n o paradeiro destas peças, embora na listagem referida, figure uma peça de (?bronze) existente no Museu Abade Baçal. Esta informação poderá levar ao conhecimento do seu paradeiro (s).
Numa das viagens de JLV pelo país, acabou por passar em Angueira onde viu (1902) uma pedra de xisto, partida, de grande dimensão (2,33 m) com uma inscrição que, pela sua importância, foi objecto directo do seu estudo. A inscrição dizia e citámos:
"AMITATI
MOGITI
AN.XXX"
No dizer do próprio J. L.Vasconcelos " Que interpreto assim: Amita, Ti(berii) Mogiti (filia), an(norum)XXX, ou em vernáculo: Amita, filha de Tibério Mogício, de trinta anos de idade". Esta pedra existe, reconstituída no Museu Etnológico (Lisboa). O nome de Mogiti é de origem celta (refere), encerrando a ideia de" grande".
Como os tempos de hoje são de mudança acelerada, onde o instante prevalece sobre o tempo largo da história, torna-se necessário repensar qual o incerto destino de Angueira actual. Uma das componentes terá também que ver com a sua história e, por isso, propõe-se que seja dado o nome de rua : AMITA MOGITI à rua que começa na Casa do Povo e vai até à Ponte da Sanca, passando por várias casas, nomeadamente do comércio de R.P. e D. Laura, entre outras. À J.F.Angueira deveria caber o andamento desta proposta. Futuramente, deveria colocar-se uma réplica desta pedra, no muro contíguo à Casa do Povo, onde teria ínicio.
A descrição desta pedra fica, pois registada, ficando por resolver algumas questões que podem ou não estar correlacionadas com as letras "MO" existentes na pedra vertical colocada no pequeno jardim, junto à CP.
Conclusão: A comparação poderá conduzir ao local da pedreira e ao local de origem do artesão que a trabalhou. Aponta-se muitas vezes, a ideia que estes artesãos poderiam deambular por vários locais, e não ter residência fixa. Pelo menos, neste caso, a resposta correcta é possível.
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