Boas Festas de Natal 2021
Fig.1 - Nascimento de Jesus |
Fig.2 - Notre - Dame de CHARTRES |
Fig. 3- Manto da "Sancta Camisa" |
Boas Festas de Natal 2021
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Ómicron, a nova ameaça
A mais recente modificação do vírus COVID-19, a variante B.1.1.529 descoberta na África do Sul, ora conhecida por Omicron, levou a Organização Mundial de Saúde (W.H.O.) a recomendá-la como variante " de preocupação". Para a Organização Mundial de Saúde, há evidência preliminares de que se trata de uma nova estirpe que transporta um "maior risco de infeção que outras variantes de preocupação".
Todas as precauções assinaladas nestes textos durante os dezoito meses de existência da pandemia Covid-19 devem ser respeitadas, e manda a prudência e o bom senso cumprimento rigoroso das normas da DGS, que de novo aqui se reproduzem.
No que à COVID-19 e à nova estirpe Omicron respeita, as normas simples e eficazes são as abaixo indicadas:
O mundo científico da área médica ainda não tem resposta para muitas questões pertinente relativas à nova estirpe Omicron. As palavras chave neste momento são: precaução extrema e aguardar com serenidade a resposta, que a ciência certamente irá dar, crê-se em tempo oportuno e num esforço conjugado gigantesco da medicina, da investigação e da indústria farmacêutica. Há tempos de trabalho ,por vezes não compatíveis com a premência urgente de resposta para a pandemia. A questão é muito complexa, mas isso não impede a compreensão do que está em jogo. Embora de leitura pouco acessível para a gente comum, chama-se a atenção para um artigo surgido no jornal el País (Brasil) dirigido para os interessados na área da biologia molecular e do estudo do genoma do vírus COVID-19 original .As 12 letras que mudaram o mundo :ccu cgg cgg gca. Em linguagem gráfica (mais entendível), a descodificação destas letras [c-citosina, u-uracilo, g-guanina, a-adenina; moléculas que envolvem os elementos constituintes básicos: carbono, hidrogénio, azoto] em diferentes combinações descrevem o RNA do vírus.
O genoma do vírus Covid-19 (original) tem cerca de 30 mil letras[parte inferior da gravura] e o material genético está programado para romper a célula humana por meio das espículas, introduzindo-se nas células e reproduzindo-se (fazendo cópias de si mesmo). Ainda de acordo com o texto de El Pais cerca de 4000 letras são responsáveis pela proteína da espícula, que constitui a chave de entrada na célula humana.
A nova variante Omicron apresenta 30 mutações relativamente à variante delta (até agora dominante) e para o qual as vacinas Pfizer e Moderna, do tipo mRNA, foram desenvolvidas. A produção destas vacinas, em tempo curto, beneficiou de outros estudos médicos em desenvolvimento, para outras doenças. A produção da vacina AstraZeneca, baseia-se noutro processo. Deixa-se o leitor interessado no tema, com a leitura integral do artigo de divulgação do EL PAIS.
A variante Omicron tem mais de trinta mutações na espícula, chave de entrada para a penetração das células , mais do dobro da variante Delta. Tamanha mudança, levanta a questão de se saber se os anticorpos criados por infeções e pelas vacinas estão preparados para este combate. O conhecimento da lista de mutações, os meios académicos, faz prever novas reinfecções e que algumas partes das mutações são furtivos às vacinas. É tempo de espera e de estudos. O mundo científico interroga-se sobre as possíveis e nefastas consequências. O desconhecimento da nova variante dá origem a novos estudos, que segundo as regras basilares das ciências exactas e, em particular das metodologias das ciências médicas podem ser demorados e quiçá inconclusivas.
A BioNTech , uma das possuidoras do conhecimento para a criação da vacina, invoca um periodo relativamente curto para a adaptação da vacina m-RNA para a nova variante (cerca de três semanas). Drogas baseadas na diminuição da replicação do vírus mostram esperança e sucesso neste novo combate. O tema é objecto de referência em todo o mundo. Deixa-se aqui, para os interessados, um vídeo (em inglês).Carreque aqui..
