quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A inteligência dos cretinos ...

Os patrioteiros do PM não poupam esforços para justificar o indefensável, a falta sistemática de coerência e a protecção da carteirinha privada. Repetem até a exaustão que o sacrifício é para todos e é um problema de emergência nacional.  Todas as posições destes, escritas ou faladas,  fundamentam o corte nos sálarios e reformas do sector público pois funciona esta quebra de justa expectativa como corte do défice público e assim ajudar a salvar a pátria que é de todos. Lançar meia hora de trabalho adicional, sem custos, para o sector privado é lançar poeira aos olhos dos cidadãos. Contribuem para a melhoria dos bolsos dos empresários exportadores (estruturas industriais sólidas nem precisam deste favor eufimistico do governo), piora o bolso dos pequenos industriais e comércio e é uma pura medida inócua. Serve, todavia, para contrapor ao roubo, descarado, brutal e indecente ao sector público. É claro que há gente do sector privado que delira com o facto. Aguardemos para ver se a faca não lhes será também apontada. A justificação peregrina do PM só revela que as suas afirmações não tem resposta em dados objectivos. Não é grave na boca de um cidadão qualquer, na de um PM é incompetência. Talvez desconheça, o que é grave, qual o salário mensal recebido em tempos recentes por um administrador hospitalar, de nomeação política patrioteira. Exemplos caem do céu aos milhares, mas determinados figurantes da TV não se cansam de repetir a justeza da medida. Sem rodriguinhos, falinhas mansas, imbecilidades, raiva antiga ou outra causa qualquer, a questão é simples: funcionário público (parte da população) paga e  do sector privado (outra fracção) não paga. Confunde-se o todo com a parte e vice-versa quando convém. O funcionário público tem sido,de modo sistemático, sujeito a uma contenção salarial e mesmo a sua redução de 5 a 10%. O desemprego na função pública também existe, por exemplo os professores. Se existe, como se diz, um estado de emergência nacional, então em que ficámos? Deixo uma pergunta . Qual o crime cometido por ser funcionário público? Sacrifícios sim, mas tomados por parvos não! Está escrito nas nuvens, a esperteza salóia do aprendiz de feiticeiro. A polémica do pagamento de 12 ou 14 meses é de cabo de esquadra. A Relva brilha com tanto fulgor que não permite equacionar o problema. Há nevoeiro cerrado. Trata-se da importância global de 14 meses dividida por 12 prestações? Há 12 salários, roubando 2. Aplicabilidade temporal?  O nevoeiro traz no seu seio mais imbróglios, quiçá mais buracos ou más tormentas. Falar verdade dói!
O neófito neo-liberal, sem consistência intelectual e teórica firme, pretende ser um bom aluno na Europa e nada melhor que exceder a troika, sendo mais carrasco do que se lhe exige. A pleiade de seguidores faz o mesmo, com os estafados argumentos.  Quando o chefe fala, o obediente e submisso carrasco, esquece eurobonds. Esquece reformas milionárias de gente que, tendo outras fontes de rendimento, e sendo  época de emergência nacional  passa, sem pudor,como pato sobre lago tranquilo. Pressionados pelas baionetas desesperadas que já se levantam, deixam cair subsídios e prebendas. Só que existem muitas outras que ainda têm que cair. Circulam na Internet  à mão de um simples toque, e esta também é uma maneira de questionar.
Alguns beneficiários destas reformas já abdicaram, e embora legalmente decididas pelos próprios, se a situação é de emergência nacional, não declarada, então sim os políticos e ex-políticos teriam actuado com seriedade e honra, abdicando delas. Tardiamente, e para não haver mais chatices com a pressão popular, abdicam não se esquecendo de referir a legalidade.  De facto, é assim. Porém, já se sabe que teorias morais não coincidem  com ética política. E então, nos casos politicos que vão surgindo todos os dias, moral, ética, justiça, economia e outras coisas, são conceitos petrificados. O resto é conversa fiada, letra morta. Uma farsa, levada ao palco com maus actores!
A Grécia decidiu baralhar a UE com a proposta de um referendo. Na sequência do que se escreveu, o assumir do pagamento integral da dívida e dos compromissos assumidos por parte do país não é questionável e é a única saída para um homem, português livre.Porém, não se pode aceitar de bom grado decisões cruciais de  um PM exótico que diz inverdades, se traveste de mais troikista que a troika, fala de palcos colombianos ou outros, gere o país à la carte e desperdiça toda a noção de bom senso político baseada num espirito construtivo de todo o país para a solução deste imbrógio de responsabilidade política e de grandes interesses econónimos. Objectivamente, não escolheu o processo construtivo solidamente assente na transparência de processos, sacrificios equitativos entre trabalho e capital. Pelo contrário, se o seu horizonte acaba no sector público como fonte de todos os males deste país, enão estámos perante um homem limitado. Só que o desfecho é trágico. O processo "grego" já está instalado em Portugal e fatal como o destino. Todos percebem que se se destroi toda a actividade económica que ainda resta, se o desemprego é parte menor em tudo isto, se se proletariza quase toda a classe média, se se  mente sobre o montante dos salários público vs privado, se as medidas de uma acalorada ministra da agricultura se reduz a gravatas, se qualquer ministro que se preze esmifra o cidadão até ao limite, então a saída vai ser brilhante. Fatal como o destino, não pagamento da dívida e Portugal lançado ao inferno do esquecimento, proscrito como herege pelo capital financeiro sem rosto e sem escrupulos, e com afloramentos directos nas cambiantes troikas portuguesa, grega ou outras. Money is money! We want our money back! Porém, ainda o processo pode avançar a outros patamares mais sádicos. A descida de patamar das reformas mais baixas. Há ainda o degrau, em linguagem marxista para chatear, do lumpen do proletariado. Ou em linguagem mais polida, em noite de bruxas-tempo de Halloween, mendicidade porta a porta confundida com a receita, pão por Deus! Resta saber como se aplicará  e aplacará a ira dos controversos deuses no espaço e no tempo!
A história aponta factos passados e, com distância temporal grande, consegue explicar com relativa exactidão a fundamentação dos factos. Quanto mais informado se estiver melhor se desmontam as situações do presente.  Meter Portugal, Grécia e Irlanda no mesmo saco´não tem qualquer sentido. Sacudir a Grécia como se tivesse peste, referir Portugal como Obama o fez, ou dizer que a Irlanda está no bom caminho é falar meias verdades. O país soberano que desejamos que continue só tem uma saída, resolver equitativamente os problemas financeitos actuais, com sangue suor e lágrimas assumido por todos (todos é mesmo todos) e estabelecer as bases do desenvolvimento tecnológico que, errada e deliberadamente se faz crer que está no voltar de 2012. Imaginem um circulo de patetas a afirmar que a Mercedes ou a WW são empresas que foram criadas ontem ou anteontem! A linguagem criptada dos políticos refere que a Irlanda está a começar a sair da crise. É evidente que as empresas tecnológicas lhe permitem vencer as dificuldades presentes. E Portugal ? Forçado a vender as empresas qe interessam aos troikistas. E porque não apontar baterias para as minas de ferro de Moncorvo, não descurando outras minas? Que ganha Trás-os-Montes com isso? O mesmo que com a EDP e as barragens. Nada, ou trocos miudinhos. Na linha do Sabor circulavam as velhas máquinas a vapor, espólio da 1ª.Grande Guerra. Beijavam a base dos montes do ferro e recolhiam as vagonetas a vermelha hematite  para a produção de ferro. Até um dia. Até que, e tudo o vento levou!!!
VE_0211_11

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