A incerteza da ciência é, assim, também projectada para a esfera dos políticos. Em boa prática, esta esfera deve (ou deveria) subordinar-se à área cientifica, mas também não pode balizar-se por ela. Há aspectos da área social que não podem ser ignorados. Em tão grau de complexidade da pandemia, é inevitável que a resposta não seja única e a abordagem do tema seja diferenciado de país para país (e por vezes, em diferentes zonas de um dado país.
A situação actual do país a {10-Dez-2021} é descrita no relatório da DGS. 10.12.2021 (clique aqui) . De acordo com o relatório, o concelho de Vimioso apresenta uma taxa de incidência acumulada muito elevada 707 (entre 450 e 959,5) exigindo-se máxima prudência. As autoridades locais e sanitárias prestarão certamente, tal como no passado, todo o apoio para a resolução do problema. O contributo individual é importante. Facilitismos e incumprimento das regras básicas acima indicadas, só virão complicar a situação.
Em Portugal, país de iluminados, onde facilmente se transforma um tema complexo (o da pandemia) em mero palpite e opinião sem qualquer fundamento, quer a Ministra da Saúde quer a DGS têm sabido conduzir [apesar dos erros, omissões e alguns falhanços] a carta a Garcia. É claro que existem muitos sectores discordantes. Alguns embirram com os berloques usados pela Directora Geral de Saúde. Para lá destes devaneios comuns a ilustres senhoras, é segundo nosso entender digna de credibilidade de pensamento (com pequenos erros de comunicação à mistura). E dúvidas intrigantes : Como se explica a elevada taxa de mortalidade? Apenas a pandemia COVID-19 é apelativa para o Governo? Há uma guerra de fundo, entre o sector público e privado, dos cuidados de saúde. São milhões em discussão. A população portuguesa, tem o SNS, conquista visível e que deve ser acarinhada como uma das conquistas maiores de Abril. Com todos os problemas associados desde a falta de financiamento em sectores chave até à fuga dos médicos para o sector privado.
Os partidos políticos olham para o seu umbigo e perdem-se em questões de lana caprina. Pobre Rangel, pobres Montenegros, pobres órfãos santanistas, pobres coelhitos perdidos na serrania do Marão. Em tom jocoso, as setas venenosas atiradas ao sócrates "gay", transformaram-se em setas de cera, perdidas no esquecimento dos mesmos artistas.
Quanto a isso, é esclarecedor a guerra assassina no interior do PSD. Discute-se, com clareza a luta pelo pote (dinheiros públicos) e pelo poder (ser ou não ser Primeiro-Ministro). Os Portugueses certamente abrirão os olhos. A corrupção alastra desenfreada pelo país. Os partidos não formam para o serviço público, mas para a tacharia que advém da tomada do poder. O poder corrompe, diz a história. A arrogância dos Medinas e das suas descabeladas imposições das ciclovias tiveram efeito prático. A persporrência e insensatez dos Cabritas moldam o pensamento e a acção do cidadão comum. Os lisboetas, cansados das veleidades camarárias, mudaram a agulha, numa vitória à Pirro traduzida nalguns milhares de votos, numa cidade como a de Lisboa. Assim surgiu do nada, o homem dos UNICÓRNIOS. A palhaçada da rica câmara lisboeta continua. Os pilaretes e as ciclovias proliferam como as vespas asiáticas. A fantasia dos Unicórnios não passa de má poesia e de fraca representação. Não tendo tempo para pensar o país refugiam-se nestas quimeras.
Ao P.R. agrada um qualquer outro centrão. Terreno fértil para a corrupção. Agora, no terreno prático, as selfies terminaram. Entretanto, o país profundo definha e vai-se extinguindo em lenta agonia. Com os insultos das telefefónicas sobre as populações do interior e da ditadura governamental da digitalização forçada. Pobres cidadãos, sem meios económicos, sem conhecimento básico do mundo digital, atirados às feras em modo circo romano.
A ser verdade, o acesso de duas aldeias de Vimioso a pequenas Lojas do Cidadão constituirá um crime de lesa pátria. Perguntar -se -à então a quem obedece o chefe máximo da Câmara Municipal? Ou tratar-se-à de um pensamento Unicórnio, alardeado por dois iluminados e que ecoa pelas serranias transmontanas?
A política séria, com pensadores profundos e equilibrados, transformou-se numa farsa de agentes políticos vendidos a pataco.
{NOTA FINAL - Proteja-se a si e aos seus próximos, procurando seguir as normas acima indicadas. Relativize os problemas. A saúde individual e colectiva é o mais importante. Siga a indicação dos organismos da saúde responsáveis. Os polítiqueiros não passam de pílulas amargas que temos de aguentar. A Polícia Judiciária (PJ) fez a sua parte com a prisão dum banqueiro. A Justiça que faça a sua parte.}
Música lírica dos políticos : La LA, La LA, La LA
A canção lírica de Mary Hopkin, "Those were the days my friend (1968), a tão grande distância temporal, permite ainda relembrar velhos tempos em sociedades já democráticas. A letra da canção, simples e intuitiva, recorda-se aqui.. Leia o texto completo (s.f.f.) enquanto ouve a canção (traduzida em português), se assim o entender.
Aqueles eram os dias (1968)
INSTRUMENTAL
Era uma vez, havia uma taberna (bar)
Onde costumávamos celebrar com um copo ou dois
Lembra-te como nos riamos fora de horas
e sonhava em todas as grandes coisas que iria fazer
aqueles eram os dias, meu amigo
Nós pensámos que nunca iam acabar
Iriamos cantar e dançar para sempre e um dia
Nós iriamos viver a vida que escolhemos
Nós lutávamos e nunca iriamos perder
Nós éramos jovens e
seguros de seguir o nosso caminho
La la la la la la, La la la la la la
Aqueles eram o dia, oh sim, aqueles eram os dias
Então os anos ocupadas foram correndo por nós
Perdemos as nossas noções mirabulantes no caminho
Mas se por acaso, um dia eu o viesse na taberna
Então iriamos sorrir um para o outro e diríamos
aqueles eram os dias, meu amigo
Nós pensamos que nunca iam acabar
Iriamos cantar e dançar para sempre e um dia
Nós iriamos viver a vida que escolhemos
Nós lutávamos e nunca iriamos perder
Aquele era o dia, oh sim, aqueles eram os dias
La la la la la la, La la la la la la
Aqueles eram o dia, oh sim, aqueles eram os dias
Um dia, certa noite, eu estava diante da taverna
Nada parecia o caminho que costumava usar
No vidro eu vi um reflexo estranho
era aquela mulher solitária realmente eu?
aqueles eram os dias, meu amigo
Nós pensamos que nunca iam acabar
Iriamos cantar e dançar para sempre e um dia
Nós vivíamos a vida que escolhemos
Nós lutávamos e nunca perder
Aqueles eram o dia, oh sim, aqueles eram os dias
La la la la la la, La la la la la la, La la la la la la
La la la la la la, La la la la la la, La la la
Aqueles eram o dia, oh sim, aqueles eram os dias
INSTRUMENTAL
Através da porta, veio o riso familiarizado
Eu vi o teu rosto e ouvi você chamar pelo meu nome
Oh meu amigo estamos mais velhos, mas não mais sábios
Em nossos corações ,os nossos sonhos ainda são os mesmos
aqueles eram os dias, meu amigo
Nós pensamos que nunca iam acabar
Teremos cantar e dançar para sempre e um dia
Nós vivíamos a vida que escolhemos
Nós lutávamos e nunca perder
Aqueles eram o dia, oh sim, aqueles eram os dias
La la la la la la, La la la la la la, La la la la la la
La la la la la la, La la la la la la, La la la
Aqueles eram o dia, oh sim, aqueles eram os dias
La la la la la la, La la la la la la, La la la la la la
Tradução de "Those
Were The Days"
O tempo era de esperança e a doçura da cantora não fazia prever grandes tempestades em países democráticos. Mas mudam-se os tempos e as vontades. As novas gerações também mudaram o seu padrão de vida e de valores, já que o mundo é composto de mudança. O bem mais precioso do mundo é a sua juventude, e os desvios comportamentais são mais devidos à população adulta que à irreverência própria da juventude. Aqui fica a versão SUZYY70 da mesma canção, da actual geração dos Ipad e dos Iphone 13, topo de gama. A esta deve juntar-se a crise pandémica COVID 19, que para muita juventude pobre vai ter um efeito devastador.
Em Portugal, a esperança chegou em Abril de 1974. Para muitos dos nossos compatriotas foram tempos de luta, perda e sacrifício (colónias). Todavia a esperança não morreu. Os sonhos, embora cada vez mais distantes continuam a ser os mesmos. Os políticos, em roda livre, de crista levantada e letais como os escorpiões, vão causando danos irreversíveis na esperança de todo um povo. Mais uma vez, as eleições autárquicas servem interesses instalados e não o povo a quem deviam servir. Eis a justificação da canção lírica aqui apresentada : "Aqueles eram os dias ". A freguesia de Angueira, perdeu a sua independência à mão dum aldrabão e dos seus seguidores locais do PSD, à custa de atribuição de área pública na compra de votos (escola), da venda de uma escola primária e das muitas inações, desleixo e abandono. Não basta o PSD cantar: La La, . . . , em eleições sucessivas, é necessário fazer obra, com equilíbrio e justiça. O PSD local pode proclamar-se reinante sobre um povo amorfo, que tudo aceita, mesmo contra os seus próprios interesses de povo.
A incompetência é manifesta. Segundo os locais, as obras do chafariz transformam-se em pântano de inverno. A miopia política e a animosidade manifesta contra a população não lhe permite vêr a média distância sequer Ignoram os eleitos que ao longo de Angueira corre um ribeiro (do Pio), que merece ser tratado condignamente, desde o Vale até à foz. Que faz a Câmara Municipal de Vimioso? Nada. Mas não existem engenheiros na CMV que evitem erros primários? Ou anda tudo ao deus dará. Arranja projectos europeus para embelezar palácios de burros e queimar todo o financiamento no munícipio de Vimioso, na pobre Bilica. O tratamento dado pela CMV às populações das aldeias é exactamente o mesmo do Governo Central sobre as regiões despovoadas do interior. A Bilica acabará em destruição total, como os eleitos da CMV fazem exactamente às aldeias.
Embelezam a Bilica com uma central de camionagem. Não pensarão nas populações das aldeias e fazer circular um autocarro, com periodicidade mínima de uma vez por semana. Angueira tem muito que contar sobre este tema.
Não há dinheiro para desvio de camiões pesados (pequeno troço), mas há dinheiro para abertura de desvios na Bilica (saída de V. para Caçarelhos). Que fazem os representantes? Aceitam passivamente até ao fim dos tempos.
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Covid-19 [13.07.2021]
Após declíneo da pandemia, volta-se à subida acentuada !
A expansão da pandemia COVID-19 continua. Precaução máxima constitui a regra de ouro para evitar a contaminação pelo vírus, que vai assumindo novas formas. Para os mais pragmáticos, repete-se as normas a seguir. Para os que desejarem compreender um pouco melhor toda a problemática, complexa, da pandemia Covid-19, deixa-se aqui a referência ao sítio (em inglês) de onde deriva a maior parte das normas, seguidas por um grande número de países. { Clique aqui}. Este texto não se substituiu às entidades responsáveis pela informação (DGS) e aos peritos nesta área. A tentação dos políticos se pronunciarem sobre domínios da ciência, só vai culminar em desastre. A começar pelo PR. A insolência e arrogância com que manipula a ciência jurídica, tolda-lhe o pensamento sobre a ciência, que obviamente não se esgota na ciência jurídica, onde apenas é chamado pela função que representa. Continue a ser um suporte de estabilidade da sociedade portuguesa, mas não se meta por caminhos ínvios. A ciência jurídica não se coaduna com cifrões e números, como a pandilha da corrupção mostra sobejamente.
Há narcisistas para quem a ciência nada vale e com voz melíflua tomam todos os portugueses por idiotas. Até o mundo do futebol percebe que há despistes em assuntos leves de futebol, mas convém não aumentar o risco com a demasiada frequência de voos do avião Falcon. As perras desperdiçadas na invasão maciça portuguesa, em modo nacionalismo balofo, teriam melhores aplicações neste jardim, à beira mar plantado. Agora, em modo desperdício, das cidades em fase de transformação em pista de bicicletas. Esta lateralidade, vale também para a arrogante Inglaterra , em tempos de, final.
No que à COVID-19 respeita, as normas simples e eficazes são as abaixo indicadas:
As autoridades sanitárias portuguesas apontam para a variante mais agressiva DELTA /Plus, inicialmente detectada na India. Atingiu rapidamente o o Reino Unido e a mobilidade humana através de fronteiras abertas fez o resto, através das janelas dohospitalismo social(turismo) e eventos desportivos, sem justificação. Brincadeiras permissivas do Governo Português potenciaram os actuais surtos. Alastram ou irão alastrar a todo o país, e todos os países europeus esperarão a sua vez. O crescimento rápido das hospitalizações, fazendo regredir o estado da situação para valores próximos de Fevereiro de 2021, embora com menos mortes. Nem a Pitunisa de Delfos consegue prever a evolução, e em silêncio deve aguardar-se, com a jurisprudência prudencial activada. Na zona de risco elevado (vermelho carregado), um ponto branco indica a situação a 09/07/2021. A marca branca vai mergulhando mais e mais na zona do vermelho acentuado.
Esquema da evolução dos mamíferos {Bioinformatics for Biologists, ed. P. Pevzner and R. Shamir. Published by Cambridge University Press. C Cambridge University Press 2011, pag235} |
PÁSCOA , em tempos de pandemia COVID-19
03 Abril 2021- 20 h
Os tempos são difíceis e a pandemia não está debelada: PRECAUÇÃO MÁXIMA
A pandemia grassa pela Europa e países economicamente mais fortes também são forçados a aplicar medidas drásticas., como a França.Também zonas localizadas, de baixa densidade como o território de Vimioso, são afectadas pela propagação do vírus e a regra de oiro, mais simples e eficaz, é procurar evitá-lo, não potenciando a sua propagação. Quando surge, torna-se necessário tomar medidas draconianas, se necessário, da responsabilidade das Autoridades Administrativas e da DGS.
O que está agora em causa? O concelho de Vimioso está (à presente data 03-04-2021) com uma taxa compreendida entre (140-240), acima do aconselhável de 120 casos/100 000 habitantes. Não se trata de qualquer extrapolação, é o resultado de um cálculo simples, aplicável a todo o país. Há toda a razão para criticar o critério, e de uma vez por todas o microcosmos de Vimioso deve lutar pelo seu progresso, com visão de horizontes alargados.
É perfeitamente natural que ocorram distorções de visão do poder centralista de Lisboa sobre a pandemia, as barragens e as autarquias locais. Sobre as autarquias locais, a autoridade local vergou-se ao aldrabão Relvas, sobre as barragens é a última gota da atribuição da riqueza transmontana aos grandes interesses económicos. A apropriação dos lucros das barragens do Douro - riqueza de Trás-os-Montes pelos grandes interesses económicos não é de hoje. A esta continuada exploração das barragens deve somar-se a novel exploração mineira de lítio, esta última da responsabilidade do actual governo. Querendo ir mais longe, é a continuação do velho processo de exploração mineiro de Roma. Exploram ouro, estanho e outros minerais. As populações ficam a chuchar no dedo, como meras cadeias de servidão para benefício do capital dominante.
A Roma dos imperadores floresce e os seus sucedâneos actuais corrompem. Dão alvíssaras aos que servem os seus interesses. Castigam os que dizem verdades. A Câmara Municipal de Miranda do Douro recebeu, por vários anos , um montante significativo de dinheiro da Administração da Barragem de Miranda do Douro. Convirá saber toda esta história. Toda a gente assistiu. Contrapartidas?
O poder centralista de Lisboa não quer ser incomodado nem criticado. Define o conceito de riqueza, a seu belo prazer para tapar o sol com a peneira. Trás-os-Montes é entendida, por muitos, como pobre. É claro , já privada das barragens hidro-eléctricas e do valor do sector mineiro. Resta a agricultura de subsistência para comparação com a fértil lezíria do Tejo e os saborosos enchidos, para gaudio de alguns. Mas existe um problema. A visão errónea de Lisboa, está infiltrada nas Câmaras locais, onde os interesses mesquinhos ainda são mais visíveis. Só o rio Douro é importante? Que fazer com os seus afluentes e subafluentes?
O rio que banha Angueira, cuja designação custa a muita gente, não merece uma mini-hídrica na localidade que lhe dá o nome para garantia de aprovisionamento de água para verão quente e sequioso? Ou aparece apenas no folclore dos Vales de Vimioso ou ainda no esquecimento de uma mini-hídrica não aprovada? Ou o Rio Angueira irá mudar de nome? A água do Angueira e do Maças irá perder-se no Sabor. Território de barragens, de cruzamento de políticos filósofos e da mesma EDP. Tudo a bem da Nação, mas à custa das populações de sempre.
Lisboa, apesar de tudo, atira algum dinheiro para regadio, mas com que resultado ? Os campos continuam abandonados. A candidatura a novos tratores ferve. Há dinheiro desperdiçado. Os políticos andam à solta, mas não se vislumbra uma escola Superior de Administração Pública, a sério. Basta fazer a tarimba dos partidos , todos eles, para serem administradores brilhantes. O resultado está a vista. Despovoamento e descrédito total da política. Há pequenas irritações cutâneas, mas acabam facilmente na bruma dos instantes impulsivos. Enquanto não houver posição firme, a começar pelas Câmaras para reclamar fábricas a sério, fixar populações e dinamizar a agricultura, tudo se esboroa no nevoeiro denso, num reino decadente e sem futuro. Se as aldeias se despovoam, para quê a existência de vilas e vilarejos? Ora, não calhava nada mal uma inspecção rigorosa aos gastos desnecessários, e não fundamentais, que vão por essas bandas.
Os problemas deviam ir sendo resolvidos em tempos de paz. Agora os tempos são de contenção perante a pandemia Covid-19. As autárquicas vão seguir dentro de momentos, com os politiqueiros do costume. Vão embelezando praças em torno da igreja e promovendo a desertificação completa das aldeias. Vão, de novo, promover a gritaria nas ruas mais uma vez para tudo ficar exactamente na mesma.
A pandemia COVID-19 exige a todos um grau de exigência maior e facultar às administrações locais o melhor desempenho possível. Agora trata-se de resolver o problema da Covid-19, que consta no mapa de risco como muito elevado. Aqui entronca, também, a literacia do meio sobre esta e outras questões. Toda a gente sabe que as aldeias de Vimioso sempre foram prejudicadas perante a vila. A questão dos transportes é evidente, não ignorando telecomunicações e escolas de ensino. Continua-se na mesma construindo paragens de autocarro para privados, mas não se obriga as empresas a fazer o percurso pelas aldeias. Muitos, dos que se passeiam pelos blogues, oriundos das aldeias sabem que a vida estudantil, em Bragança ou outra qualquer localidade, foi dura e difícil. O despovoamento começou, logo por aí. Seguido da emigração maciça para o estrangeiro. Nada disto é novo. Ora é impensável, a concentração dos dinheiros públicos quase exclusivamente na vila de Vimioso. É tempo de se ir pensando em largar dinheiros públicos também nas aldeias, e aproveitar as construções para turismo rural. A CMV só vê termas em Vimioso e ignora o número de de fontes de água sulfurosa, existentes nas margens do rio Angueira.
Os habitantes das aldeias ainda não se aperceberam que, desde sempre levaram os seus dinheiritos, para a sede do concelho e é tempo de ter relações mais equilibradas. As ditas faceiras de Angueira têm dimensão, área suficiente e qualidade para puder alimentar grande parte do concelho, em termos de produtos hortícolas de qualidade. Que se vê? Campos abandonados, sentimentos caprichosos de cerca de 50 tractores inactivos e produção agrícola quase inexistente. As populações e dirigentes da margem direita do Maçãs tomam as margens do Angueira, como simples fornecedores de lenha.
Também não é só atribuir a responsabilidade aos dirigentes camarários. Um dolce fare niente povoa os espíritos das aldeias. Excitados, por vezes, quando se trata de morder uns metros, no terreno vizinho. Há a produção de gado ovino e caprino, onde a erva não falta e o trabalho árduo de outros tempos pode ser contornado, com certa facilidade. Mas há, uma questão essencial: não havendo pessoas disponíveis, nada feito. Pode levar-se uma vida decente, com organização e método, ganhando um terço dos salários das grandes cidades. Pretender salários demasiado elevados, vai traduzir-se a breve trecho na morte de todos, caindo uns mais depressa que os outros.
Entretanto, estar vivo e lutar pela vida, é o ponto essencial do momento para todos os países. A Covid-19 está de novo a evoluir para pior, como a França e a Alemanha. O confinamento acaba de ser decretado por Macron. A evolução da pandemia não é igual para todos os países. Está desfasada no tempo.
França-Casos diários confirmados (CONFINAMENTO) |
FIG. 1- COVID.PORTUGAL - Relatório 397 DGS de 3 Abril 2021 |
FIG.2 - MATRIZ de RISCO |
INCIDÊNCIA
Nacional: 65,6 casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 por 100 000 hab.
Continente: 62,9 casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 por 100 000 hab.
R(t) Nacional: 0,97
Continente: 0,97
Como se pode ver no gráfico da Fig.1, a tendência mostra um decréscimo acentuado até atingir no dia 04-03-2021, um número de casos diários confirmados de 280, [Relatório 397_DGS], como número de internados hospitalares 512 (-1) e em UCI 126 (-5). Estes são os dados positivos: Libertação de camas de hospital, libertação de camas em UCI e valor de R(t)=0,97<1.
TUDO pode mudar nas próximas semanas. No caso de Vimioso o perigo espreita, pois o número de casos em termos de % é muito alto : entre 120 e 240. Ora 120 já é valor muito elevado, e encontra-se no 2º quadrante da Fig.2. A representação a cores do mapa da DGS [perigo muito elevado] figura a vermelho carregado, o que significa também R(t)>1. Se na próxima semana nada se alterar, provavelmente haverá confinamento local, incluindo os concelhos limítrofes [Bragança, Miranda do Douro, ...]
*Ora o valor calculado para R(t) [de hoje, 3 de Abril] já é superior a 1. A interpretação é simples: Quando este parâmetro é superior a 1, isso significa que a pandemia não tem tendência para se extinguir e, pelo contrário, tende a aumentar. O objectivo do confinamento é fazer baixar este R(t), que atingiu o valor de 0.8, pouco tempo atrás. O cálculo deste parâmetro é feito pelos matemáticos-epidemiologistas e, portanto, objecto dos especialistas da área.
**A questão das vacinas é essencial para compreender o que está em causa. Torna-se necessário discutir o parâmetro inicial R0, deixando o cálculo do parâmetro dinâmico R(t) aos epidemiologistas e apreender o significado de R0, com ele relacionado.
***De acordo com o programa desenvolvido para as epidemiologias, comum a várias delas [sarampo, HIV, varíola, gripe espanhola, Covid-Sars2, ... ] , um parâmetro essencial é conhecido por número de reprodução inicial do vírus: R0 , que significa o número de casos secundários infectados a partir de um único infectado, considerada uma população totalmente susceptível [isto é: sem qualquer imunidade] De modo simplificado, R0 depende de três factores e é proporcional (ao risco de contrair o vírus), ao (número de contactos por unidade de tempo) e ao (número de dias em que um indíviduo infectado é contagioso-14 dias para o Coronavirus).
O risco de contrair o vírus diminui com o aumento da distância (distância aconselhada mínimo 1 m, lavagem das mãos,...), redução do número de contactos e isolamento.
**** Para o cálculo de R(t), dinâmico, é necessário recorrer a programas específicos e pode ser calculado de várias maneiras {que não vem agora ao caso}. E há incerteza, associado ao cálculo.
***** Compete ao SNS e DGS, definir os vários níveis de alerta, a nível local, regional e nacional. São estas entidades que controlam a recolha e tratamento dos dados. Assim, o caso de Vimioso deve ser objecto de especial atenção, já que são estas entidades que reconhecem uma situação de risco muito elevado.
Espera-se que o período de Páscoa, lá por essas bandas esquecidas, decorra com normalidade. A situação vivida assemelha-se a um período crítico de guerra e só os resilientes e cumpridores de certas normas poderão furtar-se ao vírus Covid-19. A humanidade já passou por outros apertos, nomeadamente pela peste negra e pela pneumónica (ou gripe espanhola).
A dor, o sofrimento e a angústia não tem fronteiras. Representação de vida dura, de mãos calejadas sobre vetusto granito. A Páscoa deve ser tempo de esperança, tal como Rafael a viu.
Bercianos de Aliste (El país/Opinion) |
Rafael (Renascimento) |
Boa Páscoa para todos.